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Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

Convento de São Pedro de Alcântara


Na véspera da batalha dos Montes Claros,em Junho de 1665, D. António Luís de Menezes, Marquês de Marialva, prometeu erguer um convento dedicado a São Pedro de Alcântara se as tropas portuguesas saíssem vitoriosas contra o exército espanhol, com o qual combatiam no contexto da Guerra da Restauração.
Venceu-se tanto a batalha como a guerra e em Janeiro de 1670 foi fundado o Convento de São Pedro de Alcântara, onde viveram frades capuchos até 1833, ano no qual foi entregue à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

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Convento de São Pedro de Alcântara, sem data, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

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Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº35, 1857, de Filipe Folque, in A.M.L.

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Consulta sobre a petição do marquês de Marialva, que solicita ao senado um chão para aumentar a capela-mor do convento que tinha fundado, da invocação a São Pedro de Alcântara, por voto que fizera pelas vitórias obtidas contra os castelhanos nas batalhas de Elvas e Montes Claros.
Consulta assinada pelos vereadores, Garcia de Melo (monteiro-mor do reino), Rodrigo de Meneses (estribeiro-mor do reino), Luís Álvares de Távora (marquês de Távora), Mateus Mouzinho e Manuel Rodrigues Leitão, pelos procuradores da cidade, Teodósio de Frias e Luís Álvares de Andrade e pelos procuradores dos mesteres, António rodrigues, Francisco Jorge Fragoso, Luís Gonçalves Ferro e Pedro da Mota.
Contém despacho. Folha 1, in A.M.L.

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 Folha 2

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Folha 3

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Folha 4

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Igreja do convento de São Pedro de Alcântara, capela fundada pelo Cardeal Dom Veríssimo de Lencastre, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.

Igreja do convento de São Pedro de Alcântara, ca

Igreja do convento de São Pedro de Alcântara, capela-mor e altares colaterais, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.

Igreja do convento de São Pedro de Alcântara, re

Igreja do convento de São Pedro de Alcântara, retábulo, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.

Convento de São Pedro de Alcântara, 1966, foto d

Convento de São Pedro de Alcântara, 1966, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Travessa do Pintor - Pedro Alexandrino de Carvalho

"Muita gente ignora o motivo de se haver posto o nome de - Travessa do Pintor - á pequena rua que vai da Carreira dos Cavallos ao Arco do Cego. Pois é uma razão histórica, e que deve conservar gratas lembranças n'aquelles que estudam a vida dos homens mais notaveis que perpetuaram em Portugal as artes da pintura.
Esta pintor de que aqui se trata, e que deu nome á travessa indicada, foi Pedro Alexandrino, o nosso pintor historico mais notavel pela época do terremoto, aquelle a cujo pincel facil devem os nossos principaes templos, demolidos ou incendiados pelos temerosos desastres d'aquella grande catastrofe, os seus retabulos, - retabulos que foram substituir as obras do seu antigo mestre André Gonçalves.
Pedro Alexandrino possuia uma casa n'aquelle sítio, que se tornava fallada, principalmente, por uma grande cisterna em que gastara somas prodigiosas. Era uma mania. Chegava elle a dizer, que a mór parte do importe de seus quadros a tinha metido na cisterna.
Quando alguem, visitando-o, lhe perguntava pelas suas obras, dizia logo com a jovialidade que lhe era habitual: - Tenho tudo metido na cisterna.
O nome d'este artista notavel deu o nome á travessa, que com razão se devia ufanar d'elle, porque Pedro Alexandrino teve merecimento, o que é impossivel de negar diante da sua melhor obra, que é o quadro do Salvador do Mundo, colocado na Sé de Lisboa. è uma composição elevada, em que a frouxidão de colorido se resgata pela correcção do desenho elegante e facil.
Há pouco quando a Camara tratou de alargar aquella travessa, houve alguem que se lembrou, de certo por ignorar a razão historica d'aquella denominação, de mudar o nome de Travessa do Pintor para Rua do Hospital D.ª Estefania."
in Olisipo : boletim do Grupo "Amigos de Lisboa", A. XVII, n.º 67, Julho 1954

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 Salvador do Mundo, foto de Nuno Saldanha

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 Pedro Alexandrino de Carvalho (1729-1810), pintor de Portugal, foto in MatrizPix

Atlas da carta topográfica de Lisboa, N 20, 1858,

Atlas da carta topográfica de Lisboa, N 20, 1858, de Filipe Folque, in A.M.L.

