Feira de Santa Brigida ou Feira do Lumiar "A Feira de Santa Brigida é no Lumiar e realisa-se n'um grande terreiro em volta da egreja sendo um dos mais importantes mercados de gado que se fazem durante o anno. Diz a tradição que Santa Brigida era irlandesa e pastora e que a sua reliquia, um pedaço decraneo que se guarda n'uma lindaurna na egreja do Lumiar, fôra trazida por uns altos personagens, seus devotos, a D. Diniz, que, buscando desenvolver a agricultura, ali creou uma espécie de colonia sob a égide da santa.Mandou distribuir terras e gado aos habitantes e assim se desenvolveu o Lumiar, onde ainda se venera Santa Brigida da protectora dos gados a qual é bastante festejada no dia da feira a que concorre grande número de forasteiros e negociantes." in http://hemerotecadigital.cm- lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1905/N67/N67_item1/P5.html
"O Campo de Santa Clara foi no seculo XIII (quem sabe desde quando?) o triste theatro das execuções capitaes; por isso lhe chamavam Campo da forca, designação lugubre, que ainda no seculo XVI se conservava, apesar de ser dos fins do seculo XIII a fundação da casa claustral das donas de Santa Clara, estabelecidas primeiramente no sítio da capella môr do convento da Trindade.O Breve para a erecção do mosteiro é de 4 de agosto de 1288...Viu-se o campo de Santa Clara adornado no seculo XVII com uma obra consideravel. uma muralha com parapeito, que permitiu terraplanar em 1604 o taboleiro superior...Não sei quaes fossem todas essas obras. Esta do Campo de Santa Clara foi certamente das mais bem pensadas, por ser por aqui passagem concorridissíma, e como que o introito da Cidade. Poucos sítios se adornam, como este, de tantos palacios nobres: o dos Marqueses do Lavradio, erigido pelo Cardeal D. Thomás de Almeida, o da familia Sinel de Cordes, o do Viscondes e Condes de Barbacena, o do Cardeal Mendonça, etc. Cada um d'elles merecia alguns paragraphos...mereciam não menos detida menção as proximas obras de Santa Engracia, o convento do Desaggravo, o Hospital da Marinha, e o convento de Santa Clara." Júlio de Castilho, in "A Ribeira da Lisboa"
Fotografia aérea sobre Santa Apolónia e Campo de Santa Clara, fotógrafo n/i , s/d, in a.f. C.M.L.
Atlas da carta topográfica de Lisboa n º 37 , in A.M.L.
Convento do Desagravo do Santíssimo Sacramento, fachada principal, foto de José Arthur Leitão Barcia. in a.f. C.M.L.
Palácio Lavradio, Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Palácio Barbacena, Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
"Júlio de Castilho, 2° visconde de Castilho, nascido a 30 de Abril de 1840 em Lisboa, na Calçada do Duque, e falecido a 8 de Fevereiro de 1919, no Lumiar, na Travessa do Prior, foi o mais velho dos filhos de António Feliciano de Castilho e de Ana Carlota Xavier Vidal. Do pai herdou o título de visconde, que deteve desde 24 de Abril de 1873. Casou com D. Cândida Possolo Picaluga, nascida a 9 de Agosto de 1840, filha de Possidónio Augusto Possolo Picaluga. Tirou o curso superior de Letras, sendo vários os cargos que posteriormente desempenhou. Poderão destacar-se o de governador civil da Horta (1877 a 1878); o de cônsul geral de Portugal em Zanzibar (1888); o de bibliotecário, na Biblioteca Nacional de Lisboa; o de professor de História e Literatura Portuguesa do príncipe D. Luís Filipe (desde 1906). Foi correspondente literário do Diário Oficial do Rio de Janeiro, sócio correspondente da Academia Real das Ciências, académico honorário da Academia Real de Belas Artes, sócio efectivo da Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses, correspondente do Instituto de Coimbra, do Gabinete Português de Leitura em Pernambuco, do Instituto Vasco da Gama de Nova Goa, da Associação Literária Internacional de Paris, membro honorário do Grémio Literário Faialense e do Grémio Literário Artista da Horta. Foi poeta, tendo publicado o seu primeiro trabalho neste domínio num almanaque de 1854, dramaturgo, tradutor, memorialista, historiador. Produziu igualmente desenhos e pinturas. Conhecido pelo seu interesse pela olisipografia, de que é considerado o fundador, publicou Lisboa Antiga, em 8 tomos (1879 e 1884 a 1890); A Ribeira de Lisboa (1893). Já num outro domínio, publicou As memórias de Castilho (1881); Manuelinas (1889); Elogio histórico do arquitecto Joaquim Possidónio Narciso da Silva (1897); Amor de mãe: cenas da vida moderna de Lisboa _ 1900; Os dois Plinios ... (1906); José Rodrigues: pintor português (1909); Fastos portugueses (1918)." in http://www.aatt.org/site/index.php?op=Nucleo&id=1612
Retrato de Júlio de Castilho, foto de José Arthur Leitão Barcia. in a.f. C.M.L.
