Grandella e a Ribeira de Alcântara
Grandella e a Ribeira de Alcântara, não é uma associação comum. Ao falarmos de Francisco de Almeida Grandella, lembramo-nos de imediato ou dos "Armazens Grandella", ou do "Bairro Grandella", mas raramente nos lembramos da fábrica de fiação que fornecia os armazéns, e que foi o impulsionador da criação do bairro operário Grandella.
O que tem então a Ribeira de Alcântara a ver com Grandela, pois é o que vamos ver de seguida. Com a necessidade de expandir a fábrica que se situava nos terrenos que possuía junto à Estrada de Benfica, obteve Francisco de Almeida Grandella, autorização da Camâra Municipal de Lisboa para "ampliar uma parte de cobertura da ribeira de Alcântara, junto á sua fábrica".
Esta cobertura da Ribeira de Alcântara, não sendo a primeira (em 1888 foi quando se cobriu o caneiro de Alcântara para assentamento da via férrea que ligava a linha de Alcântara-terra a Campolide), foi uma das primeiras etapas por que passou esta Ribeira, até à conclusão da sua cobertura total em 1967.
Bairro Grandella, foto de Alexandre Cunha, in a.f. C.M.L.
Autorização a Francisco de Almeida Grandella para ampliar a sua fábrica sita na Avenida Barjona de Freitas, 1905, in A.M.L.
Autorização a Francisco de Almeida Grandella para ampliar a sua fábrica sita na Avenida Barjona de Freitas, 1911, in A.M.L.
Projecto de canalização da Ribeira de Alcântara - entre Campolide e a travessa de S. Domingos de Benfica, 1951-1955, in A.M.L. A zona da Ribeira correspondente à Fábrica Grandella, já estava toda coberta, nesta data.
Projecto de canalização da Ribeira de Alcântara - entre Campolide e a travessa de S. Domingos de Benfica, 1951-1955, in A.M.L.
Ribeira de Alcântara, obras de canalização, ant. 1968, foto de Artur Goulart, in a.f. C.M.L.
Lápide comemorativa da conclusão da cobertura da Ribeira de Alcântara, 5 Janeiro de 1968, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.