Azulejos de Lisboa

"Lisboa orgulha-se de uma riqueza espantosa em azulejos. Quem, à margem de um inventário, os quisesse estudar, teria que elaborar alguns volumes.
Muito se tem trabalhado e escrito sobre azulejos de Lisboa, mas eu atrevo-me a afirmar que está quase tudo por fazer.
É que o azulejo pela sua natureza esconde-se, oculta-se, deixa-se entaipar, consente o anonimato, tolera a cobertura, o escambo, a anulação visual.
Todos os dias descubro o que até agora não via apontado, e devo confessar que só uma parte mínima desses milhares de documentos de cerâmica tem desfilado perante meus olhos. Há os azulejos históricos, os objectivos, os sacros, os bíblicos, os militares, os decorativos, os de fantasia, os de corte, os de cumprimentos.
Panos que enchem claustros, quadros que cobrem paredes, maravilhas de Lisboa, património ignorado de cerâmica, que não é constituído apenas pelos exemplares de S. Vicente e do Hospital de S. José, mas também pelos das casas pequenas, e dos palácios, e restos de convento, eirados e terraços, pátios e vestíbulos, capelas e alegretes."
1939
Norberto d'Araujo
in Olisipo : boletim do Grupo "Amigos de Lisboa", A. XV, n.º 57, Janeiro 1952

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Museu Nacional do Azulejo, Lisboa, Portugal

Grande Vista de Lisboa.

Painel de azulejos em majólica azul e branco, atribuído a Gabriel del Barco, ca 1700, proveniente do antigo Palácio dos Condes de Tentúgal em Lisboa. Fotógrafo João Miguel dos Santos Simões, in biblarte

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Museu Nacional do Azulejo, Lisboa, Portugal

 Azulejos hispano-mouriscos de corda seca e aresta, séculos XV e XVI.
Peça da coleção. Fotógrafo João Miguel dos Santos Simões, in biblarte

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 Museu Nacional do Azulejo, Lisboa, Portugal 

Retratos de Carlos II de Inglaterra e D. Catarina de Bragança, ca. 1662, século XVII.
Oferta dos Condes de Penha Garcia.
Peça da coleção. Fotógrafo João Miguel dos Santos Simões, in biblarte

Convento da Penha de França, actual igreja da Pen

Convento da Penha de França, actual igreja da Penha de França, azulejos, 1951, foto de Eduardo Portugal, in a,.f. C.M.L.

Palácio Galveias, painéis de azulejos do átrio,

Palácio Galveias, painéis de azulejos do átrio, 1950, fotógrafo n/i, in a,.f. C.M.L.

Palácio Marquês de Fronteira, varanda da capela,

Palácio Marquês de Fronteira, varanda da capela, painel de azulejos com a representação da Música, 1911, foto de Joshua Benoliel, in a,.f. C.M.L.

Registo de santos, 1949, foto de Eduardo Portugal.

Registo de santos, 1949, foto de Eduardo Portugal, in a,.f. C.M.L.

Cervejaria Trindade, 1944, foto de Eduardo Portuga

Cervejaria Trindade, 1944, foto de Eduardo Portugal, in a,.f. C.M.L.

Palácio dos Caldas

"Não a corcova da rua da Madalena não foi adquirida com o tempo e portanto não deve ser tomada como uma certidão de idade. A rua é corcovada desde que nasceu e a sua existência não conta ainda, relativamente, muitos anos.
A primeira vez que vemos citar a rua da Madalena é em 1766. Mas não se pense que eram já muitos os edifícios que a emolduravam. Pelo contrário, eram pouquíssimos, tão poucos que se poderia dizer que era uma rua sem casas. calcule o leitor que dois anos depois, em Abril de 1768, eram apenas três os prédios que se erguiam na rua! Do lado do nascente tinham sido mandados edificar por João Gonçalves e por D. José de Meneses; do lado do poente um que pertencia à congregação de Nossa Senhora da Doutrina. No entanto, na praça que se abria ao cimo dos dois lanços da rua - praça que se chegou a denominar da Bela Vista - já se tinha erguido um grande edifício, o dos irmãos Caldas, João e Luís, e no qual nesse ano morava o francês Jacome Ratton, grande industrial e amigo e admirador de Pombal. Tinha ido para ali em 1766.
1940 - Tempos que passaram."
Pastor de Macedo
in Olisipo : boletim do Grupo "Amigos de Lisboa", A. XV, n.º 57, Janeiro 1952

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Palácio dos Caldas, sem data, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 43, 185

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 43, 1858, de Filipe Folque, in A.M.L.

