"Aí temos os muros de ameias que rodeiam o Parque José Maria Eugénio; com face à estrada vê-se a construção inacabada de tipo medieval, com uma tôrre, um corpo interior animado na fachada de janelas geminadas e de rosáceas, e ainda com a extrema, na Rua Marquês de Fronteira, guarnecida de um torreão ameiado. Esta construção no Parque - antigas cocheiras - é posterior ao tempo em que o seu proprietário adquiriu os terrenos por aqui (em 1860 estes terrenos pertencentes a Fernando Larre, Provedor dos Armazéns, foram adquiridos por José Maria Eugénio); a Câmara Municipal há poucos anos embargou as obras de moradia que nela se projectavam, e cuja licença antes fôra concedida. Em 1927 a Câmara chegou a ocupar-se da expropriação desta propriedade." in "Peregrinações em Lisboa", Livro 14, pág. 54 e 55, de Norberto de Araújo
Parque José Maria Eugénio, 1903, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Construções no Parque José Maria Eugénio, s/d, foto que faz parte de uma sequência panorâmica sobre a zona de São Sebastião e de Campolide, do Espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Parque José Maria Eugénio, torre do portão, 1942, foto do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Cavalariças no parque José Maria Eugénio, c. 1910, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
Parque José Maria Eugénio, 1910, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Parque José Maria Eugénio, 1910, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Parque José Maria Eugénio, s/d, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.
O sr. engenheiro Vieira da Silva, na sua noticia histórica sobre "A Ponte de Alcântara e suas circunvizinhanças", informa como "ao mesmo tempo que avançava o trabalho da abóbada de cobertura do caneiro se ia assentando sobre ela uma via férrea para ligar a estação de Alcântara, que passou a chamar-se de Alcântara-terra, com a estação da linha férrea do Cais do Sodré a Cascais, designada por estação de Alcântara-mar, situada sobre o caneiro, perto do cruzamento da actual rua do Cais de Alcântara com a avenida da Índia."
E acrescenta.:
"No caneiro de Alcântara começava, para montante do Tejo, a 1.ª secção das obras do Porto de Lisboa, inauguradas em 31 de Outubro de 1887, e ai essas obras fizeram avançar para o sul o aterro sobre o rio, achando-se actualmente os terraplenos assim obtidos cobertos com fábricas, armazéns, entrepostos, recintos para armazenagem de mercadorias, instalações para os serviços da exploração do porto, etc ... O caneiro de Alcântara foi prolongado através desses terrenos em alinhamento recto, com cobertura de abóbada, até ao cais marítimo de atracação, com o comprimento total aproximado de 815 metros, contado desde a antiga ponte de Alcântara. Este trabalho foi feito por conta da Companhia Real dos Caminhos de Ferro, pelo mesmo empreiteiro H. Hersent, e concluiu-se em 16 de Agosto de 1890."
Obras do Porto de Lisboa na Doca de Alcântara, ant. 1890, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.
in "Dispersos", Vol. III, de Augusto Vieira da Silva
in "Dispersos", Vol. III, de Augusto Vieira da Silva
in "Dispersos", Vol. III, de Augusto Vieira da Silva
in "Dispersos", Vol. III, de Augusto Vieira da Silva
Atlas da carta topográfica de Lisboa, n.º 56, 1857, de Filipe Folque, in A.M.L.
Doca de Alcântara, post 1890, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.
Panorâmica sobre a zona de Alcântara, 1906, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.
Nesta imagem dá para perceber a extensão do aterro, para as obras do porto de Lisboa. Fotografia aérea da zona do Viaduto de Alcântara, 1971, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.
"Pois aqui temos o Arco de Jesus. Corresponde êle à Porta da muralha da Cêrca moura, a mais antiga dêste lado do mar, e sem dúvida a única existente quando do assédio a Lisboa...Êste Arco de Jesus deriva seu nome da circunstância de, antes do Terramoto, ter uma imagem do Menino Jesus colocada sob a abóboda, ou em cima dela, não posso precisar; também nela existiu um painel de Santo António, dentro de um oratório, por cima do vão da travessa, que leva a S. João da Praça." in "Peregrinações em Lisboa", Livro 10, pág. 25, de Norberto de Araújo
Arco de Jesus, início séc. XX, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Arco de Jesus, ant. 1945, foto de Fernando Martinez Pozal, in a.f. C.M.L.
Arco de Jesus, lado interior, s/d, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.
Arco de Jesus, s/d, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.
Dos vários registos fotográficos que o coronel aviador José Pedro Pinheiro Corrêa, fez durante a década de 30 sobre Lisboa, a que hoje apresento, mostra-nos a zona do Saldanha numa perspectiva pouco habitual. Das várias alterações que se efectuaram na paisagem, ao longo dos anos, nomeadamente na Rua de Picoas ( hoje só existe o troço entre a Av. 5 de Outubro e a Av. Praia da Vitória), escolhi 7 exemplos de edifícios desaparecidos (entre tantos outros), para acompanharem este artigo:
Fotografia aérea da zona do Saldanha e da Av. 5 de Outubro, c. 1934, foto de Pinheiro Corrêa, in a.f. C.M.L.
