"A agua para a alfandega grande de Lisboa, sahe do encanamento da mina sete palmos e uma pollegada adiante da Pia, que se acha ao entrar da porta, - vai por cano tambem separado por baixo dos degráos da escada - segue pela rua dos Bacalhoeiros até á dos Arameiros - e voltando para esta, atravessa a Rua Nova d'Alfandega - vai pelo Boqueirão dos Funileiros, a entrar por baixo do Portão de ferro que fica em frente do mesmo Boqueirão, até proximo do primeiro Telheiro, e Pateo da mesma Alfandega."
in Memoria sobre chafarizes, bicas, fontes, e poços públicos de Lisboa, Belem e muitos logares do termo
Bica da Alfândega, 1949, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Planta Topográfica de Lisboa, 11 E, in A.M.L.
Bica da Alfândega, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Local onde existiu a bica da Alfândega, 1951, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Mina abastecedora de água para a bica da Alfândega, local de entrada da galeria, Rua Afonso de Albuquerque, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
"A história do claustro dos Jerónimos pode resumir-se em poucas palavras. Fêz evidentemente logo parte da primitiva traça do mosteiro, cujas obras começaram em 1502 e cuja direcção pode atribuir-se a Boytac. Nenhum dos documentos anteriores a 1514 dá indício da marcha da sua construção, e o famoso rol das contas de Belém apenas deixa entrever possíveis referências ao claustro no período 1514-1516, o último a que presidiu Boytac. Mas, em Janeiro de 1517 tudo retomou nova actividade sob a direcção de João Castilho (que abrangia o claustro, o portal sul, a sacristia e a casa do capítulo) mas ainda por duas empreitadas especiais de Filipe Henriques e Pero de Trilho, o primeiro, português, filho de Mateus Fernandes da Batalha, o segundo espanhol, que já trabalhava com Diogo de Arrruda no paço da Ribeira. Para ver a importância predominante que o claustro tomara na obra de Belém, basta comparar as suas empreitadas, no número de oficiais, com os das restante construção do mosteiro. A do portal principal, de mestre Nicolau, tinha 11 oficiais; a das seis capelas do côro, 20; a do refeitório, 15; ado portal sul, cêrca de 20 - enquanto as três empreitadas do claustro empregavam na mesma época (1517): João de Castilho, 50 oficiais; filipe Henriques 55, e Pero de Trilho, 38, isto é, um total superior a 140 oficiais, muito mais que as restantes empreitadas juntas."
in Lusitania : revista de estudos portugueses, Volume 1, Fascículo II, Março de 1924
Mosteiro dos Jerónimos, claustro, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.
Mosteiro dos Jerónimos, claustro, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Mosteiro dos Jerónimos, claustro, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Mosteiro dos Jerónimos, claustro, foto de José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.
Mosteiro dos Jerónimos, claustro, foto de António Castelo Branco, in a.f. C.M.L.
Mosteiro dos Jerónimos, claustro, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.