Abrigos nos Restauradores
Na sexta-feira, dia 18 de Maio de 1951, O periódico "Diário de Lisboa", noticiava o seguinte:
"Abrigos nos Restauradores - junto às paragens - de «eléctricos» e autocarros
Há muitos anos que se reclama a construção de alpendres, junto às paragens-zonas mais concorridas de passageiros de «eléctricos». Lisboa, tão exposta aos extremos de um sol ardente como de períodos de grandes chuvas, não tem ainda, à semelhança do que se faz lá fora, esses recintos de protecção de grandes massas de publico que aguarda a sua vez de tomar lugar nos transportes colectivos, não obstante a Companhia Carris ter feito já algumas tentativas, junto das entidades competentes.
A Câmara Municipal, porém a título experimental, resolveu agora dar começo à solução do problema, construindo os três primeiros toldos nos Restauradores.
Não se trata portanto, de pesados alpendres de cimento, resistentes às intempéries, mas de simples toldos alegres, assentes sobre ripas de madeira, devidamente cobertos por impermeáveis, e que ostentam, no topo dos postes negros e brancos, as armas doiradas da cidade - a nau de S. Vicente e os corvos vigilantes. Foram colocados junto das paragens dos autocarros, do lado oriental e, em frente, do lado ocidental, junto aos «eléctricos» do Campo Pequeno."
Alpendres lado oriental dos Restauradores, post. 1951, foto de Estúdios Horácio Novais, in Biblioteca de Arte Fundação Calouste Gulbenkian
Página do "Diário de Lisboa", de 18 de Maio de 1951, in Fundação Mário Soares
Alpendre do lado ocidental dos Restauradores, post. 1951, foto de Portimagem
Alpendres do lado ocidental da Praça dos Restauradores, 1959, foto de Judah Benoliel, in a.f. C.M.L.
Alpendres do lado ocidental da Praça dos Restauradores, post. 1951, secção de propaganda e turismo, in a.f. C.M.L.
Os alpendres dos dois lados dos Restauradores, post. 1951, foto de Estúdios Horácio Novais, in Biblioteca de Arte Fundação Calouste Gulbenkian