N.º 1 - Praça Duque de Saldanha, edifício construído em 1902, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
N.º 2 - Praça Duque de Saldanha, prédio do Anjo, 1909, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
N.º 3 - Antiga Rua de Picoas, actual Rua Eng. Vieira da Silva, esquina com a Av. Fontes Pereira de Melo, c. 1900, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
N.º 4 - Matadouro Municipal, foto de Alberto Carlos Lima, s/d, in a.f. C.M.L.
N.º 5 - Palacete Silva Graça, visto da Av. 5 de Outubro, post. 1908, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
N.º 6 - Edifício dos Correios, no gaveto da Rua de Picoas com a Av. 5 de Outubro, foto de Francisco dos Santos Cordeiro, in Fundação Portuguesa das Comunicações
N.º 7 - Praça Duque de Saldanha, Colégio Normal de Lisboa, 1938 , foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
A obra do encanamento da Ribeira de Alcântara, foi posta a concurso em 14 de Março de 1944 e a sua adjudicação feita em 1 de Maio do mesmo ano. Os trabalhos de execução preliminares começaram em Dezembro de 1944 mas só em Junho de 1945 se principiou a betonagem. Esta demora resultou da falta de cimento, que forçou a execução dos trabalhos a um ritmo mais lento do que o previsto. Nos primeiros meses de 1946, porém, o fornecimento daquele material tomou-se mais regular e a obra adquiriu por esse facto mais rápido desenvolvimento. Em Abril de 1946 estavam completados 700 metros de canalização. Concluída esta empreitada começaram, no mesmo sítio, outros trabalhos, estes de importância fundamental para a urbanização no vale de Alcântara, estendeu-se a Avenida de Ceuta, uma das mais importantes artérias da cidade.
Vale de Alcântara, vista tirada do viaduto Duarte Pacheco. Obras de encanamento da ribeira de Alcântara, 1945, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Caneiro de Alcântara, obras de cobertura da ribeira de Alcântara junto da Ponte Nova, 1945, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Caneiro de Alcântara, obras de cobertura da ribeira de Alcântara junto da Ponte Nova, 1945, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Obras na avenida de Ceuta, 1953, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.
Com a deslocalização da fábrica do Gás de Belém para a Matinha, a instalação da Sacor e de outras indústrias em Cabo Ruivo, a expansão da Cidade na sua zona Orienta, nos anos 40, obrigou à abertura de novas artérias, que servissem o aumento do fluxo automóvel, que acompanhou o crescimento industrial da zona. Assim, em 1944, era lançado o concurso para a construção do 2.º troço da Avenida Infante D. Henrique, entre a Praça de Moscavide e o arruamento Portela - Braço de Prata.
Fotografia aérea, zona oriental, anos 40, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Projecto do 2º troço da avenida Infante D. Henrique entre o Poço do Bispo e a Praça de Moscavide, in a.f. C.M.L.
Projecto do 2º troço da avenida Infante D. Henrique entre o Poço do Bispo e a Praça de Moscavide, in a.f. C.M.L.
Projecto do 2º troço da avenida Infante D. Henrique entre o Poço do Bispo e a Praça de Moscavide, in a.f. C.M.L.
Fotografia aérea da zona industrial de Cabo Ruivo, 1953, foto de Abreu Nunes, in a.f. C.M.L.
O episódio aconteceu a 28 de Março de 1865, quando a navio Confederado "CSS Stonewall" saía do porto de Lisboa, e o navio da União "USS Niagara" mudou a sua posição no porto. Presumindo que ele estava tentando seguir o "CSS Stonewall" antes do fim do período de espera de 24 horas mandatado pela lei internacional, a Torre de Belém abriu fogo contra o "USS Niagara" e o "USS Sacramento" que o acompanhava.
De referir que a missão do "USS Niagara", era a de observar o "CSS Stonewall", que vindo de Bordéus se deslocava para Cuba.
Torre de Belém, s/d, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.
Torre de Belém a disparar contra o "USS Niagara" e o "USS Sacramento", foto in navsource.org
A propósito da exposição "Debaixo dos Nossos Pés", que decorre por estes dias, no Torreão Poente do Terreiro do Paço, veio-me à memória a descrição que por aqui já tinha efectuado, do início da utilização da Calçada Portuguesa. Sabendo então, que tudo se iniciou em 1842, na Parada do Quartel instalado no Castelo de S. Jorge, por iniciativa do General Eusebio Candido Pinheiro Coelho Furtado, e a partir daí se estendeu um pouco por toda a cidade, vejamos outros pormenores. Para tudo ser lisboeta na arte do calcetamento, até a matéria prima era lisboeta também. O calcário vinha de Monsanto, das velhas pedreiras do Sabido, de Campolide, ou da Fonte Santa. Havia também calcário bom em Odivelas e Paço d' Arcos. O basalto vinha quase exclusivamente de Monsanto, mas também havia algum de Odivelas. Nalguns raros casos substituía-se o basalto pelo calcário preto de Mem Martins.
