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Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

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Padrão dos Descobrimentos

Inaugurado a 10 de Agosto de 1960, o Padrão dos Descobrimentos foi primeiramente erguido, a titulo precário, em 1940, na Praça do Império. Tinha a altura de 50 metros e era construido, na sua parte arquitectónica. por uma leve estrutura de ferro e cimento, e, por uma composição escultórica, em estafe, formada por 33 figuras, das quais 32 tinham a altura de 7 metros, e uma, a do Infante D. Henrique, media a altura de 9 metros.
Foi colocado no eixo da Praça-Belém, em Lisboa, junto ao Tejo. A sua configuração dá a ideia da proa duma nau, que sulca os mares, e leva consigo as figuras mais significativas da História de Portugal, circunscritas ao Século XVI.
Vinte anos mais tarde, em 1960, foi o Padrão dos Descobrimentos, passado a escultura definitiva.
As obras de construção civil tiveram o seu início em Novembro de 1958 e, terminaram, praticamente em Janeiro de 1960. A rápida realização do Padrão, obrigou a colaboração duma larga equipa técnica. Os estudos de estabilidade do monumento foram efectuados pelo Professor Engenheiro Edgar Cardoso, com a colaboração dos engenheiros Ruy Correia e António Abreu, tendo os dois primeiros também fiscalizado as obras de construção civil.
Assim, o Padrão apresenta as seguintes dimensões gerais, principais: - altura acima do terreno, 50 metros; largura máxima, 20 metros; comprimento máximo, 46 metros: área de ocupação, 695 metros quadrados e profundidade média das estacas-fundações, 20 metros.
Embora à primeira vista o Padrão dos Descobrimentos dê a ideia de uma peça escultórica, constituída por vários blocos separados e sobrepostos, a verdade é que a sua estrutura, muito resistente, é inteiramente feita de betão armado, formando com os paramentos um único monólito. A superestrutura assenta. por intermédio duma sapata nervurada de betão armado, num sistema de estacaria do mesmo material, moldado no terreno.
Foi, assim, o Padrão passado a pedra rosal de Leiria e, como se disse, estruturado com betão armado.
O arquitecto Cottinelli Telmo não pôde colaborar, como é óbvio, na construção definitiva da obra porque já havia falecido; no entanto, o seu nome, lá está perpetuado em inscrição conjunta com aquele que, ainda em vida, Leopoldo de Almeida, dirigiu e esculpiu as figuras dos heróis da gesta portuguesa, com extraordinária força e expressão artística rigor e verdade histórica.
Colaboraram ainda: António Pardal Monteiro (autor do projecto do aproveitamento interno); Professor Cristino da Silva (urbanista da zona marginal de Belém). Os modelos das esculturas, feitos em gesso primeiramente foram executados pelo Leopoldo de Almeida, com o auxílio dos escultores Soares Branco e António Santos, depois ponteados e formados pelos modeladores António Cândido e Carlos Escobar, sob a direcção de António Branco e de Alfredo Henriques.
Aqueles que deram o seu talento artístico à feitura do Padrão, desde Leitão de Barros - o inspirador; o engenheiro Duarte Pacheco o promotor: Cottinelli Telmo - projeccionista da ideia para um desenho, e Leopoldo de Almeida - o executor.
Pela ordem de distribuição por que as biografias aparecem, começa na primeira figura da base da rampa voltada a Lisboa, segue ordenadamente essa rampa até ao Infante (figura principal ao centro) e desce depois a rampa virada a Cascais, até à sua base. Sucessivamente: Cristóvão da Gama, S. Francisco Xavier; Afonso de Albuquerque; António de Abreu; Diogo Cão; Bartolomeu Dias; Estêvão da Gama; João de Barros; Martim Afonso de Sousa; Gaspar Corte Real; Nicolau Coelho; Fernão de Magalhães; Pedro Álvares Cabral; Afonso Baldaia; Vasco da Gama; D. Afonso V; Infante D. Henrique ao centro; Infante D. Fernando; Gonçalves Zarco; Gil Eanes; Pero de Alenquer; Pedro Nunes; Pedro Escobar; Jácome de Maiorca; Pero da Covilhã; Diogo Gomes Eanes d'Azurara; Nuno Gonçalves; Luís Vaz de Camões; Frei Henrique de Carvalho; Frei Gonçalo de Carvalho; Fernão Mendes Pinto; D. Filipa de Lencastre; Infante D. Pedro.

Padrão dos Descobrimentos, 1967, foto de Artur In

Padrão dos Descobrimentos, 1967, foto de Artur Inácio Bastos, in a.f. C.M.L.

V centenário da morte do Infante Dom Henrique - I

V centenário da morte do Infante Dom Henrique - Inauguração do Padrão dos Descobrimentos, com a presença do Chefe de Estado, Almirante Américo Tomás e do Presidente Brasileiro Kubitscheck de Oliveira , 10 Agosto de 1960, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos -

Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos - pormenor do Infante D. Henrique, foto Estúdio Mário Novais in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian.

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 Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos, foto Estúdio Mário Novais in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian.

Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos -

Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos - pormenor de Estêvão da Gama (com escudo e espada), e Diogo Cão e Bartolomeu Dias (segurando um padrão), foto Estúdio Mário Novais in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian.

Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos -

Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos - pormenor de Frei Gonçalo de Carvalho, Frei Henrique de Carvalho e Luís de Camões (com um excerto do Canto VII de Os Lusíadas), foto Estúdio Mário Novais in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian.

Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos -

Grupo escultórico do Padrão dos Descobrimentos - pormenor de Infante D. Pedro e D. Filipa de Lencastre, foto Estúdio Mário Novais in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian.

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 Construção do Padrão dos Descobrimentos, foto Estúdio Mário Novais in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian.

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 Padrão dos Descobrimentos ( 1ª versâo, exposição Mundo Português ), foto Estúdio Mário Novais in Biblioteca de Arte / Art Library Fundação Calouste Gulbenkian.

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