Porto de Lisboa em 1903
"Segundo as disposições regulamentares da policia do porto, que estão em pratica, póde considerar-se este ancoradouro dividido pela fórma seguinte: o espaço comprehendido entre a Madre de Deus e o torreão de oeste da Praça do Commercio é destinado aos navios mercantes, que estão á carga e descarga; o chamado quadro da Alfandega, onde estão quasi todos estes navios, estende-se desde o Caes das Columnas até ao Arsenal do Exercito; entre o torreão de oeste da Praça do Commercio e o Caes do Sodré, estacionam os navios de guerra nacionaes; entre o Caes do Sodré e a linha tirada da rocha do Conde de Obidos ao Caes de Cacilhas, os navios mercantes descarregados ou em concerto; desde a linha ultima indicada até ao rio de Alcantara, os navios de guerra estangeiros; desde o rio de Alcantara até á Torre de Belem, os navios em franquia ou arribados; finalmente, desde as proximidades do Lazareto até ao meio do rio, estacionam os navios em quarentena.
Todos os navios que, largando do ancoradouro, pretendem sair a barra, e o não podem conseguir por causa do tempo, dão fundo em S. José de Ribamar, onde aguardam occasião favorável."
in "Portugal Pittoresco e Illustrado - Lisboa", 1903, de Alfredo Mesquita
Embarcações no Tejo, foto do espólio de Eduardo Portugal, sem data, in a.f. C.M.L.
Planta hydrographica da barra e porto de Lisboa, João Veríssimo Mendes Guerreiro, Direcção Geral dos Trabalhos Geodésicos, 1878-1879, in http://purl.pt/16767/2/
Embarcações no porto de Lisboa, início séc. XX, foto de José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.