Uma perspectiva diferente de Belém. Datada de 11 de Maio de 1939, abrangendo desde as torres da ala poente dos Jerónimos, à esquerda da imagem, até Pedrouços. Pelo meio podemos observar o terreno onde outrora se situava o Hipódromo de Belém (local que serviu para exercícios militares, e até de campo de aviação), o Gasómetro, a antiga Fábrica de Gás, e bem escondida, a Torre de S. Vicente de Belém.
Panorâmica sobre Belém, 1939, foto de Kurt Pinto, in a.f. C.M.L.
Mosteiro dos Jerónimos, 1940, foto de Manuel Tavares, in a.f. C.M.L.
Dom Manuel II assistindo aos exercícios de cavalaria no hipódromo de Belém, 1910, foto de Anselmo Franco, in a.f. C.M.L.
Experiências aeronáuticas, em Belém, ant. 1908, foto de Alberto Carlos Lima, in a.f. C.M.L.
Fotografia aérea sobre a zona de Belém, vendo-se a fábrica de gás, 1938, foto de Kurt Pinto, in a.f. C.M.L.
Continuando no Mosteiro dos Jerónimos, vejamos o acervo de Eduardo Portugal. Reproduções de gravuras, pinturas, mapas, plantas, vistas de Lisboa, mostrando o Mosteiro dos Jerónimos, nas diversas fases de ruínas e reconstrução, em 1874. Cota: POR114530 a POR114718, no a.f. C.M.L.
Entre 1867 e 1878, os cenógrafos italianos do teatro de S. Carlos, Rambois e Cinatti, vão reformular profundamente o anexo e a fachada da igreja, dando ao monumento o aspecto que conhecemos hoje. Vão, assim, demolir a galilé e a sala dos reis, construir os torreões do lado nascente do dormitório, a rosácea do coro-alto e substituir a cobertura piramidal da torre sineira por uma cobertura mitrada. Estas obras sofrem um contratempo quando, em 1878, se dá a derrocada do corpo central do dormitório. A partir de 1884, entra em campo o Eng. Raymundo Valladas que em 1886 inicia o restauro do Claustro e da Sala da Capítulo, com a construção da respectiva abóbada. Para celebrar o IV Centenário da chegada de Vasco da Gama à Índia (1898), decide-se em 1894 concluir as obras de restauro.
Em 28 de Julho de 1893, a Revista Ilustrada "OCCIDENTE" dava conta da inauguração de uma exposição industrial, "nos vastos salões do Museu Industrial e Commercial de Lisboa, que está installado no edificio dos Jeronymos." Iniciativa de Joaquim Tello, diretor do Museu Industrial e Comercial de Lisboa e organizada por Jerónimo Ferreira da Silva, tinha como objetivo dar a conhecer e promover produtos e indústrias nacionais, como prova do progresso e do "rejuvenescimento" do "povo lusitano".
O Ocidente : revista ilustrada de Portugal e do estrangeiro, N.º 531 ( 21 Set. 1893 )
Mosteiro dos Jerónimos, início séc. XX, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
"...E D. Manuel, vendo coroados os esforços de quatro gerações de nautas destemidos, iniciou em 1500 com o primeiro ouro que das Indias lhe trouxeram os nossos navegadores, a construcção do magestoso templo de Santa Maria de Belem...O mosteiro de Belem representa pois uma epoca, o periodo mais glorioso da nossa historia; é uma epopêa em marmore; os Luziadas de pedra, que não deixa de admirar maravilhado quem por mar entra na capital." in Branco e Negro : semanário ilustrado, N.º 42 (17 Jan.) de 1897
Mosteiro dos Jerónimos,1920/30, foto de Ferreira da Cunha, in a.f. C.M.L.
"Data de 1496 o pedido feito pelo rei D. Manuel I à Santa Sé, no sentido de lhe ser concedida autorização para se erigir um grande mosteiro à entrada de Lisboa, perto das margens do Tejo.
Uma das razões da construção prende-se, por certo, com a vontade do monarca reunir em panteão o ramo dinástico por ele iniciado (Avis-Beja). A dedicação do Mosteiro à Virgem de Belém foi outro factor que pesou na decisão régia.
O Mosteiro dos Jerónimos, veio substituir a igreja outrora existente no mesmo local, cuja invocação era Santa Maria de Belém e onde os monges da Ordem de Cristo prestavam assistência aos mareantes em trânsito.
