Palácio Cruz Alagoa
"O palacio do morgado da Alagôa é no extenso casarão em genuino estilo português, com um rez do chão baixo, andar nobre e segundo andar, tendo 18 janellas para a rua da Escola e 11 para a rua das Fabricas das Sedas, terminando, para o lado do Rato, pelo corpo da ermida que lhe pertencia.
Foi edificado em 1757, por José Francisco da Cruz Alagôa, n'um terreno, subrogado por padrões de Juro Real, com D. Rodrigo António de Noronha.
Em 1762 já elle estava concluido. Nas onze lojas, que então tinha, estavam alojados dois loiceiros, um cabeleireiro, dois capelistas e dois mercadores de retroz. No andar nobre morava o senhorio e com elle o seu guarda-livros Estevam Lafontana, sete caixeiros e onze criados e criadas. Anselmo José da Cruz Sobral, seu irmão, habitava tambem em parte do andar e ali tambem tinha o seu guarda-livros, Paulo de Piatre, tres caixeiros e sete criados e criadas. Tal era a população do palacio."
De G. de Matos Sequeira, in "O Ocidente : revista ilustrada de Portugal e do estrangeiro", N.º 1112 ( 20 Nov. 1909 )
Palácio Cruz Alagoa, 1968, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.
Planta Topográfica de Lisboa 9 H, 1911, de Alberto Correia de Sá, in A.M.L.
Barricada junto do Palácio Cruz Alagoa, na revolta de Fevereiro de 1927, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.