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Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

Os Eléctricos de Lisboa

"Lisboa, 31 de Agosto de 1901. Dia grande. Às 4 horas e 40 minutos da madrugada proceder-se-ia oficialmente à inauguração do novo sistema de tracção, à volta do qual tantas discussões se tinham levantado; e à tarde, por volta das 2 horas, seria lançada a ponte metálica do elvador de Santa Justa. Era muito!... Lisboa, tranquila e pacata não estava habituada a tantas emoções no mesmo dia.
Oradores judiciosos e jornalistas tidos como ponderados e sabedores, tinham afirmado que o sistema de tracção eléctrico faria descer sobre a cidade todas as maldições do Céu. As trovoadas seriam <<inevitávelmente>> atraídas pelos cabos aéreos; os pardais morreriam electrocutados mal se aproximassem dos fios; e os próprios transeuntes, de futuro, teriam que ter o maior cuidado, não se aproximando dos carris por onde a electricidade se escoava.
O terror apoderara-se dos espíritos menos esclarecidos; e só por irresistível curiosidade algumas pessoas, na manhã desse dia, tomaram o rumo ao Cais do Sodré de onde os eléctricos partiam, com pequenos intervalos, rua 24 de Julho fora, até Algés (Ribamar). A pouco e pouco, porém, foi-se sabendo que os prometidos cataclismos ainda não tinham dado sinal de vida (ou de morte); e pela tarde já os lisboetas, sem receios nem pavores, tomavam de assalto os carros da <<Companhia Carris>> que o <<Imperial>> do dia seguinte classificava de <<verdadeiramente decentes e elegantes>>. Depois, a partir desta data, os novos veículos foram implantando o seu reinado, conquistando definitivamente as preferências do Público."
in Revista municipal, N.º 50

Eléctrico, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Eléctrico na Praça do Comércio, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Eléctrico no cais do Sodré, 1901, fotógrafo ni.

Eléctrico no cais do Sodré, 1901, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Obras da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, colo

Obras da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, colocação de carris para o eléctrico, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Obras da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, colo

Obras da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, colocação de carris para o eléctrico e instalação eléctrica, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Almanjarra no Largo João da Câmara, foto do Est

Almanjarra no Largo João da Câmara, foto do Estúdio de Horácio de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G.

Elécticos no Corpo Santo, foto do Estúdio de Hor

Elécticos no Largo do Corpo Santo, foto do Estúdio de Horácio de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G.

Eléctrico sob o viaduto de Xabregas 1938, foto de

Eléctrico sob o viaduto de Xabregas 1938, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

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Eléctrico na calçada da Ajuda, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Eléctricos no Rossio, anos 20 foto de Domingos Al

Eléctricos no Rossio, foto de Domingos Alvão in a.f. C.M.L.

Eléctricos no Rossio, foto do espólio de Eduardo

Eléctricos no Rossio, foto do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

 

Vistas de Lisboa e Sintra, por Rocchini, anteriores a 1868

Álbum sobre Lisboa e Sintra, 27 fotos, provas em albumina, de Francesco Rocchini, photographo
Data provável segundo dedicatória «Offerecido à Exma. Senha. D. Catharina Rita Caldas em 28 de Abril de 1868» na folha de guarda
in http://purl.pt/25802

Vêm acompanhadas das seguintes legendas
F. 1: Praça do Comércio . - F. 2: Praça e monumento de Luís de Camões . - F. 3: Palácio da Pena . - F. 4: Castelo dos Mouros . - F. 5: Vila da Sintra e palácio da Vila . - F. 6: Panorâmica de Lisboa com Igreja da Estrela e cemitério dos Prazeres . - F. 7: Panorâmica de Lisboa com cemitério dos Prazeres . - F. 8: Igreja da Estrela . - F. 9: Igreja da Memória . - F. 10: Torre de Belém . - F. 11: Mosteiro dos Jerónimos . - F. 12: Mosteiro dos Jerónimos – portal sul . - F. 13: Teatro de D. Maria II . - F. 14: Teatro da Trindade . - F. 15: Palácio das Necessidades . - F. 16: Palácio da Ajuda . - F. 17: Palácio da Ajuda . - F. 18: Aqueduto das Águas Livres . - F. 19: Panorâmica da Baixa – Rossio, praça da Figueira até à Igreja da Estrela . - F. 20: Praça do Comércio e rio Tejo . - F. 21: Baixa e rio Tejo . - F. 22: Baixa e rio Tejo . - F. 23: Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte . - F. 24: Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte . - F. 25: Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte . - F. 26: Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte . - F. 27: Panorâmica de Lisboa tirada do Castelo S. Jorge

