As Lavadeiras
"A caravana atulhada de trouxas de roupa branca, já lavada nas frescas águas das ribeiras mais próximas, chegava a Lisboa pela manhã.distribuiam-se os fardos e renovava-se a encomenda. Certas estalagens alfacinhas transformaram-se em quartéis-generais do acolhimento ao saloio: a dos Camilos, ao pé da Praça da Figueira, e algumas outras no Poço dos Negros ou na Rua dos Poiais de S. Bento. Eram um misto de taberna, estábulo e casa de pasto. Muitas vezes, a única cama disponível para dormir era a própria trouxa dos lençois para lavar. E, no dia seguinte, partiam trouxa e lavadeira, rumo aos arrabaldes, recomeçando o ciclo da roupa branca."
in "Lisboa Desaparecida", vol. 3, de Marina Tavares Dias
Lavadeiras dos arredores com as trouxas de roupa, foto de Joshua Benoliel, início séc. XX, in a.f. C.M.L.
Transporte das lavadeiras saloias , 1949, foto estúdios Mário Novais, in a.f. C.M.L.
Lavadeiras, foto de Alberto Carlos Lima, início séc. XX, in a.f. C.M.L.
Lavadeiras, foto de Paulo Guedes, início séc. XX, in a.f. C.M.L.
Lavadeiras, foto de Paulo Guedes, início séc. XX, in a.f. C.M.L.
Transporte das lavadeiras saloias , 1949, foto estúdios Mário Novais, in a.f. C.M.L.