O Passeio dos Arcos
"Ingressemos na chamada «Entrada do Passeio dos Arcos», êste pequeno eirado sumàriamente ajardinado, ao fundo do qual se encontra o portão de ferro que conduz à galeria alta do Aqueduto.
Aquela estátua mutilada, representando um guerreiro romano, segurando um escudo das quinas no braço esquerdo, é obra, segundo se crê, de Alexandre Guisti; parece guardar simbòlicamente a entrada dos Arcos...Alguns críticos estrangeiros consideram este Monumento, que o Terramoto nem sequer abalou, uma das construções mais arrojadas e belas do mundo, «igualando os maiores monumentos dos romanos».
Este Passeio dos Arcos houve tempo em que foi público, para trânsito dos arredores até Campolide (Rato).
Teve porém de ser fechado, após várias tentativas ante a resistência pública, em 12 de Agôsto de 1852. É que os suicídios contavam-se por centenas. Quanto aos famosos crimes de Diogo Alves neste Passeio dos Arcos têm mais de fantasia que de realidade; do processo de condenação nada consta."
in "Peregrinações em Lisboa, Livro 11, pág.s 84 e 85, de Norberto de Araújo
Aqueduto das Águas Livres, post. 1912, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
O Guerreiro, estátua colocada na entrada do aqueduto das Águas Livres em Campolide, s/d, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Entrada do aqueduto das Águas Livres em Campolide, s/d, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Aqueduto das Águas Livres, entrada do Passeio dos Arcos, do lado da Serafina, s/d, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
O Passeio dos Arcos do Aqueduto das Águas Livres, encerrado por questões de segurança em 1852, c. 1912, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.