Rainha Dona Amélia
Dona Maria Amélia Luísa Helena de Bourbon-Orleães, princesa de França, nasceu em Twickenhem, em 28 de Setembro de 1865, durante o exílio da família em Inglaterra. Dona Amélia era a filha primogénita do pretendente ao trono francês Luís Filipe, Conde de Paris, neto do último Rei de França, Luís Filipe I, e de Maria Isabel de Bourbon-Orleães-Montpensier, infanta de Espanha, filha do Príncipe Antoine D’ Orleães, Duque de Montpensier e Infante de Espanha, por sua vez filho do último Rei de França.
Retrato da Rainha Dona Amélia, 1906, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
Como Rainha, Dona Amélia desempenhou um papel importante. Interessada pela erradicação dos males da época, como a pobreza e a tuberculose, fundou em 11 de Junho de 1899 o Instituto Nacional de Assistência aos Tuberculosos, assim como dispensários, sanatórios como o Sanatório para a assistência nacional aos Tuberculosos, em 18 de Maio de 1907; além de lactários populares, cozinhas económicas e muitas creches. Fundou o Instituto Pasteur em Portugal e o Instituto dos Socorros a Náufragos, em 1892.
Instituto Rainha Dona Amélia, depois Instituto Nacional aos Tuberculosos, foto de José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.
A Rainha Dona Amélia e o infante Dom Afonso à entrada do edifício da Assistência Nacional aos Tuberculosos, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.
Rainha Dona Amélia de visita ao Dispensário Dona Amélia, na rua Saraiva de Carvalho, foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
A Rainha Dona Amélia presidindo à sessão de distribuição de prémios, promovida pelo Instituto de Socorros a Náufragos, na Sociedade de Geografia
foto de Joshua Benoliel, in a.f. C.M.L.
No dia 25 de Outubro de 1951, após 41 anos e 20 dias de exílio, a Rainha Dona Amélia faleceu no seu Castelo em Versalhes, aos oitenta e seis anos, em consequência de um fatal ataque de uremia, falecendo às 9h e 35m da manhã. Algumas das suas últimas palavras terão sido: “Quero bem a todos os portugueses, mesmo àqueles que me fizeram mal” e depois “Levem-me para Portugal, adormeço em França mas é em Portugal que quero dormir para sempre”.
O corpo da Rainha foi embarcado na fragata Bartolomeu Dias que trouxe o féretro para Portugal e depois o corpo foi trasladado para junto do marido e dos filhos, no panteão real dos Bragança, na igreja de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora de sua morte. O funeral teve honras de Estado.
Funeral nacional da rainha Dona Amélia, a embarcação de guerra, Bartolomeu Dias que transportou a urna com os restos mortais da rainha, foto de Firmino Marques da Costa in a.f. C.M.L.
Funeral nacional da rainha Dona Amélia. A igreja de São Vicente de Fora no momento da entrada do corpo a caminho do Panteão, fotos de Firmino Marques da Costa in a.f. C.M.L.