O aterro em Alcântara
O sr. engenheiro Vieira da Silva, na sua noticia histórica sobre "A Ponte de Alcântara e suas circunvizinhanças", informa como "ao mesmo tempo que avançava o trabalho da abóbada de cobertura do caneiro se ia assentando sobre ela uma via férrea para ligar a estação de Alcântara, que passou a chamar-se de Alcântara-terra, com a estação da linha férrea do Cais do Sodré a Cascais, designada por estação de Alcântara-mar, situada sobre o caneiro, perto do cruzamento da actual rua do Cais de Alcântara com a avenida da Índia."
E acrescenta.:
"No caneiro de Alcântara começava, para montante do Tejo, a 1.ª secção das obras do Porto de Lisboa, inauguradas em 31 de Outubro de 1887, e ai essas obras fizeram avançar para o sul o aterro sobre o rio, achando-se actualmente os terraplenos assim obtidos cobertos com fábricas, armazéns, entrepostos, recintos para armazenagem de mercadorias, instalações para os serviços da exploração do porto, etc ... O caneiro de Alcântara foi prolongado através desses terrenos em alinhamento recto, com cobertura de abóbada, até ao cais marítimo de atracação, com o comprimento total aproximado de 815 metros, contado desde a antiga ponte de Alcântara. Este trabalho foi feito por conta da Companhia Real dos Caminhos de Ferro, pelo mesmo empreiteiro H. Hersent, e concluiu-se em 16 de Agosto de 1890."
Obras do Porto de Lisboa na Doca de Alcântara, ant. 1890, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.
in "Dispersos", Vol. III, de Augusto Vieira da Silva
in "Dispersos", Vol. III, de Augusto Vieira da Silva
in "Dispersos", Vol. III, de Augusto Vieira da Silva
in "Dispersos", Vol. III, de Augusto Vieira da Silva
Atlas da carta topográfica de Lisboa, n.º 56, 1857, de Filipe Folque, in A.M.L.
Doca de Alcântara, post 1890, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.
Panorâmica sobre a zona de Alcântara, 1906, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.
Nesta imagem dá para perceber a extensão do aterro, para as obras do porto de Lisboa. Fotografia aérea da zona do Viaduto de Alcântara, 1971, foto de Armando Serôdio, in a.f. C.M.L.