Palácio dos Caldas, 1968, foto de Armando Serôdi

Palácio dos Caldas, 1968, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Igreja de S. Domingos

"Egreja de S. Domingos, o mais vasto templo da capital, e que, ainda ha pouco, serviu para a celebração das mais apparatosas festas religiosas, em quanto se faziam os reparos na Sé Patriarchal.
O convento dos religiosos da ordem dos Pregadores, ou de S. Domingos, foi fundado primeiramente por el-rei D. Sancho II, o qual lançou, em 1241, a primeira pedra nos alicerces. Em 1249 mandou el-rei D. Afonso III fazer a egreja; e mais tarde, el-rei D. Manuel mandou fazer o dormitório.
É muito curioso o que refere fr. Luiz de Sousa, e vem a ser: que achára, por memorias antigas, que por onde hoje é a cidade baixa vinha antigamente um esteiro de mar, com fundo bastante para receber navios. Affirma o mesmo elegante chronista que, na occasião de se abrirem uns alicerces para fazer um novo dormitório no mencionado convento de S. Domingos, no anno de 1571, fôra descoberta silharia de pedra bem lavrada, e de espaço em espaço grossas argolas de bronze, mostrando que houvera ali um caes, onde se amarravam navios. Muitas vezes entrou a agua no convento de S. Domingos, arrazando tudo quanto encontrava; e não eram sómente as chuvas torrenciaes que faziam estragos, senão tambem o mar entrava pelos canos publicos, e talvez por cima das ruas. E agora...aquelle sitio e toda a cidade baixa, são a mais bella porção da capital, e estão completamente preservados de taes inconvenientes e perigos.
Os priores do convento foram pouco a pouco melhorando a edificação. Em 1724, graças á actividade do provincial fr. Antonio do Sacramento, houve grandes aperfeiçoamentos; e em 1748 foi edificada a capella-mor pelo risco de Ludovici, concluida depois por Belino de Padua, obra muito custosa, para a qual muito concorreu a liberalidade de el-rei D.João V. Tudo isto foi destruido pelo terremoto de 1755 e incendio que se lhe seguiu; sendo tambem pasto das chammas ricos ornamentos, um consideravel numero de quadros, e uma livraria, rica de livros e manuscriptos.
Depois do terremoto foram restaurados pouco a pouco o convento e a egreja. D'aquelle, apenas nos cumpre dizer que foi, depois da extincção dos conventos, convertido em bellas casas de habitação, que hoje aformoseiam aquelles sitios."
in A Ilustração Portuguesa : semanário : revista literária e artística, 1º Ano, N.º 36, 2 de março de 1885

Igreja de São Domingos, fachada principal, bãrci

Igreja de São Domingos, fachada principal, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 36, 185

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 36, 1858, de filipe Folque, in A.M.L.

Igreja de São Domingos, interior, foto de Alberto

Igreja de São Domingos, interior, foto de Alberto Carlos Lima

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Igreja de São Domingos, custódia, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

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Igreja de São Domingos, relicário, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

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Igreja de São Domingos, cálice, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

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Igreja de São Domingos, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.

Em 13 de Agosto de 1959, um fogo destruiu o interior da Igreja, a talha dourada do altar foi destruída, imagens valiosas foram irremediavelmente perdidas. A Igreja de São Domingos só reabriu em 1994. Nas pedras negras dos altares permanecem as máculas do incêndio, apenas o tecto apresenta uma coloração alaranjada. As pedras do chão estão quebradas devido às altas temperaturas.

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Igreja de São Domingos, rescaldo do incêndio, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

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Interior da Igreja de São Domingos, foto de Eduardo Dantas, in Panoramio

 

 

 

