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Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

Paixão por Lisboa

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Jardim Roque Gameiro

Em 1909 surge a ideia da construção de um jardim, nos terrenos recentemente conquistados ao Tejo, por ocasião das obras do Porto de Lisboa.
O Jardim do Cais do Sodré surge assim desse projecto. Em 1934, passa a designar-se Jardim Roque Gameiro, em homenagem ao grande mestre da pintura olisiponense.
Não sendo um grande jardim, conta com a particularidade de nele se poderem encontrar exemplares de iodão, tipuana e jacarandá.
Ao centro do jardim podemos encontrar a estátua de Francisco dos Santos, denominada "Ao Leme", executada em 1913 e inaugurada e 1915.
Conta este jardim com dois quiosques; um situado no canto sudoeste, que contém seis painéis de azulejos Arte Nova, datados de 1915, da autoria de José Pinto. E um outro no canto sudeste, um quiosque octogonal, com revestimento a fingir escamas de peixe e encimado por um pináculo pontiagudo.
Bibliografia:
A.M.L
"Peregrinações em Lisboa", Livro 13, de Norberto de Araújo
SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitectónico

Jardim de Roque Gameiro, anos 50, foto de Eduardo

Jardim de Roque Gameiro, anos 50, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Panorâmica tirada do Tejo sobre o Cais do Sodré,

Panorâmica tirada do Tejo sobre o Cais do Sodré, 1880, foto de Legado Seixas, in a.f. C.M.L.

Projeto de construção de um jardim nos terrenos

Projecto de construção de um jardim nos terrenos conquistados ao Tejo, em frente da praça Duque da Terceira, 1909, in A.M.L.

Estátua ao Leme, no Jardim Roque Gameiro, post. 1

Estátua ao Leme, no Jardim Roque Gameiro, post. 1915, foto de Fernando Martinez Pozal, in a.f. C.M.L.

Jardim de Roque Gameiro, anos 40, foto de Eduardo

Jardim de Roque Gameiro, anos 40, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Jardim Roque Gameiro, 1946, foto de Eduardo Portug

Jardim Roque Gameiro, 1946, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Jardim Roque Gameiro, quiosque sudoeste, 1964, fot

Jardim Roque Gameiro, quiosque do canto sudoeste, 1964, foto de Artur Goulart, in a.f. C.M.L.

Jardim Roque Gameiro, quiosque  do canto sudeste,

Jardim Roque Gameiro, quiosque do canto sudeste, s/d, foto de Casa fotográfica Garcia Nunes, in a.f. C.M.L.

Postura Municipal, de 1850

"EDITAL


A CAMARA Municipal de Lisboa faz publicar a seguinte


POSTURA.

 

Ao primeiro dia do mez de Abril de mil oitocentos e cincoenta, nesta Cidade de Lisboa, e Paços do Concelho della, estando reunidos o Presidente e Vereadores abaixo assignados, ahi foi ponderado que attendendo ás avultadas despezas que se tem feito para o embelecimento da Praça do Romulares e Cáes do Sodré com as obras de calçada, e mosaico, a fim de tornar aquelles locaes dignos de uma Capital como esta, e aonde concorre tão grande número de Cidadãos tanto nacionaes como estrangeiros, se tornava de urgente necessidade estabelecer uma providencia que vedasse a prompta damnificação e estrago das mesmas obras: e considerando que os Carros pelo seu pêso e rodeiros, e os homens que conduzem cargas era o maior mal que havia a recear, uma vez que passassem por aquelle recinto, o que traria consigo a inevitavel ruina e desmoronamento da calçada, inutilisando a perspectiva elegante que ora se apresenta; resolveu depois de maduro exame o seguinte:
Artigo 1.º Os carros, Carroças, Seges, e Cavalgaduras, só poderão chegar ao Cáes do Sodré, entrando pela Travessa do Corpo Santo, e saindo pela do Romulares, ficando prohibidos os seus conductores de transitarem com elles por cima do mosaico: sob pena de pagarem pela primeira vez quatro mil réis, metade para o apprehensor, e a outra para o Cofre da Camara, e o duplo pelas reincidencias.
Art. 2.º Fica igualmente prohibido o transito de homens carregados com fretes a páo e corda que se dirijam para embarque ou desembarque no Cáes, devendo seguir o transito marcado no artigo 1.º
§ unico. Exceptuam-se os que fôrem para serviço dos dois predios que ficam dos dois lados da praça.
Art. 3.º O desembarque, e os leilões de Breu, Alcatrão, Agua-raz, e mais generos similhantes, só se permite no Cáes junto ao boqueirão do Corpo Santo, onde igualmente se poderão attestar os Barris, sendo comtudo obrigados a deixarem o Cáes limpo: sob-pena da multa imposta no artigo 1.º
§ unico. Trinta dias depois da publicação da presente Postura, começam a ter execução as suas disposições.
E como a presente Postura não possa obrigar nem produzir effeito legal, sem que se cumpra o determinado no paragrapho primeiro do artigo cento e vinte e um do Codigo Administrativo, deliberou outosim que ella subisse á approvação do Conselho de Districto. E para tudo assim constar se mandou lavrar a presente, que vae por todos assignada.