Em 1501 começaram os trabalhos e aproximadamente um século depois, as obras estavam concluídas. D. Manuel I canalizava para as obras de Belém grandes somas. Boa parte da chamada " Vintena da Pimenta" (aproximadamente 5% das receitas provenientes do comércio com a África e o Oriente, o equivalente a 70 kg de ouro por ano) servia para custear os trabalhos que, desde o início, decorrem em estreita dependência do próprio rei.
O edifício do Mosteiro dos Jerónimos exibe uma extensa fachada de mais de trezentos metros, obedecendo a um princípio de horizontalidade que lhe confere uma fisionomia calma e repousante. Foi construído em calcário de lioz que se retirava muito próximo do local de implantação, na Ajuda, no Vale de Alcântara, Laveiras, Rio Seco e Tercena."
Da zona envolvente do Mosteiro dos Jerónimos, que foi demolida para dar lugar à Exposiçao do Mundo Português, em 1940, e sobre a qual já escrevi por aqui umas linhas, deixei de fora contudo outros edifícios, que por se encontrarem, na zona diametralmente oposta, relativamente ao Mosteiro dos Jerónimos, e por não fazerem parte da zona mais afectada, não me mereceram então a atenção devida. Vamos pois ver o caso de um deles. O palacete que em muitas fotografias surge à esquerda do Mosteiro, muito próximo do local onde hoje podemos ver o Museu da Marinha, foi mandado construir por José Maria Eugénio de Almeida, à época provedor da Casa Pia de Lisboa, instituição que tinha passado a ocupar os terrenos anexos ao Mosteiro desde 1833. Este palacete neoclássico, destinado a morada do próprio, foi o primeiro de muitos edifícios a ser demolido, para a dita Exposição, em 1939.
Parada da Marinha Portuguesa junto do Mosteiro dos Jerónimos, fotografia aérea, entre 1930 e 1932, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Palacete do provedor da Casa Pia, c. 1900, foto de Paulo Guedes, in a.f. C.M.L.
Fotografia aérea das zonas de Belém e Ajuda, entre 1930 e 1932, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Fotografia aérea sobre o Mosteiro dos Jerónimos e da Praça do Império, entre 1930 e 1932, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.
Mosteiro dos Jerónimos, vista de nascente para poente, da fachada sul, vendo-se ao fundo, do lado esquerdo o Palácio Marialva, e mais à direita o Palacete de José Maria Eugénio de Almeida, foto de Kurt Pinto, in a.f. C.M.L.
Álbum sobre Lisboa e Sintra, 27 fotos, provas em albumina, de Francesco Rocchini, photographo Data provável segundo dedicatória «Offerecido à Exma. Senha. D. Catharina Rita Caldas em 28 de Abril de 1868» na folha de guarda in http://purl.pt/25802
Vêm acompanhadas das seguintes legendas F. 1: Praça do Comércio . - F. 2: Praça e monumento de Luís de Camões . - F. 3: Palácio da Pena . - F. 4: Castelo dos Mouros . - F. 5: Vila da Sintra e palácio da Vila . - F. 6: Panorâmica de Lisboa com Igreja da Estrela e cemitério dos Prazeres . - F. 7: Panorâmica de Lisboa com cemitério dos Prazeres . - F. 8: Igreja da Estrela . - F. 9: Igreja da Memória . - F. 10: Torre de Belém . - F. 11: Mosteiro dos Jerónimos . - F. 12: Mosteiro dos Jerónimos – portal sul . - F. 13: Teatro de D. Maria II . - F. 14: Teatro da Trindade . - F. 15: Palácio das Necessidades . - F. 16: Palácio da Ajuda . - F. 17: Palácio da Ajuda . - F. 18: Aqueduto das Águas Livres . - F. 19: Panorâmica da Baixa – Rossio, praça da Figueira até à Igreja da Estrela . - F. 20: Praça do Comércio e rio Tejo . - F. 21: Baixa e rio Tejo . - F. 22: Baixa e rio Tejo . - F. 23: Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte . - F. 24: Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte . - F. 25: Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte . - F. 26: Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte . - F. 27: Panorâmica de Lisboa tirada do Castelo S. Jorge
F. 1 - Praça do Comércio
F. 2 - Praça e monumento de Luís de Camões
F. 3 - Palácio da Pena
F. 4 - Castelo dos Mouros
F. 5 - Vila da Sintra e palácio da Vila
F. 6 - Panorâmica de Lisboa com Igreja da Estrela e cemitério dos Prazeres
F. 7 - Panorâmica de Lisboa com cemitério dos Prazeres
F. 8 - Igreja da Estrela
