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Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

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Palácio dos Caldas

"Não a corcova da rua da Madalena não foi adquirida com o tempo e portanto não deve ser tomada como uma certidão de idade. A rua é corcovada desde que nasceu e a sua existência não conta ainda, relativamente, muitos anos.
A primeira vez que vemos citar a rua da Madalena é em 1766. Mas não se pense que eram já muitos os edifícios que a emolduravam. Pelo contrário, eram pouquíssimos, tão poucos que se poderia dizer que era uma rua sem casas. calcule o leitor que dois anos depois, em Abril de 1768, eram apenas três os prédios que se erguiam na rua! Do lado do nascente tinham sido mandados edificar por João Gonçalves e por D. José de Meneses; do lado do poente um que pertencia à congregação de Nossa Senhora da Doutrina. No entanto, na praça que se abria ao cimo dos dois lanços da rua - praça que se chegou a denominar da Bela Vista - já se tinha erguido um grande edifício, o dos irmãos Caldas, João e Luís, e no qual nesse ano morava o francês Jacome Ratton, grande industrial e amigo e admirador de Pombal. Tinha ido para ali em 1766.
1940 - Tempos que passaram."
Pastor de Macedo
in Olisipo : boletim do Grupo "Amigos de Lisboa", A. XV, n.º 57, Janeiro 1952

Palácio dos Caldas, sem data, fotógrafo ni.jpg

Palácio dos Caldas, sem data, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 43, 185

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 43, 1858, de Filipe Folque, in A.M.L.

Palácio dos Caldas, 1968, foto de Armando Serôdi

Palácio dos Caldas, 1968, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Igreja de S. Domingos

"Egreja de S. Domingos, o mais vasto templo da capital, e que, ainda ha pouco, serviu para a celebração das mais apparatosas festas religiosas, em quanto se faziam os reparos na Sé Patriarchal.
O convento dos religiosos da ordem dos Pregadores, ou de S. Domingos, foi fundado primeiramente por el-rei D. Sancho II, o qual lançou, em 1241, a primeira pedra nos alicerces. Em 1249 mandou el-rei D. Afonso III fazer a egreja; e mais tarde, el-rei D. Manuel mandou fazer o dormitório.
É muito curioso o que refere fr. Luiz de Sousa, e vem a ser: que achára, por memorias antigas, que por onde hoje é a cidade baixa vinha antigamente um esteiro de mar, com fundo bastante para receber navios. Affirma o mesmo elegante chronista que, na occasião de se abrirem uns alicerces para fazer um novo dormitório no mencionado convento de S. Domingos, no anno de 1571, fôra descoberta silharia de pedra bem lavrada, e de espaço em espaço grossas argolas de bronze, mostrando que houvera ali um caes, onde se amarravam navios. Muitas vezes entrou a agua no convento de S. Domingos, arrazando tudo quanto encontrava; e não eram sómente as chuvas torrenciaes que faziam estragos, senão tambem o mar entrava pelos canos publicos, e talvez por cima das ruas. E agora...aquelle sitio e toda a cidade baixa, são a mais bella porção da capital, e estão completamente preservados de taes inconvenientes e perigos.
Os priores do convento foram pouco a pouco melhorando a edificação. Em 1724, graças á actividade do provincial fr. Antonio do Sacramento, houve grandes aperfeiçoamentos; e em 1748 foi edificada a capella-mor pelo risco de Ludovici, concluida depois por Belino de Padua, obra muito custosa, para a qual muito concorreu a liberalidade de el-rei D.João V. Tudo isto foi destruido pelo terremoto de 1755 e incendio que se lhe seguiu; sendo tambem pasto das chammas ricos ornamentos, um consideravel numero de quadros, e uma livraria, rica de livros e manuscriptos.
Depois do terremoto foram restaurados pouco a pouco o convento e a egreja. D'aquelle, apenas nos cumpre dizer que foi, depois da extincção dos conventos, convertido em bellas casas de habitação, que hoje aformoseiam aquelles sitios."
in A Ilustração Portuguesa : semanário : revista literária e artística, 1º Ano, N.º 36, 2 de março de 1885

Igreja de São Domingos, fachada principal, bãrci

Igreja de São Domingos, fachada principal, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 36, 185

Atlas da carta topográfica de Lisboa, Nº 36, 1858, de filipe Folque, in A.M.L.

Igreja de São Domingos, interior, foto de Alberto

Igreja de São Domingos, interior, foto de Alberto Carlos Lima

Igreja de São Domingos, custódia, bárcia.jpg

Igreja de São Domingos, custódia, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

Igreja de São Domingos, relicário.jpg

Igreja de São Domingos, relicário, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

Igreja de São Domingos, cálice.jpg

Igreja de São Domingos, cálice, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

Igreja de São Domingos, foto de Paulo Guedes.jpg

Igreja de São Domingos, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.

Em 13 de Agosto de 1959, um fogo destruiu o interior da Igreja, a talha dourada do altar foi destruída, imagens valiosas foram irremediavelmente perdidas. A Igreja de São Domingos só reabriu em 1994. Nas pedras negras dos altares permanecem as máculas do incêndio, apenas o tecto apresenta uma coloração alaranjada. As pedras do chão estão quebradas devido às altas temperaturas.

Igreja de São Domingos, rescaldo do incêndio, fo

Igreja de São Domingos, rescaldo do incêndio, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

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Interior da Igreja de São Domingos, foto de Eduardo Dantas, in Panoramio

 

 

 

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