 

APPROVAÇÃO DO CONSELHO DE DISTRICTO

 

Accordão em Conselho de Districto, etc. Que vista e examinada a presente Postura lhe prestam a sua approvação, a fim de surtir os effeitos legaes, por isso que as suas disposições, sem offenderem as Leis geraes do Reino, estabelecem providencias de boa prdem e policia urbana, para a conservação de calçada e mosaico de que se tracta, em reconhecido proveito e commodidade pública. Lisboa, Sala do Conselho de Districto, em Sessão de 8 de Abril de 1850. - O Governador Civil, Marquez de Fronteira. - Guerra. - Castro e Lemos. - Leitão. - Costa.
E para que se não possa allegar ignorancia, se manda affixar o presente nos logares mais publicos, e de costume.
Camara, em 19 de Abril de 1850. - O Presidente, Nuno José Pereira Basto.
No Diario do Governo de 25 de Abril N.º 96."

 

in "COLLECÇÃO OFFICIAL DA LEGISLAÇAO PORTUGUEZA", ano de 1850

Meridiana dos remolares, foto in Centro Português

Meridiana dos remolares, foto in Centro Português de Fotografia (C.P.F.)

 

Proibição de desembarque de peixe no Cais das Colunas e do Sodré

"DOCUMENTO N.º 1
OFFICIO.
- SECRETARIA GERAL. - 1.ª Repartição. -N.º 66. ILL.mo e Ex.mo Sr. -Tendo a Camara Municipal de Lisboa expedido as mais terminantes ordens para se conservar o maior aceio nos caes das Columnas e do Sodré, não tem podido conseguir o seu fim porque os respectivos Empregados tem reclamado da Camara as precisas providencias para se evitar naquelles locaes o desembarque de peixe; e sendo certo, que a bôa policia e aceio demandam que se não consinta naquelles recintos o desembarque do dito genero, espera a Camara que V. Ex.ª em attenção ao exposto, se servirá de expedir as suas ordens, fazendo prohibir o referido desembarque de peixe nos ditos caes, evitando por este modo os inconvenientes que de tal abuso se seguem.
Deos Guarde a V. Ex.ª Camara 16 de Janeiro de 1851. -ILL.mo e Ex.mo Sr. Administrador Geral do Pescado do Reino. - O Presidente Nuno José Pereira Basto. - Está conforme. - O Escrivão da Camara, José Maria da Costa e Silva."
in Synopse dos principaes actos administractivos da Camara Municipal de Lisboa do anno 1851

Cais das Colunas.jpg

Cais das Colunas, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Cais das Colunas1.jpg

Cais das Colunas, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Cais do Sodré, 1906.jpg

Cais do Sodré, 1906, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Fragatas no Cais do Sodré, 1892.jpg

Fragatas no Cais do Sodré, 1892, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Café Royal

Café Royal, na Praça Duque da Terceira.
"Foi muito conhecido sobretudo no período da primeira Guerra Mundial. Era então frequentado por passageiros e tripulantes de barcos que vinham ao Tejo e por espiões, tanto do lado aliado como do lado alemão. Fervilhava então de gente, o mais heterogénea possível. Um dos seus clientes mais assíduos durante algum tempo e que escreveu sobre ele, foi Reinaldo Ferreira, o talentoso e infeliz Repóter X. Outro frequentador desse café, foi o companheiro daquele, Mário Domingues, um homem de cor, natural de S. Tomé, também jornalista e novelista policial de mérito, que depois se dedicou à divulgação de temas históricos. O Café Royal teve o destino de outros cafés de Lisboa: é agência de um banco."
in Olisipo : boletim do Grupo "Amigos de Lisboa"

Café Royal, foto de Alberto Carlos Lima.jpg

Café Royal, foto de Alberto Carlos Lima, início séc. XX, in a.f. C.M.L.

Azulejos existentes no Café Royal, 1958.jpg

Azulejos existentes no Café Royal, foto de Armando Serôdio, 1958, in a.f. C.M.L.

Café Royal, foto de Alberto Carlos Lima1.jpg

 Café Royal, foto de Alberto Carlos Lima, início séc. XX, in a.f. C.M.L.

Café Royal, na Praça Duque da Terceira. Painel d

Café Royal, painel de azulejos, foto de Armando Serôdio, anos 50, in a.f. C.M.L.

Café Royal, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.

Café Royal, foto de Joshua Benoliel, início séc. XX, in a.f. C.M.L.

Café Royal, painel de azulejos.jpg

 Café Royal, painel de azulejos, foto de Armando Serôdio, anos 50, in a.f. C.M.L.

