"A historia da Ribeira das Naus, se alguem a pudesse escrever completa, seria um dos capitulos mais interessantes da nossa chronica nacional, com as apreciações do computo das despezas feitas, o desenho da physionomia da arte nautica ao longo dos successivos reinados, a chronica fidedigna da valente Marinha militar portugueza, a nomenclatura dos navios ali construidos, e a biographia dos nossos habilissimos mestres. NOSSOS, repito e muito NOSSOS; portuguezes dos quatro costados..." in "A Ribeira de Lisboa" de Júlio Castilho, pág. 461
Fotografia aérea, destaca-se o Arsenal da Marinha, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Ribeira das Naus foi o nome dado a partir da construção do Paço da Ribeira às novas tercenas que o rei Dom Manuel I mandou edificar a ocidente do novo palácio real, construído sobre o local das tercenas medievais. No século XVIII, a Ribeira das Naus passou a ser designada "Arsenal Real da Marinha". As instalações do Arsenal Real da Marinha foram reconstruídas no mesmo local, no âmbito da reconstrução da Baixa de Lisboa depois do Terramoto de 1755. Em 1910, passou a designar-se "Arsenal da Marinha de Lisboa". A Ribeira das Naus constituíram os maiores estaleiros do Império Oceânico Português.
Atlas da carta topográfica de Lisboa, nº 51, in A.M.L.
Arsenal da Marinha visto do rio, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Arsenal da Marinha, a doca, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Arsenal da Marinha, docas e edifícios, 1939, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Arsenal da Marinha, lançamento à água de um navio de guerra, foto José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.
Doca de abrigo do Arsenal da Marinha, caldeirinha, foto José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.
Doca seca do Arsenal da Marinha, foto José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.
Doca seca e de reparação no Arsenal da Marinha, foto José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.
Estaleiro do Arsenal, canhoneira dom Luiz em construção, foto José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.
O paquete África na doca seca n 1, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Doca seca do Arsenal da Marinha, 1939, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Corveta da armada portuguesa Mindello ancorada junto da ponte do Arsenal de Marinha, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Arsenal de Marinha, ponte da cábria, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
"...Tal é o novo theatro da Trindade, cuja inauguração se realisou em a noite de sabbado, 30 de novembro de 1867...Deve-se ao sr. Francisco Palha de Faria Lacerda o pensamento inicial da fundação do theatro da Trindade; a sua realisação a uma sociedade de accionistas; o risco e direcção da obra ao habilissimo architecto o sr. Miguel Evaristo; a rapidez com que foi executada, e a firmeza e perserverança com que foram vencidas muitas e não pequenas difficuldades devem-se aos esforços simultaneos das pessoas nomeadas, e do sr. Narciso de Freitas Guimarães, thesoureiro da sociedade edificadora. O theatro da Trindade foi levantado em um terreno entre o largo, que lhe deu o nome, e as ruas Nova da Trindade e Larga de S. Roque, onde existiam varios casebres, pateos e as ruinas de um palacio que o terremoto de 1755 lançou por terra, e que o fogo, que se seguiu áquelle cataclismo, totalmente destruiu. Ao largo e á rua da Trindade veiu o nome do convento d'essa mesma invocação, pertencente aos frades trinos, que ahi se erguia...Tem o theatro tres grandes fachadas: a principal deita para o largo da Trindade, e está voltada para o norte; as outras correm pelas ruas acima nomeadas, olhando para oéste a da rua larga de S. Roque, e para léste a da rua Nova da Trindade...os bustos, que adornam a frontaria principal, representam: Gil Vicente, Ferreira, Damião de Goes e Sá de Miranda." in "Archivo Pittoresco: semanário illustrado", nº 37, 1867
Teatro da Trindade,1867, prova em albumina de Rocchini, no álbum sobre Lisboa e Sintra, in Biblioteca Nacional de Portugal
Levantamento topográfico de Francisco e César Goullard, planta n 42, in A.M.L.
Teatro da Trindade, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Teatro da Trindade, 1960, foto de Arnaldo Madureira, in a.f. C.M.L.
Teatro da Trindade, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.
Em 13 de Agosto de 1889, no reinado de D. Luís, foi decretado pelas Cortes Gerais, que fosse erigido um monumento em homenagem a João Carlos Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha de Oliveira Daun (1790-1876), 1.º Conde, Marquês e Duque de Saldanha. No dia 4 de Junho de 1904 realizou-se o lançamento da primeira pedra para o monumento ao Marechal Saldanha. A cerimónia foi presidida pelo Rei D. Carlos, assistindo também Hintze Ribeiro, então Presidente do Conselho, altos dignitários, politicos, oficiais do Exército e muitos Lisboetas A estátua foi inaugurada a 18 de Fevereiro de 1909, pelo rei D. Manuel II, na presença de descendentes do duque de Saldanha, representantes da Edilidade, dos membros da comissão encarregue da obra e de muito público. O grupo escultórico é da autoria de Tomás Costa, com pedestal de Ventura Terra.
"Esta peça é composta por um pedestal quadrangular concebido em calcário de lioz, ladeado por colunas com capitéis canelados. Na parte superior desta estrutura assenta a estátua pedestre, em bronze, do marechal e duque de Saldanha, representado em uniforme militar completo, numa postura enérgica e vigorosa, própria de um chefe militar.
Na face frontal do pedestal está colocada uma estátua alegórica “vitória alada”, em bronze, empunhando uma espada. Nas outras faces existem outros elementos decorativos, entre eles, o Brasão Real, rodeado por uma coroa de ramos de louro e carvalho; três medalhões simbólicos, referentes à vitória na Guerra Peninsular (1808-1814), às Campanhas de Montevideu (1816-1823) e às Campanhas da Liberdade (1826-1834); assim com três festões de folhas.
As esculturas e todos os elementos ornamentais em bronze foram executados na fundição de canhões do Arsenal do Exército entre 1904 e 1907." in http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/?id=1216
Monumento ao Duque de Saldanha, foto de Fernando Martinez Pozal, in a.f. C.M.L.
Planta Topográfica de Lisboa 10 K
Lançamento da 1ª pedra do monumento ao Duque de Saldanha, com a presença de Dom Carlos, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Maqueta do monumento ao Duque de Saldanha, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.
Inauguração do monumento ao Duque de Saldanha, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Dom Manuel II e comitiva na inauguração ao monumento ao Marechal Saldanha, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
Inauguração do monumento do Duque de Saldanha, 1909, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.
Monumento ao Duque de Saldanha, foto de José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.