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F. 1 -  Praça do Comércio

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F. 2 - Praça e monumento de Luís de Camões

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F. 3 - Palácio da Pena

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F. 4 - Castelo dos Mourosf 5.jpg

F. 5 - Vila da Sintra e palácio da Vila

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F. 6 - Panorâmica de Lisboa com Igreja da Estrela e cemitério dos Prazeres

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F. 7 - Panorâmica de Lisboa com cemitério dos Prazeres

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F. 8 - Igreja da Estrela

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F. 9 - Igreja da Memória

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F. 10 - Torre de Belémf 11.jpg

F. 11 - Mosteiro dos Jerónimos

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F. 12 - Mosteiro dos Jerónimos – portal sul

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F. 13 - Teatro de D. Maria IIf 14.jpg

F. 14 - Teatro da Trindade

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F. 15 - Palácio das Necessidades

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F. 16 - Palácio da Ajuda

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F. 17 - Palácio da Ajuda

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F. 18 - Aqueduto das Águas Livres

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F. 19 - Panorâmica da Baixa – Rossio, praça da Figueira até à Igreja da Estrela

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F. 20 - Praça do Comércio e rio Tejo

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F. 21 - Baixa e rio Tejo

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F. 22 - Baixa e rio Tejo

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F. 23 - Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte. ( Isto é o que diz a legenda, quanto a mim mal legendada, pois, esta, é uma vista tirada do Castelo de S. Jorge )

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F. 24 - Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte. ( Mais uma vista, tirada do Castelo de S. Jorge, repare-se como fica frontal o Convento e as Ruínas da Igreja do Carmo )

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F. 25 - Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte. ( Esta, é uma vista tirada do Castelo de S. Jorge, repare-se no Hospital de S. José, que visto da Sra do Monte, não consegue ver a fachada sul do edifício, que nesta vista é a mais presente )

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F. 26 - Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte. ( Mais uma vez, uma imagem impossível  de obter da Sra do Monte, no canto inferior direito podemos observar a antiga Igreja do Socorro, com o Hospital de S. José, mesmo por trás, e, à direita, na parte central da imagem, o Hospital do Desterro )

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F. 27 - Panorâmica de Lisboa tirada do Castelo S. Jorge

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Folha de guarda, com dedicatória «Offerecido à Exma. Sra. D. Catharina Rita Caldas em 28 de Abril de 1868»

Areeiro, 1947

Panorâmica sobre a zona do Areeiro tirada dos Lag

Panorâmica sobre a zona do Areeiro tirada dos Lagares d' El Rei, 1947, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Em primeiro plano do lado esquerdo, a nova Rua Guilhermina Suggia, um pouco mais atrás desta, e um pouco escondida, a antiga Estrada de Sacavém ( mesmo em frente do primeiro edifício que se vê, e imediatamente atrás do novo arruamento), mais atrás ainda nas traseiras dos edifícios mais à esquerda, a nova avenida Almirante Gago Coutinho (que por esta altura ainda se chamava Almirante Reis, vindo depois a chamar-se Avenida do Aeroporto - 1956, e em 2 de Janeiro de 1960, por fim, viria a ter o nome do almirante pioneiro da aviação), do centro da foto para o lado direito vemos, a Avenida Frei Miguel Contreiras,após esta artéria, podemos ver o antigo apeadeiro do Areeiro e os respectivos resguardos, e,  na zona mais elevada, pode observar-se ainda,  o Casal Vistoso.

Panorâmica sobre a zona do Areeiro, 1947, vendo-s

Panorâmica sobre a zona do Areeiro tirada dos Lagares d' El Rei, 1947, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Na sequência da foto anterior e numa vista mais à esquerda daquela, vê-se, na antiga estrada de sacavém o antigo Retiro Perna de Pau e por trás a nova Avenida Gago Coutinho.

Imprensa Nacional

"Resultado da poderosa iniciativa do celebre ministro de D. José I, e creada por alvará de 24 de Dezenbro de 1768 com a denominação de Officina Regia Typographica, que mais tarde se transmudou na se Impressão Regia, <<a Impressão Nacional de Lisboa é hoje pela vastidão de suas officinas, pelo seu numero de seus operarios, e pela excellencia do seu trabalho, não só um dos mais importantes estabelecimentos publicos da capital, mas tambem o primeiro do seu genero em todo o reino.>>"
in O panorama : jornal litterário e instructivo da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, Vol. XVI, 1º da 5ª Série, N.º 15 de 1866

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Imprensa Nacional, fotógrafo ni, in a.f. C.M.L.