Igreja do Carmo

"Da antiga egreja do Carmo em Lisboa não restam senão ruinas. Aquelle bello exemplar d'architectura gothica caiu quasi todo por terra, e o tempo não faz mais do que juntar, sobre o que resta, profanação a profanação.
Foi no tempo de D. Sancho II que a ordem dos carmelitas calçados, uma das mendicantes, entrou em Portugal. Na villa de Moura teve o primeiro convento, fundado por uns cavalleiros maltezes, que ao reino tinham aportado em companhia de alguns carmelitas.
Quando nos campos de Aljubarrota se ia sentenciar a causa da independencia portugueza, mais uma vez ameaçada pelo poder de Castella, o mestre d'Aviz e o condestavel D. Nuno Alvares Pereira, invocaram o favor supremo contra a eventualidade da derrota.
O ttiumpho coroou dois votos, e dois votos traduziram-se em dois preciosos monumentos de architectura christã. D. João I lançou fundamentos ao mosteiro da Batalha, essa Illiada de pedra, historia eloquente d'uma epocha gloriosa: o condestavel levantou em Lisboa a egreja do Carmo, cujas ruinas ainda ahi estão para attestar a grandeza do pensamento e a elevação da arte.
Pelos annos 1389 foi, ao que parece, começada a obra, que só se concluiu em 1422. entretanto, antes de concluida, vieram para o mosteiro em 1397 os religiosos da villa de Moura.
O preço modico dos salarios d'então explica como um particular, ainda que poderoso, teve meios de levar a cabo tamanha obra. No livro dos brasões e armas das familias do reino se diz que os officiaes, que trabalharam n'este edificio, ganhavam treze réis por dia, ou o valor de dois alqueires e meio de trigo, que nesse tempo se vendia a cinco réis o alqueire.
Áquelle templo, a que se ligavam tantas recordações nacionaes, deu o fundador a invocação da Senhora do Vencimento. Depois elle mesmo, o maior capitão da sua epocha, o salvador da monarchia, desprezando a gloria de tantos combates, foi alli depor a espada e curvar a fronte á obediencia monastica; e lá mesmo, no habito de religioso, na obscuridade do claustro, falleceu n'uma pousada junto da portaria. O seu tumulo, mandado de França pela sua quarta neta a duqueza de Borgonha, estava na capella mór, do lado do Evangelho. na frente d'elle, armado de armas brancas, havia o vulto de D. Nuno; mas, sobre a campa, já a mesma imagem avultada vestida com um habito de leigo carmelita. Sua mãe Iria Gonçalves jazia sepultada ao pé d'elle, n'um como nicho, aberto na parede.
Segundo se vê da inscripção gothica, e sua traducção, que ainda se conservam no umbral esquerdo exterior da porta principal, a egreja foi sagrada em 1523. A inscripção diz o seguinte:

NA ERA DE 1523 A 30 DIAS DO MES DE
AGOSTO, FOI SAGRADO ESTE MOSTEIRO POR
DÕ AMBROSIO, BPO. DE RVSIONA Q. CONCE
DEO A TODOLOS VISITATES ESTA CASA 40
DIAS DE REMISÃ DOS PECCADOS E PELA
ORDe SÃ CÕCEDIDOS 400 AÑOS E 85
-CORESMAS DE PERDÃ E CADA DIA DO OV
TAVR.º 85 AÑOS E 85 CORESMAS DE PER
DÃ, A QVAL CÕSAGRAÇA SE FES PELA ALMA
BRÃCA ROIZ TALHEIRA Q. DEIXOV SVA
FAZeDA AO MOSTEIRO DE NOSSA SRA.

Na hombreira da direita, em correspondencia com esta inscripção, tem outra, tambem nos dois caracteres, que teve por cima uma cruz, concedendo indulgencias, n'estes termos:

TODO FIEL CHRISTÃO Q. BEI
JAR ESTA CRVS GANHA QVA
RENTA DIAS DE PERDAM
CLEMeTE 7.º E PIO 5.º CONCEDERÃO
AOS FIEIS XPÃOS QVE VISITAREM
AS IGREIAS DE N. SRA. DO CARMO AS
INDVLGENCIAS DAS ESTAÇÕES DE
ROMA DE DENTRO E FORA DOS MVROS
TENDO A BVLA DA S. CRVSADA.

O terremoto de 1755 arruinou o convento, e lançou por terra a egreja, de que não ficaram de pé senão as paredes exteriores.
O templo, muito banhado de luz, era de tres naves, onde havia quatro capellas de cada lado. A capella mór, allumiada por grandes janellas na ordem inferior, não tinha menos de onze na ordem superior. A cada um dos lados d'esta capella havia duas lateraes, maiores, e menores. Por cima dos altares lateraes, nas naves, mettida nas paredes até ao cruzeiro, havia uma galeria, com entrada pelo interior do convento e pelo coro, deitando para a egreja uma tribuna sobre cada um dos ditos altares."
in Archivo pittoresco : semanario illustrado, 1.º Ano, n.º 49, Jun. 1858

Convento do Carmo, foto de Alexandre Cunha.jpg Igreja do Carmo, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 43, 185

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 43, 1858, de Filipe Folque, in A.M.L.