Júlio de Castilho, foto de José Arthur Leitão Barcia. in a.f. C.M.L.
Júlio de Castilho e José Artur Leitão Bárcia, 1904, foto do espólio de José Arthur Leitão Barcia. in a.f. C.M.L.
Cerimónia oficial da inauguração do monumento a Júlio de Castilho, no jardim com o mesmo nome, 1929
O 3º a contar da esquerda é Gustavo de Matos Sequeira ( olisipógrafo ), o 5º é Augusto Vieira da Silva (olisipógrafo ) e o último é José Artur Leitão Barcia ( fotógrafo ).
foto do espólio de José Arthur Leitão Barcia. in a.f. C.M.L.
"...a egreja do mosteiro de Santa Apollónia. A frontaria do templo subsiste tal qual: porta larga, com uma cabeça de Cherubim no alto; ao lado da porta duas janelas gradeadas; por cima tres altas janelas,por sobre ellas, um nicho vazio; no remate de tudo, o sítio onde se levantou a Cruz...Para a parte do mar caiam as traseiras d'esses edifícios todos sobre a praia deserta, hoje a linha ferrea e os telheiros da Companhia." " Quanto á sua fundação, eis o que sei: houve no sitio uma ermidinha, cocorrida e devota, cuja menção me apparece já em 1626...e tambem em 1552 na Estatistica velha em pergaminho, manuscripto da Bibliotheca nacional. ora diz-me João Baptista de Castro, a quem ,e dever citar, como homenagem ao monumento que nos deixou,que certa veneranda beata, uma tal Isabel da Madre de Deus, creatura muito protegida de casa de Bragança, e vinda para Lisboa com esses Primcipes em 1640, se recolheu a um predio contiguo á ermida, que pertencia á Irmandade dos confeiteiros. Tratava com o maior cuidado o altar da Santa, e ficou morando na tal habitação contigua...Acompanhou Isabel a Londres a sua jovem ama a Infanta D. Catherina, Rainha da Gran-Bretanha, em 1662; e voltando a Portugal em 1663, tornou para a sua saudosa ermida de Santa Apollonia. Juntou companheiras, e ahi deu principio a um Recolhimento, sob a direcção espiritual do Padre Frei Amaro da Esperança, Commissario dos Terceiros de S. Fancisco da Cidade...Vi eu proprio, nos papeis que existem do mosteiro de Santa Apollonia, a Bulla de 16 das kalendas de Maio (17 de Abril) de 1717, em que o Santo Padre Clemente XI deu licença ás recolhidas de Santa Apollonia para se constituirem em clausura formal; e em 6 de Fevereiro seguinte, de 1718, professaram como monjas franciscanas quatorze senhoras, treze com veo preto, e uma com branco..." Júlio Castilho in "A Ribeira de Lisboa"
Igreja de Santa Apolónia, foto Eduardo Portugal in a.f. C.M.L.
