Jardim das Amoreiras
"Nunca passo por esta ridente praçazinha ajardinada, cercada de prédios de um só andar, freqüentada quási só dos bairristas que parece olharem desconfiados a gente que se atreve a invadir o seu domínio, que me não imagine num logradoiro provinciano. Se há jardim que, em Lisboa, seja privativo de um bairro, é êste". É desta forma que Matos Sequeira no seu "Depois do terremoto; subsídios para a história dos bairros ocidentais de Lisboa", Vol. IV, se refere ao Jardim das Amoreiras, actual Jardim Marcelino de Mesquita.
Toda esta zona antes de 1759, era ocupada por quintas e terras de cultivo. Em 1759, com a necessidade de construir um bairro para os fabricantes de tecidos de seda, foi escolhido o local, e traçado um plano pelo engenheiro Carlos Mardel, para a construção do mesmo. Foi este concluído e assinado em 4 de Março de 1759. Todo o bairro seria para os fabricantes, e por conta da Fábrica haviam de construir-se casas com localização, nas ruas que faziam frente ao pórtico a arcos das Águas Livres.
Jardim das Amoreiras, s/d, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
Jardim das Amoreiras e a fábrica de tecidos de seda, 1961, foto de Arnaldo Madureira, in a.f. C.M.L.
Jardim das Amoreiras e a Ermida de Nossa Senhora de Monserrate, 1938, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Jardim das Amoreiras, 1967, foto de Artur Inácio Bastos, in a.f. C.M.L.