Linha de Campolide, na imagem o troço compreendido entre a actual Avenida de Roma e o Areeiro, vendo-se ao fundo o antigo apeadeiro do Areeiro. O pormenor da roupa a corar, que normalmamente associamos a outras localidades da chamada zona saloia com as suas lavadeiras, fazem-nos recordar como esta zona de Lisboa se assemelhava mais a esses mesmos locais, do que própriamente com o conceito que então tinhamos de cidade.
foto do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Apeadeiro do Areeiro, 1938,foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Fotografia aérea das Avenidas Novas, a linha vermelha corresponde à zona que se vê na 1ª imagem, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.
"Uma querena no Tejo - O navio vira-se, descobre a quilha e prepara-se para limpeza e concerto. É operação perigosa, mas fácil para os marinheiros e calafates portuguezes, que estão costumados a ella, e que é commum vêr-se em os nossos portos. Aos estrangeiros, que têem os seus fundeadouros com docas de abrigo e de concertos, não lhes figurava natural que se pudesse virar uma embarcação no rio. Conta-se que os inglezes, quando ouviram fallar de querenas se admiraram, e - como o santo de quem se diz que não podia crêr sem vêr, - vieram ao Tejo para acreditarem e para louvarem a pericia dos nossos maritimos, que ainda são hoje dignos descendentes d'aquelles ousados varões que sulcaram os mares desconhecidos para darem ao mundo novo riquezas e luzes. Com a construcção das docas contudo, em Lisboa, nas duas margens do Tejo, as querenas estão hoje, para assim dizel-o, no ultimo periodo." in "A gravura de madeira em Portugal : estudos em todas as especialidades e diversos estylos" de PEDROSO, João, 1823-1890
in "A gravura de madeira em Portugal : estudos em todas as especialidades e diversos estylos" de PEDROSO, João, 1823-1890