Traslado em pública forma elaborado por Martim Vi

Traslado em pública forma elaborado por Martim Vicente de uma carta de D. João I que autoriza Nuno Álvares Pereira a doar bens imóveis ao mosteiro do Carmo, in A.M.L.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo antes do terramot

Igreja de Nossa Senhora do Carmo antes do terramoto de 1755, foto de José Arthur Leitão Bárcia

Frontaria do convento do Carmo e exterior da capel

Frontaria do convento do Carmo e exterior da capela-mor do lado do Rossio, antes do terramoto de 1755, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

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Convento do Carmo,anterior a 1895, foto de Francesco Rochinni, in a.f. C.M.L.

Convento do Carmo, fachada principal, foto de Ferr

Igreja do Carmo, fachada principal, foto de Ferreira da Cunha, in a.f. C.M.L.

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Igreja e convento do Carmo, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

Missa nas ruínas do convento do Carmo assinalando

Missa nas ruínas do Igreja do Carmo, assinalando o 535.º aniversário da batalha de Aljubarrota, 1928, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

 

Convento do Carmo, interior, 1949, foto Estúdios

Igreja do Carmo, interior, 1949, foto Estúdios Mário Novais, in a.f. C.M.L.

 

 

 

Limoeiro

"No reinado de D. Fernando o Limoeiro, conhecido então pela denominação de Paços de S. Martinho, do nome de uma egreja que lhe ficava proxima e da qual já não restam vestigios, apparece fazendo figura. Paço dos reis portuguezes, o palacio do Limoeiro assistiu ao adulterio de Leonor Telles com o rei Fernando, das janellas d'este palacio pôde a implacavel Leonor Telles, que Alexandre Herculano classificou como a Lucrecia Borgia portugueza, assistir á execução summaria de Fernão Vasques e dos seus companheiros de rebelião. Foi ali que o mestre de Aviz, apoz a morte de D.Fernando, veio encontrar o conde Andeiro ajoelhado aos pés da rainha viuva, e, fazendo-se a um tempo o vingador dos ressentimentos populares e o Messias da nacionalidade ameaçada da absorpção castelhana, assassinou sem escrupulos o fidalgo gallego.
O Limoeiro tem soffrido grandes transformações; e como se a mão do homem fosse insufficiente para o desfigurar, veio o terremoto de 1755 arruinar grande parte do edificio, do qual ainda existem vestigios ao lado Norte, depois foi ampliado pelo marquez de Pombal.
Do primitivo restam ainda: a sala, collocada no extremo sul do edificio, sala onde o mestre de Aviz assassinou o conde Andeiro, arrastando o depois para o vão da janella á qual hoje os presos se chegam a tomar ar. Há vestigios d'um altar, que hoje serve de arrecadação de cobertores, altar cuja existencia se explica por ter sido aqui a capella do edificio, antes da sua transferencia para sala das visitas.
O pateo, que se estende pelas duas areas, a primitiva e a pombalina, é reservado para os presos que queiram trabalhar no seu officio, ou a quem um outro preso queira ensinar qualquer officio. O general director concede pequenas porções d'um telheiro para que os presos empreiteiros ou mestres ahi levantem as suas barracas, para guardarem as ferramentas, a materia prima e o trabalho já feito.
A casa dá aos presos pobres um par de calças de estopa e uma camisa de riscado; roupa boa para a estação calmosa; detestavel porém para o inverno. O rancho para estes mesmos presos é fornecido ás 7 horas da manhã e ás 3 horas da tarde; á hora da distribuição do rancho da manhã é tambem entregue a cada preso meio pão de munição que lhe deve chegar para o dia inteiro. Vinho, para evitar as desordens que são sempre companheiras da embriaguez, apenas pode entrar por dia na conta de 4 decilitros para cada um, salvo determinação contraria do medico - para mais ou para menos. Quanto á qualidade, apenas é admittido o vinho de pasto havendo todo o rigor para não deixarem entrar bebidas espirituosas."
in Branco e Negro : seminário ilustrado, N.º 5 a N.º 9, Maio de 1896

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Cadeia do Limoeiro, 1910, foto de Augusto Bobone, in a.f. C.M.L.

