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Paixão por Lisboa

Espaço dedicado a memórias desta cidade

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As Modistas de Lisboa

"As modistas, as Cassandras da Moda, abundaram na Lisboa do século XIX...houve duas modistas que se celebrizaram na <<struggle-forlifice>> das elegâncias: Madame Duprat e Madame Burnay.
A Duprat (Maria Ana Duprat) casou com Sebastião Duprat, proprietário de um armazém de modas no 1º andar, tornejando do Rossio para a rua da Betesga. Mudou-se daqui para um 1º andar no largo do Pelourinho, ficando a comerciar sob o nome social de <<Martin Frères, Casa de Fazendas de França>>. Em 1831, a Duprat estava num 1º andar da rua da Prata e liquidou o armazém de modas em 1845, depois das suas confecções haverem ateado um vasto incêndio de admiração. Seu marido, Sebastião Duprat, manufacturava as toilettes da Princesa D. Carlota Joaquina, que após a saída da côrte para o Brasil, se vestiu do atelier de Madame Joséphine, estabelecida na rua Ouvidor...O prédio da Rua do Alecrim, moderno, próximo ao Arco Pequeno, em que Madame Burnay (Maria Ana Burnay) instalou a sua usina dos adornos feminis, pertencia aos herdeiros de Francisco Mendes Dias, o Manteigueiro, um dispéptico intelectual, ávaro como um proconsul. A exemplar modista inaugurou a sua indústria, no momento histórico em que os pulmões de Portugal se dilatavam, ao receber-se a notícia da queda de Napoleão e do regresso das nossas tropas...Madame Burnay passou a intitular-se <<Modista de Sua Majestade Fidelíssima>> em 1835. Depois da implantação do constitucionalismo, foi ela a primeira que confeccionou vestuário para D. Maria II, fornecendo-lhe desde o chapéu ornado de marabús trementes até ao chale cândido como o peplo das Panatheneias. Não se limitando a vender às damas os vestidos variegados, os chapéus de cartão Bristol, os barretes à Grey, as grinaldas de flôres de penas, os espartilhos à dos métalliques, os regalos de chinchilla, as ligas de molas e as calcinhas de cassa, também lhes vendia as luvas de anta, as aves do Paríso, os saquinhos de ferro de Berlim, os perfumes de Dulac, os potes de cerôtos de Chardin, os óculos de duas vistas, as caixas de música e os pianos Érard."
in Lisboa de Outrora, vol. II, de João Pinto de Carvalho (TINOP)

Modelo de factura duma modista em 1826.jpg

Modelo de factura duma modista em 1826, foto de José Arthur Leitão Bárcia, in a.f. C.M.L.

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