Paço de São Cristóvão - Palácio dos Marqueses de Vagos
Paços de São Cristóvão desde os séculos XV e XVI. No tempo de Dom João II pertenceram a Dom Álvaro de Bragança, regedor das Justiças, filho de Dom Fernando, 1º Duque de Bragança. Aqui se reuniram, em 1456, as Cortes para aclamarem Dom João II.
Este palácio ergueu-se no local em que habitou D. Leonor, a filha do Rei D.Duarte. Foi reedificado no tempo de D. João V, ficando arruinado com o terramoto de 1755 e o posterior incêndio. Todavia, do séc. XVIII, manteve-se a fachada com as cantarias e janelas de traça joanina.
Palácio dos Marqueses de Vagos, 1944, foto de Eduardo Portugal, in a.f. C.M.L.
"1451 - o palácio, então referenciado como "paço a par de São Cristovão", foi palco de festividades por ocasião do casamento de D. Leonor filha de D. Duarte e irmã de D. Afonso V; aí vem a residir, depois, D. Álvaro, filho segundo do duque de Bragança (D. Fernando), tornando-se posteriormente casa dos condes de Aveiras e marqueses de Vagos, como morgado do Regedor, instituído por João da Silva, regedor das Justiças; 1657 - ampliação do palácio, com a construção de uma galeria sobre o pavimento das casas e 2 estrebarias por baixo, construídas por João Ferreira e André de Faria; 1660 - medição e avaliação das obras realizadas, assinada por João Nunes Tinoco: telhados mouriscos, guarnições de paredes da face do pátio, parede da galeria de cima e paredes novas debaixo da galeria e guarnições do frontal; séc. 18, 1º quartel - reedificação do Palácio; 1728 - avaliação das obras, por António Gomes Figueiró e Cª.; 1755, 1 Novembro - os danos causados pelo terramoto, e subsequente incêndio, implicaram uma campanha de obras significativa; 1861 - referido como Pátio do Marquês de Vagos, funcionou como habitação plurifamiliar, sobretudo no que se refere às salas do andar nobre; 1863 - o marquês de Vagos, proprietário do Palácio, recebeu confirmação régia do seu cargo de Regedor; 1864 - venda do edifício, efectuando o novo proprietário obras de ampliação da ala S. que foi acrescentada de um andar; séc. 19 - Placagem em cantaria de calcário do muro em que se encontra o portal manuelino; 1913 - instalação no imóvel da Associação de Socorros Mútuos dos Empregados do Comércio de Lisboa; 1937 - 1939 - Campanha de obras em que foi ampliada a ala O. e se construiu um pavilhão anexo; 2006, 22 Agosto - parecer da DRCLisboa para definição de Zona Especial de Protecção conjunta do castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente; 2011, 10 Outubro - o Conselho Nacional de Cultura propõe o arquivamento de definição de Zona Especial de Protecção; 18 Outubro - Despacho do director do IGESPAR a concordar com o parecer e a pedir novas definições de Zona Especial de Protecção."
in http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=20178
Atlas da carta topográfica de Lisboa, nº 43, de Filipe Folque, in A.M.L.
Palácio dos Marqueses de Vagos, portal manuelino, foto de Machado & Sousa, in a.f. C.M.L.
Palácio dos Marqueses de Vagos, fotógrafo n/i, in a.f. C.M.L.