"Em 1870, sendo ministro das obras publicas o sr. Joaquim Thomaz Lobo d'Avilla ( conde de Valbom ), foi por elle iniciado um projecto grandioso de um Boulevard do Passeio Publico do Rocio ao Campo Grande, o que determinaria outras obras importantes aos lados d'aquella grande arteria...Tudo ficou em projecto e ninguem mais tivera o arrojo de dar á execução aquelle plano quando em 1879 o sr. José Gregorio da Rosa Araujo, presidente da Camara Municipal, propoz á municipalidade a abertura de uma via pouco mais ou menos na direcção indicada no plano d'aquelle estadista, mas em menores proporções...Deu-se a essa nova via,o nome de Avenida da Liberdade. Tem de largura 89m,50 terminando n'uma rotunda de 100m de raio, junto ao quartel de Valle do Pereiro...A obra da Avenida foi orçada em 475 contos de réis, excluidas as expropriações..." in http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Ocidente/1881/N99/N99_item1/P1.html
Avenida da Liberdade, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.
"O reducto circular,é como que uma cidadella e obra central do campo. É de alvenaria e a sua area terá mais de vinte metros de raio. É formado de tres andares com egual numero de baterias que se comunicam entre si por uma escada em helice no centro do reducto. Cada uma das baterias é de aboboda, e tudo coberto por uma camada de beton á prova de bomba, sobre a qual corre uma banqueta d'onde se podem fazer fogos de fuzilaria, e talvez de morteiros. A primeira, ou superior, é de fogos directos, a immediatamente inferior é de fogos indirectos, a ultima só tem por fim desalojar o inimigo, quando por meio de minas ou outro qualquer tenha conseguido apoderar-se da galeria da contra-escarpa que circumda o fosso do reducto.A comunicação da contra-escarpa com o corpo central do reducto faz-se por baixo do fosso por uma galeria subterranea, na direcçãode um dos diametros da obra.Na contra-escarpa estão os quarteis para a força, que nos parecem poder comportar quatrocentas praças ou mais...O corpo principal do reducto, é protegido da altura do cordão para cima por um revestimento de terra e fachina ou cestões, que dão á obra um aspecto mixto de permanente e passageira...O reducto é cercado por um largo fosso que tem mais de 10 metros de largura, e a comunicação d'aquelle para a campanha faz-se por meio de uma ponte levadiça que se levantava por cordas, as quaes nos consta terem sido substituidas por correntes de ferro...As obras d'esta fortaleza foram desde o seu começo até final dirigidas pelo sr. coronel de engenheiros Caetano Pereira Sanches de Castro." in http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/Ocidente/1881/N104/N104_item1/index.html
foto retirada da net,sem referência ao autor e à data
Planta Topográfica de Lisboa 5 K, de 1908, in A.M.L.
A construção da fortificação iniciou-se em 1863 com os reis D. Luís I e D. Fernando II tendo sido concluída em 1878. Criada pela Lei de 30 de Junho de 1914, a prisão de Monsanto começou a funcionar em 1915.Desde então o Forte de Monsanto tem sido utilizado como presídio.
Estabelecimento prisional de Monsanto, foto de Paulo Guedes, início séc. XX, in a.f. C.M.L.
Estabelecimento prisional de Monsanto, 1945, foto de André Salgado, in a.f. C.M.L.
Vista aérea do Forte de Monsanto, 1930 1932, foto de Manuel Barros Marques, in a.f. C.M.L.