Levantamento topográfico de Francisco e César Go

Levantamento topográfico de Francisco e César Goullard, Nº 44, in  A.M.L.

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Cadeia do Limoeiro, pátio, 1911, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Cadeia do Limoeiro, 1911, foto de Joshua Benoliel.

Cadeia do Limoeiro, 1911, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

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A cadeia do Limoeiro vista de Santo Estêvão, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Panorâmica sobre o Limoeiro tirada da Igreja de S

Panorâmica sobre o Limoeiro tirada da Igreja de Santiago, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Cadeia do Limoeiro, 1911, foto de Joshua Benoliel,

Cadeia do Limoeiro, 1911, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Fábrica de Gás da Boavista

"O crescimento industrial da cidade de Lisboa, visível sobretudo a partir da década de 1840, traduziu-se pela instalação de fábricas de maiores dimensões e capacidade tecnológica nas zonas periféricas da cidade, nomeadamente naquelas que se localizavam junto ao rio Tejo, que assumia um papel importante enquanto via de introdução de matérias primas e de escoamento de produtos industriais. Nestas zonas era ainda possível obter terrenos com a dimensão necessária para instalar grandes empreendimentos industriais. Este facto foi determinante para que a primeira fábrica de gás se tivesse instalado na zona ocidental da cidade, na rua 24 de Julho. Em 1857 a fábrica ocupava uma superfície de 10.185 metros quadrados, mas o aumento do consumo de gás, que exigiu o aumento do número de fornos, de gasómetros e do espaço necessário para armazenamento de matérias primas, determinou a aquisição de novos terrenos para ampliação do espaço fabril - em 1875 a fábrica ocupava já 15.000 m2 e em 1882 19.781 m2.
O facto de este estabelecimento fabril se localizar num dos pontos mais baixos da cidade permitia a subida do gás aos pontos mais elevados da cidade sem o emprego de grande pressão. A proximidade do rio Tejo facilitava a entrada do carvão de Newcastle utilizado na fábrica e favorecia o encaminhamento para o rio dos fumos decorrentes da fabricação do gás, minorando assim o efeito de poluição nas zonas residenciais.
Com o objectivo de dissimular da população lisboeta um estabelecimento fabril que desencadeava o receio de incêndios e era visto como um foco de mau cheiro e fumos prejudiciais à saúde, o contrato celebrado entre a Câmara municipal de Lisboa e a Companhia Lisbonense, em 1870, impunha que a fábrica tivesse na frente que dava para a Rua 24 de Julho uma fachada de prédio. Na sequência desta determinação em 1875/76 adaptou-se a esta fábrica uma fachada gótica da autoria de joão Eduardo Ahrens."
in "A INDÚSTRIA DO GÁS EM LISBOA", de Ana Cardoso de Matos

Edifício da Companhia do Gás, sd, foto de Casa F

 Edifício da Companhia do Gás, s/d, foto de Casa Fotográfica Garcia Nunes, in a.f. C.M.L.

Companhias Reunidas de Gás e Electricidade, anos

Companhias Reunidas de Gás e Electricidade, anos 30, foto de Kurt Pinto, in a.f. C.M.L.

Fábrica de gás da Boavista, fachada principal, f

Fábrica de gás da Boavista, fachada da Av. 24 de Julho, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

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 Atlas da carta topográfica de Lisboa N º 50, in A.M.L.

Panorâmica do cais da Ribeira Nova, vendo-se a f

Panorâmica do cais da Ribeira Nova, vendo-se a fábrica de Gás da Boavista 1905, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Fábrica de Gás da Boavista, fachadas Norte e Oes

Fábrica de Gás da Boavista, fachadas Norte e Oeste, 1940, foto de Kurt Pinto, in a.f. C.M.L.

Prospeto da elevação da fachada principal da Fá

Prospeto da elevação da fachada principal da Fábrica a Gás, sita na rua da Boavista, in A.M.L.

Levantamento topográfico de Francisco Goullard, n

Levantamento topográfico de Francisco Goullard, nº 313, in A.M.L.

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Descarga de carvão no Cais do Sodré,1907, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

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Descarga de carvão no Cais do Sodré,1907, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Descarga do carvão na fábrica de gás da Boavist

Descarga do carvão na fábrica de gás da Boavista,1907, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Fábrica de gás da Boavista, descarga do carvão.