Foi Palácio de Soares de Noronha antes de ali se instalar a Imprensa Nacional. Em 1768, Dom Fernando Soares de Noronha arrenda o palácio ao Estado para ali funcionar a Régia Oficina Tipográfica. O Estado compra o palácio em 1816, e em 1833 esta instituição passa a denominar-se Imprensa Nacional. Mais tarde, em 1895, o palácio é totalmente demolido para, no mesmo local, se levantar o actual edifício da Imprensa Nacional.

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 Imagem em, https://www.incm.pt/portal/incm_hin.jsp

Atlas da carta topográfica de Lisboa nº 34, de F

Atlas da carta topográfica de Lisboa nº 34, de Filipe Folque, in A.M.L.

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Imprensa Nacional, gravura, in a.f. C.M.L:

Palácio dos Soares de Noronha, antigo edifício d

Palácio dos Soares de Noronha, antigo edifício da Imprensa Nacional (reprodução fotográfica), foto de José Arthur Leitão Bárcia

Imprensa Nacional, 1913, foto  de Joshua Benoliel,

  Imprensa Nacional, 1913, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

 

 

Porta Martim Moniz

"A chamada porta do Norte é encimada por uma lápide; A porta Martim Moniz tem uma inscrição gravada na parede do lado exterior, sobre o arco, subrepujado por uma cabeça de uma estátua dentro de um pequeno nicho, em mármore, representando Martim Moniz."

Leitura: EL REI DOM AFONSO HENRIQUES MANDOU AQUI COLOCAR ESTA ESTÁTUA E CABEÇA DE PEDRA EM MEMÓRIA DA GLORIOSA MORTE QUE DO MARTIM MONIZ PROGENITOR DA FAMÍLIA DOS VASCONCELOS RECEBEU NESTA PORTA QUANDO ATRAVESSANDO-SE NELA FRANQUEOU AOS SEUS A ENTRADA COM QUE SE GANHOU AOS MOUROS ESTA CIDADE NO ANO DE 1147
in http://www.monumentos.pt/site/app_pagesuser/SIPA.aspx?id=3128

*

PORTA DO MONIZ NO CASTELLO DE S. JORGE


"Abre-se esta porta no lanço da muralha que está voltada para o norte, tendo junto de si uma torre que a defendia, falta hoje das ameias que a coroavam, bem como a toda a muralha.
Tem a porta onze palmos de altura e dez de largura. Logo por cima do arco está um nicho, e n'elle o busto de Martim Moniz , comprehendendo só a cabeça e pescoço, esculpido em marmore branco. Se não tivera o nariz quebrado, podia dizer-se que se achava perfeitamente bem conservado. E esse estrago mostra ser obra mais da maldade que do tempo.
O feito glorioso que deu motivo para se collocar sobre aquella porta o busto do illustre D. Martim Moniz é geralmente conhecido, e ficou bem popular entre nós, e até no estrangeiro, desde que o sr. Castilho o desenhou e coloriu nos seus QUADROS HISTÓRICOS, com aquelle subtil pincel, tinto nas mais vivas cores da poesia que tão magistralmente sabe manejar.
Entretanto, como succede a muitos outros factos da nossa historia relativos aos primeiros períodos da monarchia, é ponto de duvida para algumas pessoas estudiosas, se foi com efeito n'aquella porta ou n'outra do lado de léste que o valoroso D. Martim Moniz se entalou, e se deixou matar, para franquear á hoste de D. Afonso Henriques a entrada na praça moirisca."

in Archivo pittoresco : semanario illustrado, 5.º Ano, n.º 43, 1862

 

* adicionado às 16.55 Horas, do dia 9 de Março de 2021

Castelo de São Jorge, fazendo a ronda junto à po

Castelo de São Jorge, fazendo a ronda junto à porta de Martim Moniz, Agosto 1908, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Castelo de São Jorge, porta Martim Moniz, foto de

Castelo de São Jorge, porta Martim Moniz, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.

Castelo de São Jorge. Lado interior da porta de M

Castelo de São Jorge. Lado interior da porta de Martim Moniz, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

Panorâmica sobre a encosta do Castelo, com a Port

Panorâmica sobre a encosta do Castelo, com a Porta Martim Moniz, s/d,foto de Leilão Soares e Mendonça, in a.f. C.M.L.