Igreja e Convento de Santa Apolónia, foto Eduardo Portugal in a.f. C.M.L.
Convento de Santa Apolónia, lado sul visto do rio, foto Eduardo Portugal in a.f. C.M.L.
"...aí por meados de 1879, num recanto sombrio da velha Lisboa, onde um grupo de homens humildes, obscuros trabalhadores da indústria dos tabacos, lançou a ideia da fundação do jornal A Voz do Operário, cujo primeiro número se publicou em 11 de Outubro dêsse mesmo ano de 1879.Foram seus fundadores os seguintes manipuladores de tabaco: Custódio Brás Pacheco,Júlio Maria da Costa, Joaquim Augusto Dias, Pedro José de Carvalho, José Bento de Oliveira, Agostinho Alves de Sousa, Eusébio Luís da Paula e João António Alves. Nessa mesma casa, no recanto sombrio que pertence à história do associativismo português, fundava-se, em 13 de Fevereiro de 1883, a Sociedade Cooperativa A Voz do Operário, percursora da actual Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário, que tão grandes serviços tem prestado ao País."
in Revista Municipal
Escola da Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
"11 de Outubro de 1891- Dá-se comêço à benemérita tarefa de instruir os filhos dos associados, criando a primeira escola privativa, que em breve se multiplica por muitas outras de contacto, espalhando-se assim por todos os bairros da capital a semente da instrução."
in Revista Municipal
13 de Outubro de 1912, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L. "É solenememte lançada pelo Dr. Manuel de Arriaga, então Presidente da Républica, a primeira pedra para a construção da sua magistosa sede social, cuja conclusão se deu por terminada em 7 de Dezembro de 1930"
Planta Topográfica de Lisboa 12 G, a vermelho a localização do edifício. in A.M.L.
"O edifício foi construído de raiz em terreno exíguo, cedido pelo Governo de João Franco, com o fito de albergar as escolas e os serviços da instituição nascida em 1883 para prestar assistência humanitária e educativa aos operários da indústria tabaqueira, posteriormente alargada a trabalhadores de outras indústrias. O projeto foi encomendado pela Sociedade a Manuel Joaquim Norte Júnior, que concebeu um edifício funcional dentro da estética do Ecletismo historicista, associado à nova arquitetura do ferro. Tendo por construtor João Maria da Cruz, a 1ª pedra foi lançada em outubro de 1912. Novo projeto daquele arquiteto, de agosto de 1914, receberia aprovação camarária em dezembro, condicionada à revisão da largura das portas de saída do Salão para a varanda; era então seu construtor António Dias Monteiro. Este raro equipamento cívico em que foi utilizada a tecnologia do ferro, foi inaugurado em 07/12/1930 mas concluído apenas dois anos mais tarde, não sem antes ter sofrido algumas alterações e diversos atrasos por força da Grande Guerra e de constrangimentos financeiros que determinaram o recurso a empréstimos bancários. À data da sua conclusão, o imóvel albergava o mais importante núcleo de instrução primária de Lisboa.Em 2012, foi classificado Monumento de Interesse Público."
As expropriações indirectas de utilidade pública e a administração municipal. "Estas limitações, que na expropriação vão até à privação da propriedade, referem-se a todos os poderes do proprietário... aos poderes de uso e fruição, de transformação e disposição, referem-se tanto à propriedade mobiliária como à propriedade imobiliária...e são inspiradas nos mais variados interêsses.. Umas justificam-se com necessidades de segurança, higiene estética, outras são impostas pela vizinhança das vias de comunicação ou por motivos de carácter económico ou financeiro, outras finalmente pela necessidade de defesa do país." in Revista Municipal,nº11
Áreas expropriadas entre 1938 e 1946, in A.M.L.