Fábrica de gás da Boavista, descarga do carvão,1907, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Fábrica de gás da Boavista, descarga do carvão,

Fábrica de gás da Boavista, descarga do carvão,1907, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

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Fábrica de gás da Boavista,1907, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Fábrica do gás da Boavista, exterior dos fornos,

Fábrica do gás da Boavista, exterior dos fornos,1907, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Planta Topográfica de Lisboa, 10 E, de Alberto de

Planta Topográfica de Lisboa, 10 E, de Alberto de Sá Correia, 1908, in A.M.L.

Fábrica de gás da Boavista, fachada principal, f

Fábrica de gás da Boavista, fachada da Av. 24 de Julho, foto de Rey Colaço, in a.f. C.M.L.

 

 

 

Estátua de Santo António

"Lisboa manifestou o maior interesse pelo acto inaugural do monumento a Santo António. A cidade, com tradições ligadas ao taumaturgo, que sempre venerou - e lembramos a noite dedicada ao santo, tipicamente popular, e também o dia, consagrado a cerimónias religiosas - a cidade, repetimos, tinha, pois, de estar presente a acto tão significativo de homenagem ao Doutor da Igreja, o qual, de certa maneira, correspondia ao pagamento duma dívida. Não se compreendia que a capital não tivesse uma estátua ao primeiro português, que era lisboeta, a alcançar projecção universal.
Portanto - assim tinha que ser - o povo não faltou à solenidade, para dar testemunho de quanto estava grato à Câmara Municipal, a quem ficava a dever a iniciativa de erigir o monumento.
O lugar cimeiro da cerimónia pertenceu ao Sr. D. António Ribeiro, Patriarca de Lisboa."
in Revista Municipal Nº 134/135

A Estátua é de autoria do escultor António Duarte

Monumento a Santo António, 1973, foto de Artur Pa

Estátua de Santo António, 1973, foto de Artur Pastor, in a.f. C.M.L.

Inauguração do monumento a Santo António, escul

Inauguração do monumento a Santo António, do escultor António Duarte, 4 de Outubro de 1972, foto de João Brito Geraldes, in a.f. C.M.L.

Inauguração do monumento a Santo António, escul

Inauguração do monumento a Santo António, o Cardeal Patriarca de Lisboa, Sr. D. António Ribeiro, presidindo à cerimónia, 4 de Outubro de 1972, foto de João Brito Geraldes, in a.f. C.M.L.

Inauguração do monumento a Santo António, escul

 Inauguração do monumento a Santo António, do escultor António Duarte, 4 de Outubro de 1972, foto de João Brito Geraldes, in a.f. C.M.L.

SETIMO CENTENARIO DE SANTO ANTONIO - CORTEJO ALLEGORICO

"Na cidade tão constantemente amortecida, que azafama não vae por essas ruas! Ao fim de sete seculos, Santo Antonio ainda faz milagres.
Abandonou o throno pequenino, forrado de retalhos de papel barato, com florõesinhos de chumbo pintado e castiçaes com fosforos de cera, arrumado ao canto do portal, e cresceu, fez-se enorme, falou até em querer um grande throno no Arco da rua Augusta. Sahiu-se philosopho, em vez de santo, segundo alguns disseram. Mas para engrandecel-o, deitaram-lhe o binoculo, como creanças pequenas, ás avessas.
O facto é que não se fala senão em festas, procissões, fogos de artificio, espectaculos, toiradas, conferencias. As imagens do thaumaturgo surgem-nos por toda a parte, perseguem-nos por todas as esquinas, vidraças, lojas, em vulto, em oleographias, em registros. As bandeiras tremulam aos ventos, as illuminações continuam o pleno dia até alta noite, as bolsa abrem-se, os cofres despejam-se, para que outras se escancarem, para que outros abarrotem.
E dizia, ha dias, uma freirinha:
- Deixai-o. Estou convencida de que o Santo Antonio gosta de tudo isso.
Porque é assim a crença geral. Santo Antonio de Lisboa representa no christianismo portuguez a summa bondade, a compaixão para todas as pequeninas misereias. É elle quem casa as raparigas pobres, elle quem acha as coisas perdidas, elle quem sabe guiar as cartas no seu caminho - S.AT.G.- como d'antes escreviam as devotas n'um dos cantos do sobrescripto."

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Este állbum foi adquirido para o archivo da camara municipal de Lisbôa por iniciativa do vereador o ex.mº sr. José Martinho da Silva Guimarâes, vogal da grande comissão central dos Festejos Antoninos. Setembro de 1895" [Este texto foi transcrito da guarda do álbum]. João Augusto Camacho, Photographo, Rua dos Poiais de São Bento 71 - 2º Lisboa. Carimbo da Camara Municipal de Lisboa.