 

Ermida ou Capela de Nossa Senhora de Monserrate

Após concessão do terreno pelo rei (D. José I), em 1768, foi a capela construída, entre os arcos do Aqueduto das Águas Livres e dedicada a Nossa Senhora de Monserrate, padroeira dos artífices franceses.A construção é patrocinada pela Irmandade de Nossa Senhora de Monserrate e foi custeada pelos fabricantes da seda, em cujas proximidades, no actual Largo do Rato, se situava a antiga Real Fábrica das Sedas. Em 15 de Setembro o rei concede a Real Protecção à Ermida.

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Ermida de Nossa Senhora de Monserrate, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

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Atlas da carta topográfica de Lisboa nº 26, de Filipe Folque, in A.M.L.

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Ermida de Nossa Senhora de Monserrate, altar, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

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Ermida de Nossa Senhora de Monserrate, traseiras, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

 

 

 

Cruzeiro das Laranjeiras

"...Publicou em 1904 o saudoso investigador Sousa Viterbo, uma interessante notícia àcêrca do Cruzeiro das Laranjeiras.
Descreve-o, como todos nós ainda o vimos, no extremo da quinta que foi do Conde de Farrobo, junto às grades que a separavam da estrada de Benfica <<próximo do chafariz da Convalescença>>.
Erguia-se então sôbre dois degraus de pedra lioz <<tendo o primeiro 1m,55 de comprimento e o segundo 1 metro, sendo a altura de cada um 0m,18>>. A base da coluna tem 0m,41 de altura por 0m,455 de lado.
É uma robusta cruz floreteada de calcário brando, assente sôbre um capitel gótico. O fuste, de mármore, mede 1m,255.
Numa das faces da cruz está a imagem mutilada de Cristo, e na face oposta, sôbre uma pequena mísula, a da Virgem com o Menino.
Diz-nos Viterbo, que êste cruzeiro, durante a sua longa existência de mais de quatro séculos, terá sofrido alguns reparos e modificações. De facto, além de outros vestígios, nota-se que o Crucifixo está ali embutido e fixado com parafusos de metal.
Em volta do capitel corre uma inscrição de caracteres góticos minúsculos, lida com algumas incorrecções por Gabriel Pereira, sôbre um calco de gêsso, para a notícia de Viterbo.
Diz assim:

:PEDREANS MORADOR AQUI MADOU FAZER ESTE CRUZ A HORA DE DS i DE SCA M

É pois êste cruzeiro, como diz o citado escritor, <<devido como tantos outros, à piedade de um indivíduo que o mandou construir, ou por algumacto espiatório, ou por simples devoção, obedecendo ao sentimento religioso da época>>.
Quanto ao aspecto paleográfico há apenas a notar a falta do "o" que, em expoente, completaria a abreviatura da palavra cruzeiro. As abreviaturas das palavras Deus e Santa são correntes.
Certo dia foi apeado, e não mais o viram os que passam pela estrita e tristonha estrada de Benfica.
Não está porém perdido, antes foi parar a mãos que o conservam e respeitam. Por morte da Senhora Condessa de Burnay, última proprietária da quinta das Laranjeiras, ficou o velho cruzeiro, havia já tempos recolhido nas arrecadações do palácio, pertencendo a sua neta D. Teresa, filha do falecido Conde de Mafra, pessoa do mais culto espírito, que o trouxe para sua casa, o antigo palácio dos Marqueses de Valença, ao Campo Grande, e cuidadosamente o ergueu numa das ruas do jardim, onde, embora sem os degraus que já não foram encontrados, está ao abrigo de possíveis mutilações.
Lumiar, Quinta de Nossa Senhora do Carmo, em 27 de Janeiro de 1943."
in Olisipo : boletim do Grupo «Amigos de Lisboa», A. VI, n.º 23, Julho 1943

Cruzeiro das Laranjeiras, foto de Eduardo Portugal

Cruzeiro das Laranjeiras, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

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Palácio Valença Vimioso, cruzeiro das Laranjeiras existente no jardim, 1968, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Palácio Valença Vimioso, cruzeiro das Laranjeira

Palácio Valença Vimioso, cruzeiro das Laranjeiras existente no jardim, 1968, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Este Palácio foi pertença dos 2ºs. marqueses de Valença nos primórdios do século XIX. Foi comprado ao conde de Vimioso por Pinto da Cunha. A quinta era muito maior do que é hoje, o campo de futebol onde estiveram instalados primeiramente o Sporting e depois o Benfica, foi construído em terrenos que pertenciam ao Palácio. Algumas das salas conservam-se como estavam no século XIX. O cruzeiro é Monumento Nacional e o Palácio, Imóvel de Interesse Público.