F. 9 - Igreja da Memória
F. 10 - Torre de Belém
F. 11 - Mosteiro dos Jerónimos
F. 12 - Mosteiro dos Jerónimos – portal sul
F. 13 - Teatro de D. Maria II
F. 14 - Teatro da Trindade
F. 15 - Palácio das Necessidades
F. 16 - Palácio da Ajuda
F. 17 - Palácio da Ajuda
F. 18 - Aqueduto das Águas Livres
F. 19 - Panorâmica da Baixa – Rossio, praça da Figueira até à Igreja da Estrela
F. 20 - Praça do Comércio e rio Tejo
F. 21 - Baixa e rio Tejo
F. 22 - Baixa e rio Tejo
F. 23 - Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte. ( Isto é o que diz a legenda, quanto a mim mal legendada, pois, esta, é uma vista tirada do Castelo de S. Jorge )
F. 24 - Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte. ( Mais uma vista, tirada do Castelo de S. Jorge, repare-se como fica frontal o Convento e as Ruínas da Igreja do Carmo )
F. 25 - Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte. ( Esta, é uma vista tirada do Castelo de S. Jorge, repare-se no Hospital de S. José, que visto da Sra do Monte, não consegue ver a fachada sul do edifício, que nesta vista é a mais presente )
F. 26 - Panorâmica de Lisboa tirada da Sra do Monte. ( Mais uma vez, uma imagem impossível de obter da Sra do Monte, no canto inferior direito podemos observar a antiga Igreja do Socorro, com o Hospital de S. José, mesmo por trás, e, à direita, na parte central da imagem, o Hospital do Desterro )
F. 27 - Panorâmica de Lisboa tirada do Castelo S. Jorge
Folha de guarda, com dedicatória «Offerecido à Exma. Sra. D. Catharina Rita Caldas em 28 de Abril de 1868»
O Projecto de urbanização da Praça D. Vasco da Gama, surge em virtude da Exposição do Mundo Português, de 1940, e da opção pela sua construção em Belém, que pretendia privilegiar a relação simbólica de Portugal com o rio Tejo, e mais especificamente com o local, de onde e desde o século XIV, partiam as embarcações para explorar mares e terras desconhecidos.
Mosteiro dos Jerónimos início séc. XX, foto de José Chaves Cruz, in a.f. C.M.L.
Projecto de urbanização da Praça D. Vasco da Gama, pág. 79, in A.M.L.
Projecto de urbanização da Praça D. Vasco da Gama, pág. 80, in A.M.L.
Projecto de urbanização da Praça D. Vasco da Gama, pág. 81, in A.M.L.
Projecto de urbanização da Praça D. Vasco da Gama, pág. 82, in A.M.L.
Belém, antes das demolições, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Rua de Belém antes das demolições, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
mercado de belém, 1939, foto do espólio de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Mosteiro dos Jerónimos, 1934, foto de Domingos Alvão in A.M.L.
Panorâmica de Belém tirada do Mosteiro dos Jerónimos antes das demolições por ocasião da Exposição do Mundo Português, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Praça do Império panorâmica anterior à exposição do Mundo Português, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Rua de Belém, casas entre o largo dos Jerónimos e o antigo largo do Chafariz, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Rua de Belém, lado sul, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Rua dos Jerónimos, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Rua dos Jerónimos, esquina da antiga travessa do Mosteiro, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Rua Vieira Portuense, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Rua Vieira Portuense, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Travessa da Praça, vista para sul, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
Projecto de urbanização da Praça D. Vasco da Gama, pág. 1 B, in A.M.L.
Projecto de urbanização da Praça D. Vasco da Gama, pág. 2, in A.M.L.
Projecto de urbanização da Praça D. Vasco da Gama, pág. 3, in A.M.L.
demolições em Belém, foto Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian
demolições em Belém, foto Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian
demolições em Belém, foto Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian
demolições em Belém, foto Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian
Belém, foto Estúdio Mário Novais, in Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian