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Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

Grémio Literário

"Onde diabo morava então o Sr. Cruges? A criada dissera que o Sr. Cruges vivia agora na rua de S. Francisco, quatro portas adiante do Grémio."
Assim podemos ler nos "Maias" de Eça de Queiroz, a localização do famoso Grémio Literário, por tantas vezes por ele  citado.
A Rua de S. Francisco, viria por edital de 7 de Setembro de 1885, a denominar-se Rua Ivens, e por lá continuaria o Grémio Literário. Criado por carta régia de D. Maria II em 18 de Abril de 1846, teve entre os seus fundadores as duas principais figuras do Romantismo nacional, o historiador Alexandre Herculano e o poeta e dramaturgo Almeida Garrett. Contou ainda com a participação do romancista Rebelo da Silva, o dramaturgo Mendes Leal, e grandes personalidades da vida política do liberalismo, como Rodrigo da Fonseca, Fontes Pereira de Melo, Rodrigues Sampaio, Sá da Bandeira e Anselmo Braancamp.
A par da actividade intelectual, que se desenvolvia no Grémio, este ficou também conhecido pelas suas equipas de esgrima, existentes ainda no início do século XX.

Grémio Literário, 191 , foto de Joshua Benoliel,

Grémio Literário, 191?, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Grémio Literário, interior, 1969, foto de Armand

Grémio Literário, interior, 1969, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Grémio Literário, interior, 1969, foto de Armand

Grémio Literário, interior, 1969, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.

Semana de Armas Portuguesa no jardim do Grémio Li

Semana de Armas Portuguesa no jardim do Grémio Literário, entra a assistência encontra-se o Rei D. Manuel,  Junho 1910, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.

Largo do Socorro

Citando Confúcio, "Uma imagem vale mais que mil palavras".
Esta será uma delas. Se nos abstivermos do óbvio, como, uma casa comercial que identifica a zona, neste caso o Socorro, se nos abstivermos do olhar inquisidor do representante da autoridade, ainda assim poderemos constatar que:
Na zona estava-se em plena época de demolições, a desaparecida Igreja permitia a partir deste largo, o vislumbre de parte do Teatro Apolo, onde estava em exibição a Revista "Agora é que ela vai Boa", com Irene Isidro e Ribeirinho.
A demolição do edifício contíguo, do lado oposto, deixando-o isolado, não lhe conferia grande esperança de vida. Como sabemos acabaria também ele demolido.

Largo do Socorro, 1952, foto de Eduardo Portugal,

Largo do Socorro, 1952, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

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Publicidade à Revista na pág. do "Diário de Lisboa" de 13-2-1952

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 Anúncio do termo das representações desta Revista no Teatro Apolo, no "Diário de Lisboa" de 2-3-1952

A 1ª Praça da Figueira

"A venda antiga em Lisboa era muito espalhada, conquanto os mercados, da Ribeira Velha e do Rossio, congregassem grande número de vendilhões. O terramoto aumentou a confusão.
O decreto e aviso de el-Rei D. José, de 23 de Novembro de 1775, doando à Câmara uma área de quatro frentes, com 380 palmos de norte a sul, e 440 de nascente a poente, no terreno do derrocado hospital e suas dependências, foi um progresso e grande. Custou a edificação do mercado 10:251$342 réis.
Em Dezembro de 1834 mandou-se sondar o terreno ao centro da praça, a-fim-de se procurar água para a limpeza do mercado; achou-se.
Em Fevereiro de 1835 tratou-se de aperfeiçoar o serviço interno do mercado, plantando árvores, concluindo o poço, e regularizando algumas minúcias na venda.
Em 1 de Novembro do mesmo ano começaram os trabalhos da construção do poço central, e concluíram-se no dia de Natal.
Em Março de 1849 aprova a Câmara o modelo das portas novas de ferro,curvas na parte superior, que deviam fechar as várias entradas do recinto da Praça.
Em 1852 reedificam-se os «lugares», mandam-se abrir covas para plantar novas árvores, e é autorizado o benemérito vereador Aires de Sá Nogueira a mandar colocar o arvoredo necessário.
Pelo edital de 14 de Dezembro de 1863, a venda de perus e cordeiros era feita depois das duas horas da tarde até ao anoitecer.
Na primavera de 1883, demoliu-se a praça velha, e entrou a pouco e pouco a levantar-se, a avigorar-se, a luzir, aquela vasta composição leve e elegante de ferro e vidro."
in "Lisboa Antiga", Volume X, pág. 125 a 127, de Júlio de Castilho

Pormenor de uma prova em albumina, de Francesco Ro

Pormenor de uma prova em albumina, de Francesco Rocchini, com data provável de 1868, e em que se pode vislumbrar no canto inferior direito, o Mercado da Ribeira anterior ao que no mesmo local se inaugurou em 1885. Foto in B.N.P.