Palácio Valença Vimioso ou palácio do conde de

Palácio Valença Vimioso ou palácio do conde de Vimioso, 1968, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Elevador de São Julião também conhecido por elevador da Biblioteca ou do Município

"A ponte do elevador, que há poucos anos ainda cruzava a Calçada de S. Francisco, tinha dezasseis metros e foi corrida, desde o jardim do Visconde de Coruche até à coluna do ascensor.
O objectivo do Dr. Aires de Campos, animador da iniciativa e seu financiador, não teve o êxito de ordem material que se esperava. O elevador sempre deu pouco. Em 1915 foi doado à Câmara, que, poucos anos decorrridos, acabou com a exploração. Os portões do Largo de S. Julião e do da Biblioteca (ambos Nº 13) foram encerrados.
O óxido de ferro começou então, qual sarampelo, a atacar a coluna e a ponte do elevador, e, já quando o mal alastrava em demasia, a Câmara resolveu desmontá-las. Era tarde demais. A avançada velhice já lhe tinha feito estragos tão grandes que a emprêsa era-lhes impossível. A Câmara Municipal pôs então o ascensor em praça, em Dezembro de 1926, e a União de Sucatas, L.da, ou, mais popularmente, o Nobre das Sucatas, rematara-o por cinco mil escudos, desmontagem de sua conta e com isenção de licenças camarárias. Na Imprensa, porém, houve quem se insurgisse contra o desaparecimento do elevador, pelo que a arrematação foi invalidada. Passados tempos, contudo, a Câmara tornou a pô-lo em hasta pública, e, como ninguém aparecesse para licitar, o ascensor foi a leilão pela terceira vez, tendo sido novamente arrematado pela União de Sucatas, L.da, mas, então, só por 1.209$00, ficando todavia, pertença da C.M.L. a caldeira e o maquinismo.
Ainda não há muito vimos num dos armazéns do Nobre a lápida de bronze com o brasão da cidade, que esteve afixada à entrada do elevador, desde que o antigo proprietário o doara à Câmara:
ESTE ASCENSOR
FOI DOADO
Á
CIDADE DE LISBOA
POR
J.M.AYRES DE CAMPOS
CONDE DO AMEAL
EM 1915
Um belo dia, porém entrou na União de Sucatas um ferrador de Bucelas - o Artur Felisberto -, que viu no ferro todos os requisitos para o poder transformar em ferraduras. Associou à compra um ferreiro da localidade, Manuel Maurício, hoje já falecido, e o velho ascensor da Biblioteca desceu então - desceu pela última vez -, desceu inglóriamente à categoria de ferraduras das alimárias que calcorreiam os povoados dos vales pingues dos rios Tranção e Arranhó...

in Olisipo : boletim do Grupo «Amigos de Lisboa», A. VI, n.º 24, Out. 1943

Elevador de São Julião também conhecido por ele

Elevador de São Julião também conhecido por elevador da Biblioteca ou do Município, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

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Elevador de São Julião, planta, in A.M.L.

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Elevador de São Julião, planta, in A.M.L.

Planta de localização do elevador da Biblioteca,

Planta de localização do elevador da Biblioteca, in A.M.L.

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 Entrada do Elevador, na Praça do Município

Elevador de São Julião também conhecido por ele

Elevador de São Julião também conhecido por elevador da Biblioteca ou do Município, 1909, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Fonte Luminosa da Alameda D. Afonso Henriques