Após a utilização dos "grilhetas" (presos do Limoeiro), na construção dos primeiros calcetamentos, e a actividade de calceteiro se estender aos não reclusos, surgiram vários mestres nesta arte, citemos nomes de alguns dos principais artistas: João Rodrigues - foi mestre durante 28 anos. Afonso - era "aparelhador", com 50 homens pavimentou todos os passeios da Baixa. Romão - dirigiu a pavimentação da Avenida da Liberdade. Aníbal dos Santos - dirigiu a pavimentação das primeiras placas do Marquês de Pombal. Datas em que foram feitos certos calcetamentos mais notáveis: Rossio..................................................1848 Praça dos Remolares.........................1850 Largo do Carmo..................................1863 Largo do Camões................................1867 Jardim da Patriarcal............................1870 Praça do Município..............................1876 Largo do Chiado...................................1886 Rua Garrett............................................1888 Av. Liberdade (2 placas).......................1889 R. António Maria Cardoso....................1893 Jardim S. Pedro de Alcântara...............1894 Av. da Liberdade.....................................1900 a 1908 Praça do Comércio.................................1907 Praça Marquês de Pombal (2 placas)...1910
Calçada portuguesa, Campo Mártires da Pátria, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Visita de Dom Carlos ao Quartel de Caçadores 5, 1904, pode observar-se a primeira calçada Portuguesa, instalada na parada do Quartel, no Castelo de São Jorge, foto de António Novaes, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa na Casa Atlas, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Av. da Liberdade, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Av. da Liberdade, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Av. da Liberdade, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Av. da Liberdade, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Av. da Liberdade, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Av. da Liberdade, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Chiado, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Chiado, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Largo S. Domingos, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Largo S. Domingos, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Marquês de Pombal, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Marquês de Pombal, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Marquês de Pombal, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Marquês de Pombal, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, o Preto da Casa Africana, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Parque Eduardo VII, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Restauradores, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Rossio, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Rossio, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Rossio, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Terreiro do Paço, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa, Terreiro do Paço, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada Portuguesa, Rua Augusta, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada Portuguesa, Rua Augusta, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada Portuguesa, Principe Real, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada Portuguesa, Praça Luís de Camões, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada portuguesa. Largo S. Julião, 1944, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calçada Portuguesa, Palácio Galveias, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Armazém onde estão arquivados os moldes para a construção de mosaicos da calçada portuguesa, 1940, foto de António Passaporte, in a.f. C.M.L.
Calceteiros,s/d, foto de Charles Chusseau Flaviens, in George Eastman Museum
"Vêdes vós aquêle monte que leva às costas a sua rêde de ruas velhas, ao longo do bairro mais central, povoado e formoso? aquêle monte que levanta de improviso sôbre despenhadeiros a cabeça torreada, por detrás das duas praças, do Rossio e da Figueira, e vai serenamente descaindo de norte a sul, até falecer às abas do Tejo, por detrás do Terreiro dos antigos Paços Reais? Pois eis ai, no meio da vossa cidade, a cidade moira; no meio de Lisboa, a cristã e deliciosa, Lissibona ou Aschbounah, a árabe e guerreira." in "Quadros históricos de Portugal", de António Feliciano de Castilho
Panorâmica de Alfama tirada do Miradouro de Santa Luzia, 1960-1969, foto de Artur Pastor, in a.f. C.M.L.
Panorâmica de Alfama tirada do Miradouro de Santa Luzia, 1960-1969, foto de Artur Pastor, in a.f. C.M.L.
Alfama, 1960-1969, foto de Artur Pastor, in a.f. C.M.L.
Alfama, 1960-1969, foto de Artur Pastor, in a.f. C.M.L.
Contou Júlio César Machado, em "Lisboa de ontem", que no batalhão dos empregados públicos havia uma companhia chamada de Pau e Corda, constituída pelo pessoal da companhia braçal da Alfândega. Dizia-se que muitas vezes um ou outro moço de fretes, envergando o capote e sobraçando as correias de policia, fizera o serviço de sentinela a dois tostões por cabeça. Eram muito numerosos os moços de fretes. Transportavam mobília a pau e corda, nas mudanças que se faziam de semestre a semestre, encarreiravam casamentos, como correio amoroso, e alombavam com o barril de água até ao último andar do mais alto prédio, gordas receitas que os anúncios das gazetas, a Companhia das Águas e as carroças diminuíram. Nos fins do século XIX, dava-se o nome de Ilha dos Galegos a uma espécie de resguardo no Largo das Duas Igrejas, onde estava o chafariz do Loreto, no sitio do monumento ao poeta Chiado. Era, afinal, um recinto de galegos. O espectáculo mais curioso consistia no momento da participação do fogo. Mal soava o toque de incêndio, a chusma galgava da Ilha dos Galegos para as casas da bomba.
Moços de fretes, 1907, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Moços de fretes à espera de trabalho, 1908, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Moços de fretes, 1908, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Moços de fretes, s/d, foto de Ferreira da Cunha, in a.f. C.M.L.