Mercado da Praça da Figueira, desenho de J. Chris

Mercado da Praça da Figueira, desenho de J. Christino e de M. de Macedo, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Praça da Figueira, da colecção Conde Arnoso, fo

Praça da Figueira, ant. a 1883, foto da colecção Conde Arnoso, a imagem não reproduz o negativo estereoscópico na totalidade, foto de Estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L.

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Prova original de  Francesco Rocchini, de onde saiu a foto que encima o artigo, in B.N.P.

Ermida de S. Crispim

"Olha agora esta trivial frontaria da ermida de S. Crispim e S. Crispriano, santos cujos nomes têm ressonância olisiponense, pois foi em dia de festa dêstes mártires - 25 de Outubro - que Afonso Henriques tomou Lisboa aos mouros. Este pequeno templo é posterior ao Terramoto e foi erguido em 1786-1790; a primitiva ermida de S. Crispim ficava um pouco mais acima, na encosta que sobe pelas escadinhas de S. Crispim de hoje à Rua do Milagre de Santo António, já perto da primitiva Porta da Alfofa.
O velho S. Crispim, que o Terramoto arrasou, datava de 1564-1572, e foi fundado pela irmandade dos Sapateiros, templo tão embelezado de talha doirada que se dizia «que era cosido de oiro».
D. Afonso de Menezes, filho do Conde de Penela, possuía neste sítio um terreno, do qual pagava dois tostões de fôro à Cidade, e a pedido o doou à dita irmandade, «e isto consentindo nisso a Cidade, e não de outra sorte».
O novo templo de S. Crispim foi inaugurado em tempo do Patriarca de Lisboa D. José II, e tem beneficiado de várias obras, as últimas das quais em 1935-1936. A fachada, é simples: à altura da cimalha do portal corre uma legenda em extenso, a toda a largura, que atesta a história do velho e moderno templo. Interiormente, a Ermida, da antiga Irmandade dos Sapateiros, é graciosa; no altar da capela mór existe a imagem de N. Sr.ª do Pôrto,cuja irmandade remontava ao século XVI, isto é: ao tempo da primitiva fundação."
in "Peregrinações em Lisboa", Livro 2, pág. 25, de Norberto de Araújo.
Actualmente na Ermida, está instalada a Igreja Ortodoxa Romena.

Ermida de São Crispim e São Crispiniano, 1901, f

Ermida de São Crispim e São Crispiniano, interior, 1907, foto de Machado & Souza, in a.f. C.M.L.

Lápide na frontaria da ermida de São Crispim, 19

 Lápide na frontaria da ermida de São Crispim, 1907, foto de Machado & Souza, in a.f. C.M.L.

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Lápide na frontaria da ermida de São Crispim, 1907, foto de Machado & Souza, in a.f. C.M.L.

Ermida de São Crispim e São Crispiniano, 1901, f

Ermida de São Crispim e São Crispiniano, na Rua de S. Mamede, 1901, foto de Machado & Souza, in a.f. C.M.L.