Os anos 30 marcam uma mudança na construção da cidade. Lisboa, em 1930, tinha 592.000 habitantes. Viveram-se nesta década os anos áureos do modernismo nacional. Ao lado de boas construções licenciadas por arquitectos de renome, foram edificados numerosos prédios por mestres de obra. A tradicional arquitectura de ferro e madeira foi sucedida pelo betão armado. Desenvolveu-se a zona poente do Parque Eduardo VII. No início dos anos 30 foi projectado o Bairro Azul e abriu-se a Avenida Álvares Cabral. Os seus inquilinatos eram de luxo, de rendas elevadas. Em Telheiras ergueu-se um bairro modernista de moradias pré-fabricadas. Na zona do Arco do Cego edificou-se uma bairro de moradias de luxo, obra paralela à edificação do Instituto Superior Técnico terminado em 1930, gerando a urbanização da zona. Cassiano Branco idealiza o Cine-teatro Éden (1930-37). Surgem vários cinemas na cidade, tais como o Trianon/Avis, o Lys/Roxy, o Europa e o Paris. Continelli Telmo risca a Estação Sul Sueste (1931). Procedeu-se à inauguração do Monumento aos Mortos da Grande Guerra (1931). Entre 1931-35 construiu-se o Instituto Nacional de Estatística, obra de Pardal Monteiro. Cristino da Silva elaborou planos para o Parque Eduardo VII (1932). Em 1934, foi inaugurado o Monumento ao Marquês de Pombal, na Rotunda. De 1934-36 edificou-se a Casa da Moeda. Obra marco do modernismo lisboeta foi a Igreja de Fátima, delineada por Pardal Monteiro, construída entre 1934-38. A Câmara, em 1934, lançou um concurso para regularizar a fisionomia arquitectónica do Rossio. Este houvera sido alvo de projectos de vários arquitectos desrespeitando o seu valor histórico, em nome da modernidade. A publicidade luminosa foi substituída por neóns (1934). Cassiano Branco projectou o Hotel Vitória (1936), erguido na Avenida da Liberdade. O Bairro Salazar de rendas económicas elevou-se em 1937. Nos anos 40 sob o Ministério das Obras Públicas de Duarte Pacheco e a sua presidência da Câmara Municipal de Lisboa estabeleceu-se o Plano Gröer, incidindo na construção de radiais, circulares, viadutos, auto-estrada, aeroporto, marginal, saída Norte, abastecimento de água, áreas residenciais e equipamentos. Em 1938, Duarte Pacheco recorreu à consulta do urbanista Etiene Gröer, traçando o dito plano entre 1938-40, sendo este aprovado em 1948. Esta nova linha de intervenção acarretou a expropriação de 1/3 dos terrenos rurais da cidade. A capital tinha, em 1940, 694.000 habitantes. A grande construção deste período foi o Bairro de Alvalade (1945), englobando diversos tipos de habitação unifamiliar e prédios colectivos, complementados com escolas, jardins, centro cívico e pólo desportivo. Foram abertas as Avenidas de Roma, E. U. A., Igreja, António Augusto Aguiar e Sidónio Pais. As edificações oficiais da época obedeciam a uma monumentalidade, a uma arquitectura de cariz tradicional, sacrificando as tendências modernista da época anterior, sendo exemplo desse gosto oficial os prédios das Avenidas António Augusto de Aguiar e Sidónio Pais, da responsabilidade de Cristino da Silva. Datam desta década os bairros modestos, de rendas económicas da Encarnação (1940-43), Madre de Deus (1939-1944), Caselas (1946-49), Alto da Ajuda (1938-1940), Alto da Serafina (1933-1938), Caramão da Ajuda (1947-49), Santa Cruz de Benfica (1944-1958), Calçada dos Mestres (1940-43), destinados a uma população pequeno burguesa. Para a população de rendimento baixo, pobre adoptou-se a construção de bairros de casa desmontáveis de placas de fibrocimento, como é o caso da Boavista (1938), Quinta da Calçada (1938), e Furnas. A sua precariedade conduziu, a partir de 1945-46, aos bairros para alojamento de famílias pobres inseridos nos planos de urbanização, inicialmente com casas unifamiliares, evoluindo para prédios colectivos. Crucial, nesta época, foi a Exposição Universal do Mundo Português, em torno da qual se desenvolveu o Bairro do Restelo com moradias modestas e luxuosas e a Praça do Império, com a sua grande Fonte luminosa. O gasómetro foi retirado da zona da Torre de Belém. Foram efectuados restauros na Sé e no Castelo de São Jorge. O Plano Gröer embora se dê por concluído em 1948, na realidade foi continuado na década seguinte pelo Gabinete Técnico de Urbanização sob a orientação do engenheiro Guimarães Lobato in http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/?id=146
Localização das propriedades com processo de expropriação ou aquisição organizados em 1947, in A.M.L.