Prédio do antigo café Royal, 1961, foto de Artur

Prédio do antigo café Royal, 1961, foto de Artur Goulart, in a.f. C.M.L.

Os Eléctricos de Lisboa

"Lisboa, 31 de Agosto de 1901. Dia grande. Às 4 horas e 40 minutos da madrugada proceder-se-ia oficialmente à inauguração do novo sistema de tracção, à volta do qual tantas discussões se tinham levantado; e à tarde, por volta das 2 horas, seria lançada a ponte metálica do elvador de Santa Justa. Era muito!... Lisboa, tranquila e pacata não estava habituada a tantas emoções no mesmo dia.
Oradores judiciosos e jornalistas tidos como ponderados e sabedores, tinham afirmado que o sistema de tracção eléctrico faria descer sobre a cidade todas as maldições do Céu. As trovoadas seriam <<inevitávelmente>> atraídas pelos cabos aéreos; os pardais morreriam electrocutados mal se aproximassem dos fios; e os próprios transeuntes, de futuro, teriam que ter o maior cuidado, não se aproximando dos carris por onde a electricidade se escoava.
O terror apoderara-se dos espíritos menos esclarecidos; e só por irresistível curiosidade algumas pessoas, na manhã desse dia, tomaram o rumo ao Cais do Sodré de onde os eléctricos partiam, com pequenos intervalos, rua 24 de Julho fora, até Algés (Ribamar). A pouco e pouco, porém, foi-se sabendo que os prometidos cataclismos ainda não tinham dado sinal de vida (ou de morte); e pela tarde já os lisboetas, sem receios nem pavores, tomavam de assalto os carros da <<Companhia Carris>> que o <<Imperial>> do dia seguinte classificava de <<verdadeiramente decentes e elegantes>>. Depois, a partir desta data, os novos veículos foram implantando o seu reinado, conquistando definitivamente as preferências do Público."
in Revista municipal, N.º 50

Eléctrico, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Eléctrico na Praça do Comércio, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Eléctrico no cais do Sodré, 1901, fotógrafo ni.

Eléctrico no cais do Sodré, 1901, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.

Obras da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, colo

Obras da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, colocação de carris para o eléctrico, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Obras da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, colo

Obras da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, colocação de carris para o eléctrico e instalação eléctrica, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Almanjarra no Largo João da Câmara, foto do Est

Almanjarra no Largo João da Câmara, foto do Estúdio de Horácio de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G.

Elécticos no Corpo Santo, foto do Estúdio de Hor

Elécticos no Largo do Corpo Santo, foto do Estúdio de Horácio de Novais, in Biblioteca de Arte da F.C.G.

Eléctrico sob o viaduto de Xabregas 1938, foto de

Eléctrico sob o viaduto de Xabregas 1938, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

Eléctrico na calçada da Ajuda, foto de Judah.jpg

Eléctrico na calçada da Ajuda, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.

Eléctricos no Rossio, anos 20 foto de Domingos Al

Eléctricos no Rossio, foto de Domingos Alvão in a.f. C.M.L.

Eléctricos no Rossio, foto do espólio de Eduardo

Eléctricos no Rossio, foto do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.

 

Romulares ou Remolares?

"Affonso partiu. Era na primavera — e a Inglaterra toda verde, os seus
parques de luxo, os copiosos confortos, a harmonia penetrante dos seus
nobres costumes, aquella raça tão séria e tão forte — encantaram-n’o. Bem
depressa esqueceu o seu odio aos sorumbaticos padres da Congregação, as
horas ardentes passadas no café dos Romulares a recitar Mirabeau, e a
Republica que quizera fundar, classica e voltarianna, com um triumvirato
de Scipiões e festas ao Ente Supremo. Durante os dias da Abrilada estava
elle nas corridas d’Epsom, no alto d’uma sege de posta, com um grande
nariz postiço, dando hurrahs medonhos ­ bem indifferente aos seus irmãos
de Maçonaria, que a essas horas o sr. infante espicaçava a chuço, pelas
viellas do Bairro Alto, no seu rijo cavallo d’Alter."
in "os Maias", de Eça de Queiroz

Praça Duque da Terceira, desenho de Nogueira da S

 Praça dos Remolares, ou Romulares, desenho de Nogueira da Silva ,espólio Eduardo Portugal,in af. C.M.L

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Itinerário Lisbonense, de 1804, páginas 3 e 152

Atlas da carta topográfica de Lisboa n. 50 Filipe

Atlas da carta topográfica de Lisboa, nº 50, de Filipe Folque, 1856, in A.M.L.

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roteirodasruasde00vell_0239.jpg

Roteiro das Ruas de Lisboa, de 1890, páginas 5 e 239

ArquivoPitorescoN1_0003_branca_t0.jpg

http://hemerotecadigital.cm-
lisboa.pt/Periodicos/ArquivoP/1860/TomoIII/N001/N001_item1/P3.html

 

 

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