Posto Marítimo de Desinfecção

Inaugurado a 5 de Março de 1906, por Sua Majestade o Rei Dom Carlos e pelo Presidente do Conselho e Ministro do Reino Hintze Ribeiro, o posto de desinfecção do porto de Lisboa, veio substituir o Lazareto de Lisboa (instalado na Torre de São Sebastião da Caparica, também conhecida como Torre Velha), onde se fazia a quarentena às pessoas e mercadorias vindas de barco, como forma de prevenção contra epidemias.
Escrevia a Revista "Brasil - Portugal" na fase final da construção deste posto o seguinte:
"Era tempo de acabar com as dificuldades e empecilhos levantados a cada passo com as cautellas pela saude publica, a qual saude se embuseava timorata atraz dos muros do lazareto, de trabuco engatilhado e apontado ao papão da febre amarella.
De uma cajadada mata-se uma enfiada de coelhos: civilisamo-nos - attraimos concorrencia - mettemos dinheiro na bolsa - estrangulamos sem piedade o catraeiro lisboeta.
Com o posto de desinfecção dão a alma ao vento as quarentenas e as respectivas contas de hotel e adjacentes - acabam as travessias nas execradas jaulas para transporte de pestiferos - as idas e vindas por causa da bagagem - as gorjetas arrelientas - a exploração de carroceiros e demais personagens da beira-rio - e pômos em terra firme o passageiro sem quisilias e má vontade contra os selvagens que até agora os recebiam com duas pedras em cada mão...Vae começar uma nova era de liberdade, amigos. Não mais emparedamentos nas enxovias da Outra Banda. Os paquetes que vos transportarem passarão de largo e virão depôr-vos delicadamente n'um caes ao nivel dos tombadilhos, de onde podereis mandar parar o primeiro electrico que passe ahi por alturas da rocha do Conde de Obidos, a qual rocha demora a 10 minutos do Rocio, onde o «dador da carta» vos fará um gracioso «salamalek» de boas-vindas...Entretanto aqui vos deixamos algumas notas explicativas da nova instalação.
Occupa o posto de desinfecção uma area de 8.500 metros. Voltado ao Tejo, prolonga-o um caes acostavel com 300 metros de extensão, podendo atracar a elle tres navios de alto bordo. O caes é servido por carris para transporte rapido de bagagens.
Ha dois armazens espaçosos (700 m. quadrados), dois para a fiscalização da alfandega e uma casa de despacho.
Terá seis camaras de desinfecção pelo sulphoroso (700 m. quadrados), tres estufas para desinfecção pelo vapor (systema Genate) e uma casa de machinas e apparelho Clayton.
O bastante para desimpedir em menos de uma hora tres grandes paquetes, se vierem acostar ao mesmo tempo.
Temos depois dependencias indispensaveis - habitações vastas e commodas para o director, para o chefe dos serviços alfandegarios, para o medico adjunto e para dois fiscaes.
E no interior estabelecimento para banhos de desinfecção do pessoal menor, e salas de espera para os passageiros das varias classes, e «toilettes» espaçosas e arejadas para senhoras.
Para o caso impropavel da não acostagem dos paquetes (se um motivo de pressa a isso os forçar) haverá um vapor e duas gondolas cobertas e decoradas para transporte rapido de passageiros - serviço gratuito...Uma nota para as companhias de navegação:
O caes de acostagem desce a oito braças de fundo na baixa mar. Não haverá quilha que lhe chegue."

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 Posto Marítimo de Desinfecção, post. 1906, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.

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in "Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada", Hemeroteca Digital C.M.L.

Grupo de pescadores poveiros regressados do Brasil

Grupo de pescadores poveiros regressados do Brasil, junto ao posto de Desinfecção, 1920, foto da Colecção Ferreira da Cunha, in a.f. C.M.L.

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in "Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada", Hemeroteca Digital C.M.L.

Alfredo Magalhães com o ministro dos Estrangeiros

Alfredo Magalhães com o ministro dos Estrangeiros, Bernardino Machado, à saída do posto de desinfecção, quando regressava do Funchal, 1911, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

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in "Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada", Hemeroteca Digital C.M.L.

Posto Marítimo de Desinfecção e Estação de Sa

Posto Marítimo de Desinfecção, post. 1906, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.

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in "Brasil-Portugal : revista quinzenal illustrada", Hemeroteca Digital C.M.L.

Posto Marítimo de Desinfecção, 1911, foto de Jo

Posto Marítimo de Desinfecção, 1911, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Posto Marítimo de Desinfecção, post. 1906, foto

Posto Marítimo de Desinfecção, post. 1906, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.

 

 

Aljube

"Aí temos o Aljube, um problema histórico do sítio. É um casarão inexpressivo, reconstituído de outro antigo, e desde há muitos e muitos anos - Cadeia.