Arruamentos principais do plano de urbanização da cidade, in A.M.L.
"No sitio onde hoje se ergue a egreja de S. Roque, fundara el-rei D. Manuel uma ermidinha. Foi para albergar umas reliquias d'aquelle Santo, mandadas pela senhoria de Veneza, por occasião de uma peste que assolava Lisboa no principio do reinado do nosso monarcha."..."Foi do maior enthusiasmo na Lisboa manuelina a edificação da nova ermida de S. Roque. Parecia que, depois de erguido este sacello piedoso, a cidade ficaria como que resguardada da invasão tão frequente das epidemias, e que deviam escudal-a..." Júlio de Castilho in Lisboa Antiga
Igreja de São Roque, fachada principal foto de Garcia Nunes, in a.f. C.M.L.
"No início do século XVI, encontrava-se neste local, junto à antiga muralha fernandina, um cemitério onde eram sepultadas as vítimas da peste. Sendo conhecidos em toda a Europa Meridional, os milagres de São Roque contra este flagelo, em 1506 o rei D. Manuel I solicitou a Veneza uma relíquia deste santo, a fim de proteger a população de Lisboa. Para a veneração da relíquia, foi construída pelos habitantes da cidade uma ermida junto ao cemitério dos pestíferos. Em 1540, a Companhia de Jesus chega a Portugal, a convite do rei D. João III, e inicia a partir de Lisboa a sua actividade missionária, tendo escolhido o espaço da antiga ermida de S. Roque para a construção da sua primeira Igreja e Casa Professa. Em 1553, é concedida à Companhia de Jesus a posse da ermida, procedendo-se, doze anos mais tarde, à construção da Casa Professa e da Igreja de São Roque, sede da Ordem em Portugal. No interior da actual igreja foi, logo de início, reservada uma capela lateral para o culto de São Roque, a qual foi confiada à Irmandade desta invocação. Assim, a memória de São Roque ficaria para sempre ligada à história deste local." http://www.museu-saoroque.com/pt/igreja-de-sao-roque/historia.aspx
Fotografia aérea da Igreja de São Roque e da zona do Bairro Alto foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.
Levantamento topográfico de Francisco e César Goullard nº42, a vermelho a localização da Igreja. in A.M.L.
Levantamento topográfico de Francisco Goullard nº.295, in A.M.L.
Igreja de São Roque, altar, foto de António Castelo Branco, in a.f. C.M.L.
Hospício dos Clérigos Regulares Teatinos, Convento da Divina Providência,Convento dos Caetanos, Conservatório Real de Lisboa e finalmente Conservatório Nacional, estes foram os nomes, por que passou este local, situado ao topo da Rua dos Caetanos.