"Foi idealizada no âmbito das comemorações do duplo centenário da Fundação e Restauração de Portugal (1940). A sua grandiosidade excedeu tudo o que até então se vira. A fonte veio cumprir um triplo objectivo:fornecer um fecho condigno à Alameda D. Afonso Henriques; proporcionar um miradouro sobre a Alameda, e, por fim, um objectivo simbólico, comemorativo da entrada das águas do vale do Tejo na cidade, que permitiram, em 1940, elevar o caudal destinado ao consumo. Com projecto riscado, em 1939, pelo arq. Carlos Rebelo de Andrade, só foi inaugurada em 1948. Trata-se de uma construção monumental, que abrange quase toda a largura da Alameda, dotada de um corpo central, dois outros, avançados nos extremos, com baixos-relevos, e escadarias laterais de acesso ao terraço superior, delimitado por uma balaustrada ritmada por plintos. No topo do corpo central 13 olhos de água jorram sobre enormes descarregadores, que formam cascatas de queda dupla, compostos por 2 taças sobrepostas. A partir daí a água precipita-se em catadupa para um lago superior de perfil contracurvado, de onde extravaza para um grande lago inferior de recorte elíptico. Esta fonte surge pontuada por grupos escultóricos ligados à temática da água, que traduzem repuxos e outros jogos-de-água. Diogo de Macedo esculpiu a figura alegórica do Tejo, segurando uma nau, que um tritão-criança procura alcançar, montado num cavalo-marinho empinado sobre golfinhos revoltos, e as Tágides com caudas de peixe, segurando golfinhos e búzios. Maximiano Alves executou as 13 figuras femininas, segurando búzios e vieiras. As fachadas dos corpos laterais, que albergam a maquinaria, exibem 2 baixos-relevos verticais com alegorias ao trabalho, em tempos polícromos, da autoria de Jorge Barradas."
in http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/fonte-monumental-da-alameda

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Fonte Monumental, foto Estúdios Hóracio Novais, in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian

Projecto de prolongamento da alameda D. Afonso Hen

Projecto de prolongamento da Alameda D. Afonso Henriques entre as ruas Carvalho Araújo e Barão de Sabrosa, 1937, in A.M.L.

Projecto de prolongamento da alameda D. Afonso Hen

Projecto de prolongamento da Alameda D. Afonso Henriques entre as ruas Carvalho Araújo e Barão de Sabrosa, 1937, in A.M.L.

Construção da Fonte Monumental da Alameda, dez 1

Construção da Fonte Monumental da Alameda, Dez. 1942, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L. 

Construção da Fonte Monumental da Alameda, dez 1

Construção da Fonte Monumental da Alameda, Dez. 1942, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L. 

Fonte monumental, 1948, foto de Fernando Martinez

 Fonte monumental, 1948, foto de Fernando Martinez Pozal

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 Fonte Monumental, foto Estúdios Hóracio Novais, in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian

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 Fonte Monumental, foto Estúdios Hóracio Novais, in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian

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Fonte Monumental, foto Estúdios Hóracio Novais, in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian

 

Jornal "O Século"

Fundado em 1880, "O Século", jornal diário de Lisboa, surgiu como orgão de comunicação do Partido Republicano e, até à queda da Monarquia, manteve-se como a voz mais forte da propaganda republicana. Publicou o primeiro número a 4 de Janeiro de 1881, sendo redactor principal e director do jornal Jaime Magalhães Lima. A redacção e as oficinas vieram ocupar as instalações do antigo Palácio dos Viscondes de Lançada, na rua Formosa, que mais tarde, dada a popularidade do jornal, se passou a chamar rua de O Século.

Mas foi, sem dúvida, graças ao investimento em centenas de iniciativas de diversão, de solidariedade social, de carácter cultural, desportivo e patriótico, levadas a cabo entre 1927 e 1938, que o jornal reforçou a sua popularidade em todo o país. Dessas, a Colónia Balnear Infantil, iniciada, em 1908, e retomada em 1927, em S. Pedro do Estoril, constituiu o corolário de todas as obras que o jornal desenvolveu em prol da causa de protecção à infância desprotegida.

Jornal O Século, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.

Jornal "O Século", foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.

Atlas da carta topográfica de Lisboa, nº42 , 185

Atlas da carta topográfica de Lisboa, nº42 , 1856, de Filipe Folque, in A.M.L.

Levantamento topográfico de Francisco Goullard, n

Levantamento topográfico de Francisco Goullard, n270, de 1883, in A.M.L.

Jornal O Século, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.

Jornal "O Século", foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.

Feira Popular de Lisboa no antigo parque José Mar

Feira Popular de Lisboa no antigo parque José Maria Eugénio, colónia Balnear Infantil do Século, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Jornal O Século, 1905, foto de Joshua Benoliel, i

  Jornal "O Século", 1905, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Jornal O Século, sd, foto sem referência ao auto

Jornal "O Século", s/d, foto sem referência ao autor, arquivada como Prova Original, in a.f. C.M.L.

Jornal O Século, sd, foto sem referência ao auto

Jornal "O Século", s/d, foto sem referência ao autor, arquivada como Prova Original, in a.f. C.M.L.

 

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