O brazão de armas que ostenta sôbre o portal é o de D.Miguel de Castro, arcebispo de Lisboa (1568 a 1625), e que talvez aqui tivesse morado, refazendo o primitivo edifício, que se sabe ter servido de prisão de eclesiásticos já em 1536. E prisão, afinal, foi sempre. No século passado encarceravam-se ali os forçados, e posteriormente foi cadeia de mulheres, antes do antigo Convento das Mónicas ter essa função. Desde há uma dezena de anos é a prisão de suspeitos de crimes políticos e sociais."

in "Peregrinações em Lisboa", Livro 2, pág. 52 e 53, de Norberto de Araújo.

Desde 2015, funciona neste edifício o "Museu do Aljube".

O Pátio do Aljube, e o Brasão de D.Miguel de Cas

O Pátio do Aljube, e o Brasão de D.Miguel de Castro, que encima o pórtico, s/d, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

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Cadeia do Aljube, 191?, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

Cadeia do Aljube, vista do Beco do Bugio. sd, foto

Cadeia do Aljube, vista do Beco do Bugio, s/d, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.

Cadeia do Aljube, vista do Beco do Bugio, sd, foto

Cadeia do Aljube, vista do Beco do Bugio, s/d, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.

Pátio do Aljube, ant. 1945, foto de Fernando Mart

Pátio do Aljube, ant. 1945, foto de Fernando Martinez Pozal, in a.f. C.M.L.

 

Crónica de um viajante Francês em Lisboa, 1867

"Na margem direita do Tejo, á beira duma enseada immensa, esplendia o amphitheatro de Lisboa. As collinas pareciam vestidas de palacios, cujas columnas elegantes, brotando entre moitas de verdura e de flores, se refflectiam nas aguas.
Nem uma nuvem só maculava o azul do ceo. A que se entre-divisava; alem, num relance, entre duas collinas, mostrava-se o aqueducto das Aguas Livres; sobre uma rocha escarpada surgia a velha cidadella de S. Jorge; á medida que me approximava os contornos tomavam reflexo ou fugiam segundo os accidentes do terreno. Logo appareceram as arcadas graciosas da Praça do Commercio e o seu magestoso caes; vi Jose I que, de cima do seu cavallo, encarando o rio, parece fazer ao estrangeiro as honras da capital moderna construida pelo seu grande ministro Sebastião de Carvalho marquez de Pombal, depois do terremoto de 1755 ter derrubado Lisboa. Esse Terreiro do Paço, ou Largo do Commercio, como lhe quizerem chamar, com seus monumentos alinhados, os seus arcos do triumpho, e a sua estatua equestre, produz um effeito duma incomparavel grandiosidade. Os portuguezes com justiça se ufanam desta praça, que seria o mais bello ornamento da mais esplendida capital. Em presença dos caes silenciosos, a vista das aguas ermas, evoca-se involuntariamente o passado, e tem-se pena de que já fugisse o tempo, em que se chegava á praia depois de se terem percorrido as ruas duma verdadeira cidade de navios, depois de se terem reconhecido os pavilhões dos mais distantes reinos, o tempo em que nas praças se cruzavam azafamados o negro africano, o indio, o marujo do Baltico, e o Levantino..."
in "O panorama : jornal litterário e instructivo da Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis", Vol. XVII, 2º da 5ª Série, N.º 37 de 1867

Panorâmica da praça do Comércio tirada a partir

Panorâmica da praça do Comércio tirada a partir do rio Tejo, s/d, pormenor de uma foto de Leilão Soares e Mendonça, in a.f. C.M.L.

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Sequência de fotos que retratam uma panorâmica da zona ribeirinha de Lisboa, desde a Junqueira até Santa Apolónia, anteriores a 1901, do Estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L. Vislumbra-se a Cordoaria, na Junqueira, a Igreja da Memória, e o Palácio da Ajuda.

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Zona que compreende a Tapada da Ajuda, vendo-se o Observatório Astronómico de Lisboa, a Serra de Monsanto, o vale de Alcântara, e o Paço das Necessidades.

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Zona Marginal entre Alcântara e Santos.

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Zona compreendida entre Santos e o Cais do Sodré.

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Zona entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia, ao centro, a Praça do Comércio.