"1650 - o hospício dos Caetanos é fundado pelo Padre António Ardizone, e delineado por um padre Teatino, Guarino Guarini, de Modena, arquitecto do Duque de Saboia Carlos Manuel; 1681 - o hospício é transformado em convento por licença concedida por D. Pedro II; 1698 - foi edificada a igreja; 1755, 01 novembro - a igreja fica completamente arruinada com o terramoto, tendo sido reconstruída; 1757 - dá-se início à reparação dos estragos feitos no convento pelo terramoto; 1758, 26 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco das Mercês, Joaquim Ribeiro de Carvalho, é referido que existe a casa de Nossa Senhora da Divina Providência, dos Teatinos, se encontra algo arruinada; tem várias relíquias; 1834 - a Ordem Religiosa dos Teatinos é extinta pelo decreto de Joaquim António de Aguiar, que ordena a extinção das ordens monásticas e dos estabelecimentos de ensino ligados a estruturas religiosas; 1835 - João Domingos Bomtempo (Lisboa. 1771-1842) funda o primeiro Conservatório de Música; 1836 - Almeida Garrett é nomeado por D. Maria II para elaborar um plano para fundação e reorganização do Teatro Nacional. É no âmbito desta nomeação que Garrett elabora um plano que vem a reformular todo o ensino artístico. Surge assim o Conservatório Geral de Arte Dramática, constituído por 3 escolas: a Escola de Declamação, a Escola de Dança e a Escola de Música. Por decreto de D. Maria II, o estabelecimento passa a designar-se Conservatório Real de Lisboa..." in http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=14263
"Em 1792 uma sociedade de negociantes e capitalistas portuguezes emprehendeu e levou á execução, no espaço de seis mezes. a construção de um theatro lyrico em Lisboa, que recebeu a denominação de Real Theatro de S. Carlos, em honra da princeza D. Carlota Joaquina de Bourbon, mulher do principe herdeiro D. João, o qual já então governava estes reinos por se achar enferma de cabeça sua mãe a rainha D. Maria I. Os individuos que prestaram o relevante serviço de dotar Lisboa com um bello theatro lyrico, foram: Quintella, Sobral, Bandeira, Machado, Caldas e Solla."
in O Real Theatro de S. Carlos de Lisboa
Teatro Nacional de São Carlos, anos 30 foto de Domingos Alvão in a.f. C.M.L..
O Teatro Nacional de São Carlos foi inaugurado em 30 de junho de 1793 mantendo-se, ainda atualmente, como o único teatro nacional vocacionado para a produção e apresentação de ópera e de música coral e sinfónica. http://tnsc.pt/o-tnsc/o-teatro/
O Real Theatro de S. Carlos de Lisboa desde a sua fundação em 1793 até á actualidade : estudo historico / por Francisco da Fonseca Benevides http://purl.pt/799/1/index.html#/5/html
AS FESTAS DA SENHORA SANT'ANNA "Tem fama esta festa, porque ha alguns annos, quando as portas eram em Alccantara e ainda a Horta Navia tinha a tradição dos faiantes de pôlpa, os quaes por vezes se viam a perros com o famoso Mudo d'Alcantara,"..."o povoleu do sitio ia em grande romagem á capelinha que fica junto ao Arco das Aguas livres, n'um ponto do valle, ao qual Bekford se referia na sua correspondencia escripta no tempo de D. Maria I. A Senhora Sant'Anna era, como o senhor da Serra e a Atalaya, uma romaria perfeitamente d'uso, á qual concorria o povo e terminava sempre por desordens de grande vulto." lllustração portugueza, de 8 de Agosto de 1904, in Hemeroteca Municipal de Lisboa
Capela de Nossa Senhora de Sant'anna, foto de Ferreira da Cunha, in a.f. C.M.L.
lllustração portugueza, de 8 de Agosto de 1904, in Hemeroteca Municipal de Lisboa
Panorâmica do sítio da Senhora de Sant'anna, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Panorâmica do sítio da Senhora de Sant'anna, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
Caminho que liga a rua da Ribeira de Alcântara ao largo de Santana junto do viaduto de Santana de Cima,1944, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Este local viria a sofrer tremendas alterações, com o encanamento da ribeira de Alcântara, e a construção da Av. de Ceuta.
VARIANTE DA AVENIDA DE CEUTA ENTRE O LUGAR DE SANT'ANA E O AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES a vermelho a localização da Capela. in A.M.L.
VARIANTE DA AVENIDA DE CEUTA ENTRE O LUGAR DE SANT'ANA E O AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES a vermelho a localização da Capela. in A.M.L.
Panorâmica do sítio da Senhora de Sant'anna, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L
fotos do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L
fotos do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.