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"O cortejo alegorico era, porventura, um dos numeros do programma das festas antoninas a que se attribuia uma maior importancia, não so por effectivamente ser o mais interessante como por apresentar uma relativa originalidade.
Por isso, foi no meio de uma concorremcia verdadeiramente extraordinaria, que o cortejo percorreu as ruas da cidade baixa. Era grande o itinerario e todavia o cortejo fel-o rapidamente, pois que, ia tão rapido que em alguns sitios, apezar da sua grandeza, pouco mais de cinco minutos levava a passar."

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"O carro da Religião, executado segundo o projecto do sr. Bigaglia.
Via-se n'elle uma grande figura representando a Religião amparando a Cruz.
No centro do carro ia a thiara, as armas pontificaes, anjos, etc.
A figura foi executada pelo sr. Ianz e bem como a cruz imitava ser feita de marfim. Precediam este carro figuras allusivas: virgens, martyres e outras."

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"Seguia-se o carro das Virtudes projectado pelo sr. Vaz. A sua ornamentação era um docel, ao centro, todo franjado a ouro sustentado por quatro varas.
Debaixo do docel ia uma columna sobre a qual assentava um emblema formado por uma cruz, uma ancora e alguns ramos de palma dourados. Nos angulos viam-se quatro anjos e em volta do carro columnatas com açucenas. Em volta do docel tambem havia flôres."

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"O carro da Arte tinha duas figuras collossaes uma sentada e outra, a Venus de Milo. A primeira imitava bronze e a segunda marmore.
De resto a ornamentação era simples.
Todos estes carros eram ladeados por figuras allegoricas o que tornava interessante o aspecto geral, mas nem sempre havia congruencia historica entre as vestimentas."

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"Seguia-se o carro da Sciencia, que comquanto bem disposto não nos deu a impressão de magestade que apresentava o que figurou no centenario do Marquez de Pombal.
Acompanhavam este carro varios personagens allegoricos como astrologos, alchimicos, etc."

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"O carro da Imprensa em que se via ao centro um prelo primitivo, na frente do qual, um anjo coroava Guttemberg.
Seguia este carro, uma grande cavalgada á epoca de Santo Antonio."

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" O carro da Agricultura era um dos mais bonitos. Em volta do carro cestos vindimos, de dentro dos quaes sahiam espigas, ramos de oliveira, papoilas, hera,, etc. Em volta do estrado do carro cobrejões e mantas alemtejanas apanhadas e maçarocas de milho.
Dispersos sobre o carro utensilios de lavoura e ao centro uma figura representando Fauno.
Este carro era ladeado por agricultores allegoricos."

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"O carro da Pesca egualmente acompanhado por pescadores."

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"Seguiam-se os carros da Industria e o da Marinha tendo sido este executado e ornamentado no arsenal sob a direcção.
Era um galeão cujo casco de lona pintado de vermelho estava encanastrado com cordas de cairo, tendo nos intervallos do xadrez, rosetas e pinhas feitas de cabo de linho, trabalho primoroso de marinheiros.
O corrimão fingindo pau d'amura, era de cairo com pinhas de ananaz e de annel alcatroadas e brancas. Á prôa do galeão uma lanterna e trpheus formados por lemes, remos croques e forquetas, encimados por um escudo com as armas portuguezas. Este escudo, que é em madeira, apresenta magnifica obra de talha.

O carro das Colonias tinha umas figuras e allegorias que não eram bem caracteristicas."

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 "Seguiam-se tres carros ornamentados na fabrica de armas debaixo da direcção do sr. tenente coronel de artilheria Bordallo Pinheiro, lente da escola do exercito.
Podemos descrever esses carros da forma seguinte, havia requintado gosto e subida arte na sua execução."

 

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"O carro da camara municipal de Lisboa, era severo e grave.
Sob um throno, nu de ornamentação, ia a figura da cidade. Por detraz d'ella pendia de um alto e delgado mastro a bandeira da cidade.
Tinha imponencia, porém era severo demais.
Acompanhava este carro uma força de bombeiros municipaes."

Textos in O occidente : revista illustrada de Portugal e do estrangeiro, Nº 593 e 596, de 1895

Álbum de fotos in a.f. C.M.L.

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