O Quartel da Cova da Moura e a Torre da Pólvora

A construção, em 1696 1670, de uma "Torre da Pólvora", depósito ou paiol de pólvora, num recinto relativamente largo; esteve na origem do topónimo Rua da Torre da Pólvora, antecedente da Rua da Cova da Moura, que se manteve, até à abertura da Avenida Infante Santo, nos idos anos 50, do século XX.
Esta construção, após o abandono da sua função inicial, foi convertida em presídio em 1843, sendo mais tarde, e após a reconstrução e ampliação de casas anexas ao velho casarão, ocupado pelo Regimento de Infantaria 7. Posteriormente, já em 1889, passou a acolher vários serviços de Administração Militar, e em 1928, uma Companhia de Trem Hipomóvel.
Com as obras para a abertura da nova avenida, no final da década de 40, foi o aquartelamento, sendo demolido, tendo contudo, alguns dos edifícios resistido, à inauguração da referida avenida.
O interesse deste quartel, residia na sua fachada de pedra, em jeito de entrada de Castelo setecentista, ostentando na sua parte superior três nichos com imagens de santos. E ainda nos muros que ladeavam o pórtico, onde se notavam contrafortes do tempo da Torre e do presídio.

Bibliografia: Peregrinações em Lisboa, Livro 9, de Norberto de Araújo.

Panorâmica sobre o Quartel da Cova da Moura, c. 1

 Panorâmica sobre o Quartel da Cova da Moura, c. 1947, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Demolição do Quartel da Cova da Moura, 1947.jpg

Demolição do Quartel da Cova da Moura, 1947, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Mapa topografico dos Terrenos que medeião entre a

Localização da Torre da Pólvora. "Mapa topografico dos Terrenos que medeião entre a Pampulha e a Calçada da Estrella", in  http://purl.pt/18565/2/

Planta Topográfica de Lisboa 8 E, 1911, de Albert

Localização do Quartel da Cova da Moura. Planta Topográfica de Lisboa, 8 E, 1911, de Alberto de Sá Correia, in A.M.L.

Demolição do Quartel da Cova da Moura, 1947, fot

Demolições no Quartel da Cova da Moura, 1947, foto de António Serôdio, in a.f. C.M.L.

Demolições no Quartel da Cova da Moura, 1949, fo

Demolições no Quartel da Cova da Moura, 1949, foto de Roiz, in a.f. C.M.L.

Avenida Infante Santo em construção, 1950, foto

Avenida Infante Santo em construção, 1950, ainda são visíveis em ambos os lados, edifícios pertencentes ao antigo Quartel, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

EXPOSIÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUEZA COM UMA SECÇÃO AGRICOLA (1888)

"...Este enthusiasmo sente-se quando entramos nas galerias da exposição da Avenida, e é tanto mais justificado quanto o trabalho nacional era desconhecido em todo o seu brilho e valor, pensando muitos que elle apenas se limitava ás industrias mais rudimentares e imperfeitas, que mal podia satisfazer ás primeiras necessidades do paiz...As necessidades da vida, com todas as commodidades e até com luxo, podem ser satisfeitas pela industria e pela agricultura portuguezas.
É esta a grande verdade que se reconhece quando atravessamos as galerias da exposição, desde o pavilhão das artes graphicas até ás ultimas instalações da mineralogia...Depois disto seguem-se ao longo da Avenida os annexos ou instalações particulares, constantes de elegantes pavilhões e chalets, em que se vêem as instalações do sr. Margiochi, da secção Florestal, da Companhia Real de Agricultura Portugueza, do Principe D. Carlos, da Penitenciaria, da Secção de Minas, do Commando Geral de Artilheria, da Empreza Ceramica de Lisboa, de Mayer, da Empreza Industrial Portugueza, etc., fechando o recinto os annexos a galeria Principe da Beira, destinada em grande parte, ás exposições dos Açores e da Madeira...No dia 7 do corrente, de manhã, era enorme a concorrencia do povo em toda a Avenida, e no recinto da exposição achavam-se mais de quatro mil pessoas, convidados e expositores, aguardando a chegada de Sua Majestade El-Rei D. Luiz e toda a familia real."
in "O Ocidente : revista ilustrada de Portugal e do estrangeiro", N.º 342 ( 21 Jun. 1888 )

Exposição Industrial Portuguesa, 1888, foto do e

Exposição Industrial Portuguesa, na Avenida da Liberdade, 1888, foto do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Pavilhão da Exposição Pecuária, Industrial e A

Pavilhão da Exposição Pecuária, Industrial e Agrícola, 1888, foto de Estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L.

