Palácio dos Duques de Palmela
Manuel Caetano de Sousa, Coronel de Artilharia, Cavaleiro de S. Bento de Aviz, Engenheiro e Arquitecto, autor de um prédio seu no sítio do «Erario Novo», foi expropriado pelo Governo do seu prédio, recebendo em troca um «chão» defronte da Fábrica das Sedas.
Nesse local edificou, no último quartel do séc.XVIII, uma grande casa, à qual por alvará de 25 de Agosto de 1794, foram concedidos os sobejos do Chafariz do Rato.
Com a morte de Manuel Caetano de Sousa, herda a propriedade seu filho, o arquitecto Francisco António de Sousa.
Implicado na conspiração de Gomes Freire em 1817, e por isso deportado para Angola, foi-lhe confiscado e posto em praça o palácio, em 1918, sendo arrematado pelo 1.º Barão da Teixeira, Henrique Teixeira de Sampaio, depois 1.º Conde da Póvoa, e por ele que era avô da Duquesa de Palmela, assim passou o Palácio à posse dos Duques de Palmela.
Tinha o edifício, e ainda tem, por concessão da Rainha D. Maria I, um vasto logradouro anexo, que chega até ao Largo do Rato e torneia para o Salitre.
No início do ano de 1902 os Duques de Palmela, mandaram enfeitar o portão principal com dois hermes monumentais.
Palácio dos Duques de Palmela, ant. a 1902, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Atlas da carta topográfica de Lisboa, N.º 26, 1857, de Filipe Folque, in A.M.L.
Portão do Palácio dos Duques de Palmela,anos 50 do séc. XX, foto de Salvador de Almeida Fernandes, in a.f. C.M.L.
Palácio dos Duques de Palmela, 1917, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Bibliografia consultada:
"Lisboa Antiga" vol. V, de Júlio de Castilho