Ao ver esta foto, veio me à lembrança um distico que o meu pai utilizava no carro, quando iamos à Baixa, a compras.
Lembro-me vagamente que ele ( o distico ), era usado na Baixa e Restauradores, não me lembro se o dito cujo, era utilizado noutros locais, mas penso que não. O Disco de Fiscalização, assim era denominado, era colocado, tal como hoje colocamos os talões dos parquimetros, em local visível, mas eramos nós que rodando o disco indicavamos a Hora de Chegada, e consequentemente o fim do período autorizado.
Por estranho que pareça não consegui recolher quaisquer referências a este "Disco de Fiscalização", em parte alguma, fico-me com as memórias e com o Disco, que já faz parte do legado.
Placa informativa, situada na Rua da Palma, Dezembro de 1964, foto de Augusto de Jesus Fernandes, in a.f. C.M.L.
Zona Azul Disco de Fiscalização Frente, colecção particular
A Igreja do Socorro foi construída em 1646, para sede da paróquia com o mesmo nome. A freguesia tinha contudo nascido bastantes anos antes, em 1596, após se ter separado da freguesia de Santa Justa. Em 1647 foi transferida para esta nova Igreja a imagem de Nossa Senhora do Socorro. Destruída pelo terramoto de 1755, pouco tempo depois se iniciaram as obras para a reerguer, só ficou no entanto concluída em 1816. O processo da demolição da Igreja do Socorro, no âmbito do prolongamento da Rua da Palma, iniciou-se em Agosto de 1949, com a escritura de venda, assinada na Câmara Municipal. Começaram as obras de demolição da Igreja e edifícios anexos no dia 1 de Setembro de 1949.
Igreja do Socorro e teatro Apolo, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Planta topográfica de Lisboa 11 G, 1925, de José António Passos, in A.M.L.
Igreja do Socorro, 1944, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Ante-Projecto do prolongamento da rua da Palma, in A.M.L
Ante-Projecto do prolongamento da rua da Palma, in A.M.L
Igreja do Socorro, parte da fachada principal, Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Ourivesaria do Socorro, anexa à Igreja do Socorro, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Rua de São Lázaro e Igreja do Socorro antes das demolições, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Compra da igreja do Socorro. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa assina a escritura da compra, vendo-se junto dele o doutor Carneiro de Mesquita, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.
Compra da igreja do Socorro. O doutor Carneiro de Mesquita, representante do Patriarcado, recebe do presidente da Câmara Municipal de Lisboa um cheque para pagamento da 1ª prestação, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.
Estaleiro da demolição da Igreja do Socorro, 1949, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Demolição da igreja do Socorro, o interior da capela-mor, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Espaço onde existiu a Igreja do Socorro, anos 50, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.
"No Roteiro de Lisboa do Anuário Geral de Portugal, edição de 1979, estão contabilizadas 350 vilas, o que dá ideia da importância destes aglomerados no conjunto da cidade.
As camadas mais desfavorecidas da população lisboeta viam-se, na contingência de terem de sofrer condições de alojamento deprimentes, albergadas em palácios arruinados ou conventos desafectados e a maioria das vezes em pátios insalubres. Foi aí que a iniciativa privada começou a interessar-se pela situação, com a construção de vilas operárias, onde as condições não seriam tão miseráveis e que dariam, provavelmente, bons lucros aos investidores. Das vilas formando ruas, as mais significativas são a Vila Dias, junto a Xabregas, construída em 1888 ao longo da linha de caminho de ferro, e a Vila Berta, à Graça. Construída por Diamantino Tojal em 1902, trata-se de um conjunto interclassista, com edifícios para diferentes estratos sociais e de grande apuro formal, em que também é notável o recurso a estruturas metálicas e a rica decoração em azulejos.
Noutros casos, como parece ser o do Bairro Grandella, a construção de habitações para o pessoal poderia inscrever-se numa atitude de tipo paternalista por parte dos empresários, promovendo imagens como a «grande família» e a «dignificação do trabalho» e não deixando certamente de funcionar como instrumento de controle e de pressão sobre os assalariados. É notório neste último caso o extremo cuidado do arranjo, a qualidade do desenho e também a diversificação das tipologias, reproduzindo naturalmente a hierarquia no trabalho no local de habitação." in "Pátios e vilas de Lisboa, 1870-1930: a promoção privada do alojamento operário" de Nuno Teotónio Pereira
Bairro Grandella, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.
Vila Dias, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.
Vila Berta, foto de Artur Goulart, in a.f. C.M.L.
Vila Dias, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.
Bairro Grandela, foto Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.
Numa altura de calor, como a que estamos a atravessar, nada como um pouco de água para nos refrescar. Mas nem sempre o acesso à mesma foi fácil. Com a distribuição pública de água, através dos vários chafarizes e marcos fontanários existentes em Lisboa, puderam os Lisboetas mitigar a sede ao longo de muitos anos.
Conjunto de 30 registos, que fazem parte do documentário fotográfico dos Chafarizes da Cidade de Lisboa, inserido num dos Álbuns Fotográficos de Lisboa. Da Autoria de Fernando Martinez Pozal e captadas no periodo compreendido entre 1947 e 1948, dela fazem parte chafarizes e marcos fontanários espalhados pela cidade, e encontam-se no Arquivo Fotográfico da C.M.L.
Avenida dos Estados Unidos da América no cruzamento com a avenida de Roma, foto de Artur Pastor, in a.f. C.M.L.
Com o aumento de trânsito, novas soluções foram necessárias para o descongestionamento das principais vias rodoviárias, neste caso o desnivelamento do cruzamento da Avenida dos Estados Unidos da América com a Avenida de Roma.
Projecto do cruzamento das avenidas de Roma e dos Estados Unidos da América 1951/2, pág. 1, in A.M.L.
Projecto do cruzamento das avenidas de Roma e dos Estados Unidos da América 1951/2, pág. 7, in A.M.L.
Projecto do cruzamento das avenidas de Roma e dos Estados Unidos da América 1951/2, pág. 10, in A.M.L.
Projecto do cruzamento das avenidas de Roma e dos Estados Unidos da América 1951/2, pág. 14, in A.M.L.
Projecto do cruzamento das avenidas de Roma e dos Estados Unidos da América 1951/2, pág. 15, in A.M.L.
Cruzamento da Avenida dos Estados Unidos da América com a Avenida de Roma, 1963, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.
Cruzamento da Avenida dos Estados Unidos da América com a Avenida de Roma, foto de Artur Pastor, in a.f. C.M.L.
Junto aos Arcos, no Alto da Serafina, situava-se a Quinta da Mineira, cujo edifício principal e a própria quinta foram, em 1893, por disposição testamentária dos proprietários, Emília Adelaide D' Espie Miranda e João José Miranda, destinados a asilo de pessoas idosas, tendo sido este inaugurado em 1900.
Aqueduto das Águas Livres, foto do estúdio Mario Novais, in a.f. C.M.L.
Centro Popular d'Espie Miranda, foto de Ferreira da Cunha, ant 1937, in a.f. C.M.L.
Vale de Alcântara no sítio de Campolide, Casa Fotográfica Garcia Nunes, in a.f. C.M.L.
"A evocação da Lisboa antiga que Matos Sequeira fez surgir sôb um luar fictício mas bem apresentado, deu-nos perfeitamente a ideia de tudo o que êste ilustre investigador é capaz. O curioso bairro que fez erguer sôbre as ruínas do antigo convento das Francesinhas representa um verdadeiro prodígio de rapidez, erudição e bom gosto. Voltamos a encontrar a velha e sempre formosa Lisboa com todos os seus defeitos e encantos do século XVII." in Ilustração N.º 228
São Bento com a exposição Lisboa Antiga, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Integrada nas Festas de Lisboa 1935, que se iniciaram a 1 de Junho e terminaram no dia 16 de Junho, a Exposição Lisboa Antiga foi inaugurada no dia 4 de Junho, pelas 17.00 Horas, e manteve-se aberta até 4 de Agosto, tendo sido visitada por mais de 180.000 pessoas. in "Anuário da Câmara Municipal de Lisboa", vol. I, 1935
Cartaz alusivo às Festas de Lisboa, 1935, cortesia de José Augusto
Capa do programa das festas da cidade de 1935, cortesia de Carlos Caria
Lisboa Antiga, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Lisboa Antiga, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Lisboa Antiga, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Lisboa Antiga, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Lisboa Antiga, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Lisboa Antiga, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
"No local onde em tempos se ergueu o Convento das Francesinhas, perto da Assembleia da República, situa-se agora o Jardim Lisboa Antiga, mais conhecido por Jardim das Francesinhas. Nos anos 30 do século XX, concluída a demolição do convento após duas décadas de trabalhos, a Câmara Municipal decidiu construir nesse terreno, por ocasião das festas da cidade, um bairro antigo em miniatura, evocando o tempo das freiras do convento. Este parque de diversões, construído em 1935, recebeu o nome de Lisboa Antiga, e obteve um grande sucesso na Lisboa da época. Pouco mais de uma década depois, em 1949, neste mesmo local era inaugurado um jardim de traçado geométrico, com a estátua "A Família", de Leopoldo de Almeida, dominando todo o espaço, ainda sem árvores."
Jardim das Francesinhas, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
A Família, grupo escultórico da autoria do escultor Leopoldo de Almeida, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Pedras provenientes da demolição do Arco de São Bento colocadas no terreno onde foi o Convento das Francesinhas, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Obras municipais em terrenos junto da entrada principal do palácio de São Bento, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Obras municipais junto do palácio de São Bento, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Rua das Francesinhas, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Nuno da Cunha, Governador da India entre 1529 e 1538, filho de Tristão da Cunha e de D.ª Antónia de Albuquerque, nasceu em 1487 e faleceu em 1539.
D. João III nomeou-o governador da Índia, para onde partiu em Abril de 1528. Em 1531 mandou edificar a fortaleza de Chalé para melhor vigiar Calecute e, em 1534, obteve do sultão de Cambaia as ricas terras de Baçaim. Em 1535 o sultão de Cambaia pede auxílio aos portugueses contra os mongóis, oferecendo-lhe em troca a ilha de Diu. Morre no regresso a Portugal no Cabo da Boa Esperança, com 52 anos, e por sua vontade o corpo é lançado ao mar.
Estátua de Nuno da Cunha, de autoria do escultor Severo Portela, que esteve exposta na praça do Areeiro, 1961, foto de Artur Goulart, in a.f. C.M.L.
Estátua de Nuno da Cunha, de autoria do escultor Severo Portela, que esteve exposta na praça do Areeiro, 1961, foto de Artur Goulart, in a.f. C.M.L.
"Erigido na frente norte do terreiro do Rossio, encostado à muralha fernandina, o palácio dos Estaus evoluiu no decurso de quase quatro séculos de existência de uma construção dimensionada para acolher embaixadores estrangeiros, fidalgos e episodicamente a Corte, para um complexo eclesiástico de tipo judicial e administrativo. Elevado a sede da Inquisição de Lisboa, foi organizado em estruturas administrativas, prisionais, habitacionais e outros anexos num conjunto que desde a fundação se evidenciou na imagem urbana de Lisboa, não só pela robustez de quase baluarte, como pelo poderoso simbolismo que atravessou toda a Modernidade. Destruído pelo terramoto, de novo erigido e de permeio a várias identidades, no seu culminar, das cinzas nasceu outro palácio, desta feita, um símbolo da cultura, o teatro D. Maria II." in Cadernos do Arquivo Municipal tese de Delminda Maria Miguéns Rijo
Paço dos Estaus no Rossio, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.
Palácio da Inquisição no Rossio, foto do estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L.
A reunião da Junta Provisória do Governo Supremo do Reino e Regência Interina de Lisboa no Palácio da Regência na Praça do Rossio, foto do Estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L.
Teatro Nacional Dona Maria II, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.