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Empresa Industrial Portuguesa, pavilhão, 1888, foto estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L.

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Exposição Industrial Portuguesa, 1888, foto estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L.

Pavilhão da Companhia Real, 1888, foto de Estúdi

Pavilhão da Companhia Real, 1888, foto de Estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L.

Pavilhão de sua Alteza Real, o Príncipe Dom Carl

Pavilhão de sua Alteza Real, o Príncipe Dom Carlos, 1888, foto de Estúdio Mário Novais, in a.f. C.M.L.

Pavilhões da Exposição Industrial e Agrícola,

Pavilhões da Exposição Industrial e Agrícola, 1888, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.

Entrada da exposição pecuária, 1888, prova em a

Entrada da exposição pecuária, prova em albumina, de Augusto Bobone, in "Exposição Pecuária Nacional em 1888 : photographias 1888", B.N.P.

Casal da Torrinha, 1888, prova em albumina, de Aug

Recintos da exposição agrícola junto ao Casal da Torrinha, prova em albumina, de Augusto Bobone, in "Exposição Pecuária Nacional em 1888 : photographias 1888", B.N.P.

Casal da Torrinha, 1888, prova em albumina, de Aug

Recintos da exposição agrícola junto ao Casal da Torrinha, prova em albumina, de Augusto Bobone, in "Exposição Pecuária Nacional em 1888 : photographias 1888", B.N.P.

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Pavilhão Real instalado junto ao Pátio do Geraldes, prova em albumina, de Augusto Bobone, in "Exposição Pecuária Nacional em 1888 : photographias 1888", B.N.P.

 

Elevador de Santa Justa

Ascensor Santa Justa - Carmo
"Realisou-se finalmente, no dia 10 a inauguração official do ascensor Santa Justa-Carmo, que estabelece facil e rapida communicação entre a cidade baixa e o bairro alto vencendo a differença de nivel de cerca de 30 metros, sem demora nem fadiga para as pessoas que querem utilisar aquelle meio de transporte...Quanto trabalho, com os seus ascensores, tem promovido Raul Mesnier para a industria nacional e especialmente quanto progresso para a industria metalurgica. Porque é de saber tanto este ascensor como o chamado da Bibliotheca, são productos da industria portugueza e tanto basta para merecerem aplauso, porque são obras perfeitas.
O ascensor Santa Justa-Carmo é do mesmo systema que o do Municipio Bibliotheca. Todo de ferro, compõe-se de duas torres conjugadas, formando um rectangulo de 3,5 x 7,5; o eixo maior deste rectangulo coincide com o eixo das escadinhas de Santa Justa, e o lado menor parallelo á rua Aurea.
Imprimem movimento ao ascensor duas machinas de 12 cavallos de força, que podem trabalhar ao mesmo tempo ou alternadamente; bastando só uma para que o ascensor funccione.
Em quanto uma cabina sobe, desce a outra e assim se faz o transporte de passageiros que encontrando-se em cima atravessam um passadiço horizontal, por sobre a rua do Carmo, entrando n'um terraço sobre o predio do sr. conde de Thomar e saem logo no largo do Carmo."
in "O Ocidente : revista ilustrada de Portugal e do estrangeiro", N.º 848 ( 20 Jul. 1902 )

Elevador de Santa Justa, post 1902, foto de Paulo

Elevador de Santa Justa, post 1902, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.

1 folha da Escritura de concessão feita a Raul Me

1.ª folha da escritura de concessão feita a Raul Mesnier de Ponsard, 17-3-1900, in A.M.L.

Elevador de Santa Justa, sd, foto de Paulo Guedes1

Elevador de Santa Justa, post 1902, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.

Documentos anexos do livro de escrituras, pág. 7.

Documentos anexos do livro de escrituras, pág. 7, in A.M.L.

Elevador de Santa Justa, parte superior e panorâm

Elevador de Santa Justa, parte superior e panorâmica sobre a encosta do Castelo, 1957, foto do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Documentos anexos do livro de escrituras, pág. 4.

Documentos anexos do livro de escrituras, pág. 4, in A.M.L.

Elevador de Santa Justa, sd, foto de Paulo Guedes.

 Elevador de Santa Justa, post 1902, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.

Elevador de Santa Justa, 1904, foto de Joshua Beno

Elevador de Santa Justa, 1904, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.

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